Da literatura ao rap
Pelé do Manifesto e a construção de uma escrita marginal periférica paraense
DOI:
https://doi.org/10.30612/nty.v9i14.15892Palabras clave:
Literatura Marginal, Pelé do Manifesto, RapResumen
Como um campo de conhecimento academicamente estabelecido, a literatura possui sub-divisões e modalidades estilísticas pouco exploradas, ou, pelo menos, pouco divulgadas e pouco reconhecidas academicamente. É neste contexto de pouca divulgação que se insurge a literatura marginal no Brasil, uma modalidade de escrita criada por pessoas de classe média e de camadas populares como expressão artística e política de sujeitos socialmente excluídos pelo sistema político e pelo Estado. Esta literatura marginal das periferias do Brasil tem ligações diretas com a música e com o movimento Rap e Hip-Hop no país, demonstrando que o estilo musical também envolve um fazer literário. Esse aspecto é parte do contexto sócio-histórico que faz surgir o rapper Pelé do Manifesto, um homen negro paraense cujo fazer artístico evidencia não apenas a existência de subcategorias estilísticas diversas dentro da literatura marginal, como também indica uma vastidão conceitual desta escrita lírica-marginal que não se limita ao pré-estabelecido por este movimento, que se renova constantemente em termos de conteúdo e formatos.
Descargas
Citas
BEAL, Sophia. 2019. “Autores da própria competição: repente, batalhas de MCs e slams no Distrito Federal”. In: DALCASTAGNÈ, Regina; TENNINA, Lucia. (org.). Literatura e Periferias. Porto Alegre, Editora Zouk, p.115-132.
BOSI, Alfredo. 2017. História concisa da Literatura Brasileira. 44ª ed. São Paulo, Editora Cultrix.
CARNEIRO, Vinícius Gonçalves. 2019. Reflexões quanto à literatura marginal brasileira: comparando Ferréz a sua tradição literária. In: http://dx.doi.org/10.1590/2316-40185017 (acessado em 25 de maio de 2019).
CONRADO, Mônica; CAMPELO, Marilú; RIBEIRO, Alan. “Metáforas da cor: morenidade e territórios da negritude nas construções de identidades negras na amazônia paraense”. Afro-Ásia, 51, Salvador: 213-246.
CRAVEIRO, Pedro. 2020. Vivendo de Hora em Hora: sobre a geração do mimeógrafo brasileira & a nuvem cigana. In: https://www.elyra.org/index.php/elyra/article/download/236/284/ (acessado em 23 de julho de 2020).
CRUZ, Fabyo. 2020. Rap é Compromisso! Pelé do Manifesto e a Revolução Social. In: https://www.mangamusical.com.br/post/rap-%C3%A9-compromisso-pel%C3%A9-do-manifesto-e-a-revolu%C3%A7%C3%A3o-musical (acessado em 25 de julho de 2020).
DALCASTAGNÈ, Regina. 2011. Um território contestado: literatura contemporânea e a as novas vozes sociais. In: http://iberical.paris-sorbonne.fr/wp-content/uploads/2012/03/002-02.pdf (acessado em 30 de 2019).
EBLE, Laeticia Jensen. 2019. “Confrontação dos espaços e resistência na literatura marginal/periférica”. In: DALCASTAGNÈ, Regina; TENNINA, Lucia. (org.). Literatura e Periferias. Porto Alegre, Editora Zouk, p.39-54.
EBLE, Taís Aline. 2015. A literatura marginal/periférica: cultura híbrida, contra-hegemônica e a identidade cultural periférica. In: https://www.scribd.com/document/339516654/EBLE-LAMAR-A-Literatura-Marginal-Periferica (acessado em 20 de julho de 2019).
FANON, Frantz. 2008. Pele negra máscaras brancas. Salvador, EDUFBA.
FERREIRA, Rafael Elias de Queiróz. 2019. Da rima à raça: narrativa rap e consciência histórica na poesia de Pelé do Manifesto. Dissertação de Mestrado em Ensino de História, Universidade Federal do Pará.
HOLLANDA, Heloisa Buarque de. 2007. 26 poetas hoje. 6ª ed. Rio de Janeiro, Aeroplano Editora.
HOLLANDA, Heloisa Buarque de. 2013. As fronteiras móveis da literatura. In: http://www.heloisabuarquedehollanda.com.br/literatura--marginal (acessado em 20 de março de 2020).
LOUREIRO, Bráulio Roberto de Castro. 2016. Arte, cultura e política na história do Rap nacional. In: https://www.scielo.br/pdf/rieb/n63/0020-3874-rieb-63-0235.pdf (acessado em 18 de maio de 2020).
MIBIELLI, Roberto. 2019. “De Peri à periferia: Amazônia, migração e literatura”. In: DALCASTAGNÈ, Regina; TENNINA, Lucia. (org.). Literatura e Periferias. Porto Alegre, Editora Zouk, p.269-294.
NASCIMENTO, Érica Peçanha. 2011. A periferia de São Paulo: revendo discursos, atualizando o debate. In: https://www.labeurb.unicamp.br/rua/anteriores/pages/home/lerArtigo.rua?id=96&pagina=8 (acessado em 20 de junho de 2020).
NASCIMENTO, Érica Peçanha. 2019. “Literatura e Periferia: considerações a partir do contexto paulistano”. In: DALCASTAGNÈ, Regina; TENNINA, Lucia. (org.). Literatura e Periferias. Porto Alegre, Editora Zouk, p.15-38.
NASCIMENTO, Érica Peçanha. 2006. Literatura marginal: os escritores de periferia entram em cena. Dissertação de Mestrado em Antropologia Social, Universidade de São Paulo.
NETO, Miguel Sanches; VOGLER, Bianca do Rocio. 2013. O manifesto da literatura marginal: o texto “Terrorismo literário”, de Ferréz, e o poder de desvendamento do mundo e do movimento artístico da Literatura Periférica. In: https://revistas2.uepg.br/index.php/uniletras/article/view/5127/3938 (acessado em 17 de maio de 2020).
OLIVEIRA, Acauam Silvério de. 2018. “O Evangelho Marginal dos Racionais MC’s”. In: RACIONAIS MC’S. Sobrevivendo no Inferno. São Paulo, Companhia das Letras, p.19-37.
OLIVEIRA, Cleber José de. 2019. “Periferia é periferia em qualquer lugar: da favela à aldeia, o Rap como ele poético de resistência”. In: DALCASTAGNÈ, Regina; TENNINA, Lucia. (org.). Literatura e Periferias. Porto Alegre, Editora Zouk, p. 239-268.
OLIVEIRA, Rejane Pivetta de. 2011. Literatura marginal: questionamentos à teoria literária. In: http://www.ufjf.br/revistaipotesi/files/2011/05/7-Literatura.pdf (acessado em 25 de maio de 2019).
PELÉ DO MANIFESTO. 2020a. Gueto flow, preto show. Belém: Produção do intérprete. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KzxwRx2et8Y (acessado em 30 de março de 2020).
PELÉ DO MANIFESTO. 2020b. “Me Querem”. In: Gueto flow, preto show”. Belém: Produção do intérprete. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EdRL5_qtXuE (acessado em 30 de março de 2020).
PELÉ DO MANIFESTO. 2020c. “Sou Neguinho”. In: Gueto flow, preto show”. Belém: Produção do intérprete. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=kmku02tF3Kg (acessado em 30 de março de 2020).
PELÉ DO MANIFESTO. 2020d. “Rotina”. In: Gueto flow, preto show”. Belém: Produção do intérprete. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=U4NQVye4EwE (acessado em 30 de março de 2020).
PELÉ DO MANIFESTO. 2020e. “Soup”. In: Gueto flow, preto show”. Belém: Produção do intérprete. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=32ghmmPpzdk (acessado em 30 de março de 2020).
PINTO, Zemaria. 2011. Teoria da literatura: gênese, conceitos, aplicação. 1ª ed. Manaus, Editora Valer.
RIBEIRO, Alan Augusto. 2016. Jogos de ofensas: epítetos verbais entre estudantes de uma escola na Amazonia. Tese de Doutorado em Educação, Universidade de São Paulo.
RIBEIRO, Alan Augusto. 2020. “Pode o homem negro falar? Algumas intersecções entre gênero e raça no debate sobre homens negros. (No prelo).
ROSÁRIO, André Telles do. 2019. “Corpoeticidade dos saraus de poesia: o movimento Eu, Poeta Errante, de França de Olinda”. In: DALCASTAGNÈ, Regina; TENNINA, Lucia. (org.). Literatura e Periferias. Porto Alegre, Editora Zouk, p. 203-216.
ROSA, Waldemir. 2006. O Homem Preto no Guetto: um estudo sobre a masculinidade no Rap brasileiro. In: https://repositorio.unb.br/handle/10482/2769 (acessado em 2 de setembro de 2019).
SANTOS, Vitor Cei. 2010. Poesia Marginal: Lírica e sociedade em tempos de autoritarismo. In: https://www.researchgate.net/publication/259820400_POESIA_MARGINAL_LIRICA_E_SOCIEDADE_EM_TEMPOS_DE_AUTORITARISMO (acessado em 6 de maio de 2020).
SARTRE, Jean-Paul. 2004. Que é a Literatura. 3ª ed. São Paulo, Editora Ática.
SOUZA, Ana Lúcia Silva. 2011. Letramentos de Resistência: poesia, grafite, música, dança, hip-hop. 1ª ed. São Paulo, Parábola Editorial.
TENNINA, Lucia. 2017. Cuidado com os Poetas! Literatura e Periferia na Cidade de São Paulo. 1ª ed. São Paulo, Editora Zouk.
TENNINA, Lucia. 2013. Saraus das periferias de São Paulo: Poesia entre tragos, silêncio e aplausos. In: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2316-40182013000200001&script=sci_abstract&tlng=pt (acessado em 29 de janeiro de 2020).
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Revista Ñanduty
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-CompartirIgual 3.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).