Quanto tempo o tempo tem: um diálogo entre Prigogine e Èṣù

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DOI:

https://doi.org/10.30612/nty.v11i18.17886

Palavras-chave:

tempo, ciência, candomblé

Resumo

Este artigo tem como objetivo abordar o tempo e sua relação na transformação dos espaços,
considerando uma reflexão a respeito da ciência ocidental e os pilares filosóficos que compactuam com
hierarquias sociais fundamentadas em estruturas tradicionais de poder. Então, pensar o tempo nesta
proposta se apresenta como possibilidade deste construir-se por meio de outras narrativas. Para acessar
um novo olhar, descentraliza-se o pensamento, trazendo à tona outros imaginários e, neste caso, os das
Filosofias Africanas, no qual a natureza dos acontecimentos e manutenção dos espaços está, também,
alicerçada nas crenças de sua religiosidade.

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Biografia do Autor

Alessandra Maria da Silva Gomes, UFMG

UFMG

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Publicado

2023-12-31

Como Citar

Gomes, A. M. da S. (2023). Quanto tempo o tempo tem: um diálogo entre Prigogine e Èṣù. Revista Ñanduty, 11(18), 29–46. https://doi.org/10.30612/nty.v11i18.17886

Edição

Seção

Universidades em transformação? Tensionamentos e possibilidades a partir de múltiplos olhares