O choque entre dois universos distintos e a guerra entre as frentes coloniais e os “cayapó” meridionais
DOI:
https://doi.org/10.30612/nty.v6i9.9523Keywords:
Antropologia. “Cayapó” meridional. História dos índios.Abstract
O presente trabalho se desenvolve no diálogo entre a antropologia e a história na intenção de contribuir para a construção de uma história dos índios da região do norte de São Paulo, triângulo mineiro, sul de Goiás e leste do Mato Grosso do Sul a partir do século xviii. O objetivo principal é analisar como se deu os primeiros contatos entre grupos indígenas dos jê meridionais (cayapó) e as frentes coloniais através de um princípio proposto pelo antropólogo Marshall Sahlins, qual seja: a de que os contatos são marcados pela prática da estrutura, campos simbólicos de significação que organizam as experiências, e por uma estrutura da prática na qual, ao serem acionados em contextos pragmáticos, os campos simbólicos se modificam ao longo dos encontros entre alteridades.Downloads
References
ALVES, Daniella Santos. Do Alto do Espia: Gentios, Calhambolas e Vadios no sertão do Campo Grande – Séculos XVIII. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, 2017.
CANCELIER DIAS, Thiago. O língua e as línguas: aldeamentos e mestiçagens entre manejos de mundo indígenas em Goiás (1721-1832). Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Goiás, Faculdade de História, Programa de Pós-Graduação em História, Goiânia, 2017.
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela & VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Vingança e temporalidade: os Tupinambá. Journal de lasociétédesaméricanistes. LXXI, Musée L’Homme, Paris, 1985, p. 191-208.
DELEUZE, Gilles & GUATARRI, Félix. Mil platôs: Capitalismo e esquizofrenia 2, vol.1. – São Paulo: Editora 34, 2011.
FAUSTO, Carlos. Inimigos fiéis: história, guerra e xamanismo na Amazônia. São Paulo: EDUSP, 2001.
GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
GINZBURG, Carlo. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: Mitos, emblemas e sinais – morfologia e história. Companhia das Letras, 1989.
GIRALDIN, Odair. “Cayapó e Panará”. Luta e sobrevivência de um povo Jê no Brasil Central. Campinas: Editora da UNICAMP, 1994.
GIRALDIN, Odair. “Cayapó e Panará”. Luta e sobrevivência de um povo Jê no Brasil Central. Campinas: Editora da UNICAMP, 1997.
GORDON, Cesar. Economia selvagem – ritual e mercadoria entre os Xikrin-Mebêngôkre. São Paulo: ed. da UNESP/ Instituto sócio ambiental, 2006.
JUNQUEIRA, Gabriela Goncalves. O visível e o invisível nas relações de contato dos grupos Jê Meridionais: uma análise da caça, guerra e dos rituais funerários como relações de predação, produção e controle dos poderes latentes da alteridade. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, 2017.
LÉVI-SRAUSS. Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: Tempo brasileiro, 1970.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia Estrutural dois. Tempo Brasileiro, 4ª Edição. Rio de Janeiro, 1993.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
MANO, Marcel. (Des)encontros culturais: um esboço parcial da história do contato dos Kayapó meridionais. In: Índios do Triângulo Mineiro: história, arqueologia, fontes e patrimônio: pesquisas e perspectivas. Aurelino José Ferreira Filho. (org). – Uberlândia: Edufu, 2015.
MANO, Marcel. Da Tradição à Cultura: problemas de investigação nos estudos das ocupações indígenas no Planalto Meridional Brasileiro. In: Patrimônio, cultura material e imaterial: diálogos e perspectivas. (orgs). Eduardo Giavara e Aurelino José Ferreira Filho. Texto enviado para publicação na Revista Albuquerque, vol. 10, n. 19, UFMS, 2018.
MANO, Marcel. Sobre as penas do gavião mítico: história e cultura entre os Kayapó. Tellus, n. 22, Campo Grande, jan-jun, 2012, p. 133-154.
MENDONÇA, José. História de Uberaba. Uberaba, Academia de Letras do Triângulo Mineiro, 1974.
MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
MORI, Robert. Os aldeamentos indígenas no Caminho dos Goiases: guerra e etnogênese no “sertão do Gentio Cayapó” (Sertão da Farinha Podre) – séculos XVIII e XIX. Dissertação de mestrado, 2015.
NIMUENDAJÚ, Curt. Documenta: A corrida de toras dos Timbira. Mana 7(2), p. 151-194, 2001.
RAVAGNANI, Oswaldo Martins. Aldeamentos goianos em 1750 – os jesuítas e a mineração. Revista de Antropologia. São Paulo, vol. 30/31/32, p. 111-132, 1989.
RAVAGNANI, Oswaldo Martins. Os primeiros Aldeamentos na Província de Goiás: Bororo e Kaiapó na Estrada do Anhangüera. Revista de Antropologia. São Paulo, USP, 1996, v. 39, n. 1.
RODRIGUES, Alvaro Almeida. Da cultura da guerra a paz colonial: notícias sobre um gentio Kayapó. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, 2013.
SAHLINS, Marshall David. Ilhas de História. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1990.
SAHLINS, Marshall David. Metáforas históricas e realidades míticas: estrutura nos primórdios da história do reino das Ilhas Sandwich. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008.
VIVEIROS DE CASTRO, E. “Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio”. In: Mana – Estudos de Antropologia Social, vol. 2, n. 2, out. 1996, p. 115-144.
WAGNER, Roy. A invenção da Cultura. São Paulo: Cosac Naif, 2010.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).