Autonomia e Interculturalidade. Uma experiência decolonial de educação indígena superior na UFAM

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.30612/nty.v12i19.18804

Palabras clave:

Aprendizagem pela Pesquisa, Inovações acadêmicas, Tecnologia sociais, Currículo pós-feito, Licenciatura indígena

Resumen

Não estamos mais na era do ensino, mas da aprendizagem. Temos que compreender que educação e escola são instrumentos políticos de um povo, principalmente para os povos indígenas que vêm re-existindo as violências físicas e simbólicas por mais de 500 anos decorrentes da pressão da sociedade ocidental capitalista. Trabalhar com povos indígenas requer desconstruir paradigmas positivistas, cartesianos e individualistas postos pela ciência moderna e pela sociedade capitalista, urbana e industrial ou pós-industrial e da informação. Nesse sentido, o artigo pretende demonstrar a partir da experiência da Licenciatura Indígena Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável/UFAM que o respeito à autonomia dos povos indígenas é fundamental para a construção de
projetos próprios de educação indígena superior fundamentados em suas culturas. Entendemos que, a partir de suas concepções de universidade, com a criação de inovações e de tecnologias sociais no âmbito acadêmico, pedagógico e administrativo, de metodologias decoloniais participantes e da interculturalidade é possível romper as barreiras da colonialidade presentes nas universidades brasileiras. Mas para isso é necessário um esforço institucional, a decolonização e união dos professores com compromisso, respeitando a autonomia dos povos indígenas para que sejam capazes de superar os egos e colonialidade do saber.

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Biografía del autor/a

Ivani Ferreira de Faria, UFAM

Pesquisadora do Laboratório Dabukuri - Planejamento e Gestão do Território na Amazônia - UFAM e professora na Especialização Internacional Epistemologia do Sul - CES/ CLACSO

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Publicado

2024-07-31

Cómo citar

Faria, I. F. de. (2024). Autonomia e Interculturalidade. Uma experiência decolonial de educação indígena superior na UFAM. Revista Ñanduty, 12(19), 77–117. https://doi.org/10.30612/nty.v12i19.18804