Corpo-território indígena mulher nas universidades brasileiras
a experiência vivida da colonialidade no cotidiano acadêmico e a insurgência na autoafirmação étnica
DOI:
https://doi.org/10.30612/nty.v12i19.18172Palavras-chave:
Corpo-território, indígenas mulheres, experiências vividasResumo
Neste artigo, parte-se de perspectiva decolonial e interseccional para a compreensão analítica do enfrentamento à colonialidade nas universidades brasileiras pelas indígenas mulheres acadêmicas, abordando suas experiências vividas e lutas pela afirmação étnica. Uma vez ingressas na Educação Superior, enquanto corpos-territórios, são desafiadas a permanecerem em instituições que ainda não se pensam a partir dos e com os povos indígenas que as compõem. Portanto, a partir de entrevistas narrativas realizadas entre 2020 e 2022, de forma remota devido às condições impostas pela pandemia da COVID-19 naquele momento, são considerados os significados da demarcação do território acadêmico a partir da insurgência expressa nas suas vozes, que se elevam cotidianamente durante seus cursos e vida acadêmica, e da resistência corporificada na afirmação coletiva da identidade, dos saberes étnicos ancestrais e no compromisso com suas comunidades originárias. Afinal, elas não só resistem às pressões colonial-modernas, mas também re-existem, ou seja, reinventam-se como acadêmicas contribuindo fortemente para a produção de conhecimento científico e a construção de projetos e agendas políticas coletivas.
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