Olhares opositores de artista negras e negros na afro-diáspora amazônica:
afroperspectivas, contraestratégias e artevivências
DOI:
https://doi.org/10.30612/nty.v13i21.20596Palabras clave:
Artistas negros e negras, Afro-diáspora amazônica, ArtevivênciasResumen
Quantos olhares opositores podem ser construídos na afrodiáspora amazônica?
Com base nesta indagação, tecemos os entrecruzos teóricos e metodológicos das produções
de artistas negras e negros do Coletivo Ilustra Pretice PA. Desta forma, as movimentações,
ações e produções deste grupo serão nosso fio-condutor, indo na contramão das perspectivas
que colocam a experiência afro-diaspórica às margens do sistema de arte. É a dimensão da
diáspora africana nas Américas, no Caribe e Amazônias e o impacto dessa experiência como
sensorial e ancestral o ponto principal de nosso argumento. A posição afrocentrada está
interessada na agência do povo africano, no continente ou na diáspora, ou seja, as situações
nas quais estejam como protagonistas em termos econômicos, culturais, políticos, sociais e
artísticos. Portanto, a artevivência apresentada aqui compreende as existências negras
enquanto divindades potentes, diversas e reluzentes e fizemos isso partindo do paradigma da
afrocentricidade, buscando compreender a experiência negra no mundo como central.
Descargas
Citas
ARAÚJO, Emanoel. Museu Afro Brasil: um conceito em perspectiva. Em: SISTEMA ESTADUAL DE MUSEUS DE SÃO PAULO (Org.). Museus: o que são para que servem? Brodowski: ACAM Portinari; Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, 2011. Disponível em: https://www.sisemsp.org.br/afinal-para-que-servem-osmuseus/. Acesso em 28 DEZ 2024.
ASANTE, Molefi. Afrocentricidade: notas sobre uma posição disciplinar. Em: NASCIMENTO, Elisa Larkin (Org.). Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2009, p. 93-110.
BARRAL, Tainá. Festas Pretas: uma autoetnografia sobre a sociabilidade e identificações da juventude negra em Belém do Pará. Em: Anais do XV ENECULT - Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura, Salvador/BA, 2019, p. 1-15. Disponível em: http://www.xvenecult.ufba.br/modulos/submissao/Upload484/111712.pdf. Acesso em 28 DEZ 2024.
BENTO, Cida. O pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
CALDAS, Emerson Silva. Kuumba e artevivência de artistas negros e negras: um estudo afrocentrado a partir do Coletivo Ilustra Pretice/PA. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Ciências Sociais). Belém: Universidade do Estado do Pará, 2022.
CALDAS, Emerson Silva. A identidade negra-amazônida e a imagem de Zélia Amador de Deus: os olhares de artistas negras/os sobre a herdeira de Ananse. Em: Revista de Estudos e Investigações Antropológicas, v. 10, n. 1, 2023, p. 95-121. Disponível em:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/index.php/reia/article/view/261070/47406. Acesso em 06 JAN 2025.
CALDAS, Emerson Silva. Kuumba na Amazônia paraense: a criatividade negra como propulsora à continuidade das existências negras na contemporaneidade. Em: Outra Travessia, v. 1, n. 37, 2024, p. 384-410. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/Outra/article/view/98305/58088. Acesso em 28 DEZ 2024. DOI: https://doi.org/10.5007/2176-8552.2024.e98305
CAMPOS, Ricardo & ZOETTL, Peter. Arte e Antropologia? Para uma espécie de introdução. Em: Cadernos de Arte e Antropologia, v. 01, n. 01, 2012. Disponível em: https://journals.openedition.org/cadernosaa/690. Acesso em 28 DEZ 2024.
CÉSAR, Caio. A arte de Beatriz Paiva leva ancestralidade e vivência negra e indígena ao Louvre. Carta Capital, 24 ago. 2021.
Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/cultura/a-arte-de-beatriz-paiva-leva-ancestralidadee-vivencia-negra-e-indigena-ao-louvre/. Acesso em 28 DEZ 2024.
DAVIS, Angela. A liberdade é uma luta constante. São Paulo: Boitempo, 2018.
D’ADESKY, Jacques. Acesso diferenciado dos modos de representação afrobrasileira no espaço público. Em: Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n. 25, 1997, p. 306-316. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/RevPat25_m.pdf. Acesso em 28 DEZ 2024.
DU BOIS, William. As almas do povo negro. São Paulo: Veneta, 2021.
FERNANDES, Laura Loisy Brito. Jovens negras da Amazônia paraense: um estudo a partir de artistas negras. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Ciências Sociais). Belém: Universidade do Estado do Pará, 2023.
GELL, Alfred. Arte e Agência. São Paulo: Ubu, 2018.
GILROY, Paul. O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. São Paulo: Editora 34; Rio de Janeiro: Universidade Cândido Mendes, Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2012.
GOMES, Nilma Lino & LABORNE, Ana Amélia de Paula. Pedagogia da crueldade: racismo e extermínio da juventude negra. Em: Educação em Revista, v. 34, 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010246982018000100657&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 28 DEZ 2024. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-4698197406
GONZALEZ, Lélia. 2018. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Em: Primavera para as rosas negras: Lélia Gonzalez em primeira pessoa. Diáspora Africana: Editora Filhos da África. p. 190-214.
GORDON, Lewis. Prefácio. Em: FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Bahia: Editora EDUFBA, 2008.
GORDON, Lewis. A existência negra na filosofia da cultura. Em: Griot – Revista de Filosofia, n.2, dez, 2016, p. 453-467. DOI: https://doi.org/10.31977/grirfi.v14i2.703
Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/703/419. Acesso em 28 DEZ 2024.
HALL, Stuart. Cultura e representação. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio: Apicuri, 2016.
HICKMANN, Juliana. Animais em arte e representação: dos retratos às instalações. Em: Revista-Valise, v. 3, n. 6, ano 3, 2013, p. 131-142. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/RevistaValise/article/view/41797. Acesso em 28 DEZ 2024.
hooks, bell. Olhares negros: raça e representação. São Paulo: Elefante, 2019.
hooks, bell. Tudo sobre o amor: novas perspectivas. São Paulo: Efefante, 2021.
HURSTON, Zora. O que os editores brancos não publicarão. Em: Ayé: Revista de Literatura e Tradução, v. 1, n. 1, 2019, p. 106-111. Disponível em: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/Antropologia/article/view/288/141. Acesso em 28 DEZ 2024.
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação – episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
LAWAL, Babatunde. A arte pela vida: a vida pela arte. Em: Afro-Ásia, n. 14, 1983, p. 41- 59. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/20820. Acesso em 28 DEZ 2024. DOI: https://doi.org/10.9771/aa.v0i14.20820
LOPES, Nei. Novo Dicionário Banto do Brasil. Rio de Janeiro: Pallas, 2003.
MESIANO, Paulo Sérgio Monteiro. Panthera onca, o maior felino do continente americano. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas). Brasília: Centro Universitário de Brasília/Licenciatura em Ciências Biológicas. Brasília, 2001.
NASCIMENTO, Abdias. Arte afro-brasileira: um espírito libertador. Em: O genocídio do negro brasileiro. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1976.
NJERI, Aza. Reflexões artístico-filosóficas sobre a humanidade negra. Em: Ítaca - Especial Filosofia Africana. n. 36, 2020. p. 164-226. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/Itaca/article/view/31895. Acesso em 29 JUN 2021. DOI: https://doi.org/10.59488/itaca.v0i36.31895
NOGUERA, Renato. Denegrindo a filosofia: o pensamento como coreografia de conceitos afroperspectivista. Em: Griot - Revista de Filosofia, v. 4., n.2, 2011, p. 1-19. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/500/222. Acesso em 28 DEZ 2024. DOI: https://doi.org/10.31977/grirfi.v4i2.500
NOGUERA, Renato. O ensino de filosofia e a Lei 10.639. Rio de Janeiro: CEAP, 2011.
NUNES, Davi. A palavra não é amor, é dengo. Em: Portal Geledés, 26 jan. 2017. Disponível em: https://www.geledes.org.br/palavra-nao-e-amor-edengo/#:~:text=O%20portugu%C3%AAs%2C%20a%20l%C3%ADngua%20imposta,desencaixam%20como%20ser%20no%20mundo. Acesso em 28 DEZ 2024.
PIZA, Mariana. O fenômeno Instagram: considerações sob a perspectiva tecnológica. Monografia (Graduação Ciências Sociais, habilitação em Sociologia): Brasília: UnB, 2012. Disponível em: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/3243/1/2012_MarianaVassalloPiza.pdf. Acesso em 10 mar. 2025.
RAMOS, Alberto Guerreiro. Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de janeiro: Editora UFRJ, 1995.
REIS, Davi Nunes. O corpo que singra e sangra e o erótico na poesia de Lívia Natália. Dissertação (Mestrado em Estudos de Linguagens). Salvador: Universidade do Estado da Bahia/Programa de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens, 2019. Disponível em: http://www.ppgel.uneb.br/wp-content/uploads/2020/09/reis_davi.pdf. Acesso em: 21 jan. 2022.
RIBEIRO, Mílton. O negro-lugar do homem preto brasileiro – episódios de racismo cotidiano em AmarElo (2019). Em: Revista Crítica Histórica, v. 11, v. 22, 2020, p. 131–152. Disponível em: https://doi.org/10.28998/rchv11n22.2020.0007. Acesso em 10 mar. 2025. DOI: https://doi.org/10.28998/rchv11n22.2020.0007
ROSHANI, Niousha. Discurso de ódio e ativismo digital antirracismo de jovens afrodescendentes no Brasil e Bolômbia. Em: SILVA, Tarcízio (Org.). Comunidades, algoritmos e ativismos digitais: Olhares afrodiaspóricos. São Paulo: LiteraRUA, 2020.
SOUZA, Neusa Santos (1983). Tornar-se negro ou As vicissitudes da identidade do negro em ascensão social. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.
WOMACK, Ytasha. Cadete Espacial. Em: Freitas, Kênia (org.). Afrofuturismo: cinema e música em uma diáspora intergaláctica. São Paulo: Caixa Cultural, 2015.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).