Processos transnacionais em políticas públicas
DOI:
https://doi.org/10.30612/rmufgd.v13i26.19190Palavras-chave:
Políticas públicas, Relações Internacionais, Políticas Públicas Internacionais, Transferência de políticas, política externaResumo
A conexão entre assuntos domésticos e internacionais está cada vez mais presente na realidade das políticas públicas contemporâneas. Diversos agentes transnacionais participam das políticas públicas, como organizações internacionais, governos estrangeiros, consultorias, empresas privadas, ativistas, think-tanks, organizações filantrópicas, etc. Fenômenos transnacionais podem ser gatilhos e exercer forças que facilitam ou dificultam a produção de políticas públicas. Todavia, poucos estudos incluem a variável transnacional. Este artigo procura apresentar para o público no Brasil os principais debates sobre a dimensão transnacional das políticas públicas, os principais nichos de pesquisa, conceitos, objetos de estudo que têm sido tratados pela área. São apresentados sete elementos para a análise da transnacionalização das políticas públicas, ilustrados por três casos: a difusão do Programa Bolsa Família, o processo de acessão do Brasil à OCDE e a cooperação entre Guarulhos, Seine-Saint-Denis, Maputo e Matola, na área de resíduos sólidos.
Downloads
Referências
ALDECOA, F.; KEATING, M. Paradiplomacy in Action: The Foreign Relations of Subnational Governments. [s.l.] Psychology Press, 1999.
ALLISON, G.; ZELIKOW, P. Essence of Decision: Explaining the Cuban Missile Crisis. New York: Longman, 1999.
BADIE, B. L’État importé: L’occidentalisation de l’ordre Politique. Paris: Fayard, 1992.
BAYART, J.-F. L’historicité de l’Etat importé. Les Cahiers du CERI, v. 15, p. 1–44, 1996.
BERNSTEIN, S.; CASHORE, B. Complex global governance and domestic policies: four pathways of influence. International Affairs, v. 88, n. 3, p. 585–604, maio 2012. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1468-2346.2012.01090.x
BUÉ, C. La politique de développement de l’Union européenne : réformes et européanisation. Critique internationale, v. 53, n. 4, p. 83, 2011. DOI: https://doi.org/10.3917/crii.053.0083
COOPER, A.; HEINE, J.; RAMESH, T. (EDS.). The Oxford Handbook of Modern Diplomacy. [s.l.] Oxford University Press, 2013. DOI: https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199588862.001.0001
DELPEUCH, T. Comprendre la circulation internationale des solutions d’action publique : panorama des policy transfer studies. Critique internationale, v. 43, n. 2, p. 153, 2009. DOI: https://doi.org/10.3917/crii.043.0153
DOLOWITZ, David P.; MARSH, D. Learning from Abroad: The Role of Policy Transfer in Contemporary Policy Making. Governance, v. 13, n. 1, p. 5–24, 2000. DOI: https://doi.org/10.1111/0952-1895.00121
DUCHACEK, I. D. The International Dimension of Subnational Self-Government. CrossRef Listing of Deleted DOIs, v. 14, n. 4, p. 5, 1984. DOI: https://doi.org/10.2307/3330188
FOUILLEUX, È. À propos de crises mondiales...: Quel rôle de la FAO dans les débats internationaux sur les politiques agricoles et alimentaires ? Revue française de science politique, v. 59, n. 4, p. 757, 2009. DOI: https://doi.org/10.3917/rfsp.594.0757
GANUZA, E.; BAIOCCHI, G. The Power of Ambiguity: How Participatory Budgeting Travels the Globe. Journal of Public Deloberation, v. 8, n. 12, p. 14, 2012. DOI: https://doi.org/10.16997/jdd.142
HADJIISKY, M.; PAL, L. A.; WALKER, C. Public Policy Transfer: Micro-Dynamics and Macro-Effects. Cheltenham, UK: Edward Elgar Publishing, 2017. DOI: https://doi.org/10.4337/9781785368042
HADJIISKY, M.; VISIER, C. Circulation internationale et fabrique européenne de l’administration publique. Revue française d’administration publique, v. 161, n. 1, p. 5, 2017. DOI: https://doi.org/10.3917/rfap.161.0005
HASSENTEUFEL, P. De la comparaison internationale à la comparaison transnationale: Les déplacements de la construction d’objets comparatifs en matière de politiques publiques. Revue française de science politique, v. 55, n. 1, p. 113, 2005. DOI: https://doi.org/10.3917/rfsp.551.0113
HASSENTEUFEL, P.; DE MAILLARD, J. Convergence, transferts et traduction: Les apports de la comparaison transnationale. Gouvernement et action publique, v. 3, n. 3, p. 377, 2013. DOI: https://doi.org/10.3917/gap.133.0377
HILL, C. The Changing Politics of Foreign Policy. [s.l.] Palgrave MacMillan, 2003.
HILL, M. J.; HUPE, P. L. Implementing public policy: governance in theory and practice. London ; Thousand Oaks, Calif: Sage, 2002.
HOWLETT, M.; RAMESH, M. Studying Public Policy: Policy Cycles and Policy Subsystems. [s.l.] Oxford University Press, 2003.
INFANTINO, F. Schengen Visa Implementation and Transnational Policymaking : Bordering Europe. [s.l.] Palgrave Macmillan, 2019. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-030-10647-8
KINGDON, J. W. Agendas, alternatives, and public policies. 2. ed ed. Boston: Pearson Education, 2014.
LOTTA, G. Teorias e Análises sobre Implementação de Políticas Públicas no Brasil. Brasília: ENAP, 2019.
MEJÍA-DUGAND, S. et al. Lessons from the spread of Bus Rapid Transit in Latin America. Journal of Cleaner Production, v. 50, p. 82–90, jul. 2013. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2012.11.028
MÉNY, Y. (ED.). Les politiques du mimétisme institutionnel : la greffe et le rejet. Paris: L’Harmattan, 1993.
MILHORANCE, C. New Geographies of Global Policy-Making: South–South Networks and Rural Development Strategies. New York: Routledge, 2018. DOI: https://doi.org/10.4324/9781315157955
MINTROM, M.; LUETJENS, J. Policy Entrepreneurs and Foreign Policy Decision Making. Em: MINTROM, M.; LUETJENS, J. (Eds.). Oxford Research Encyclopedia of Politics. [s.l.] Oxford University Press, 2017. DOI: https://doi.org/10.1093/acrefore/9780190228637.013.463
MORIN, J.-F.; PAQUIN, J. Foreign policy analysis: a toolbox. 1st edition ed. New York, NY: Palgrave, 2018. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-319-61003-0_1
OECD. Evaluating Brazil’s progress in implementing Environmental Performance Review recommendations and promoting its alignment with OECD core acquis on the environment. Paris: OECD, 2021.
PAL, L. A. Frontiers of Governance: The OECD and Global Public Management Reform. Basingstonke: Palgrave Macmillan, 2012. DOI: https://doi.org/10.1057/9780230369016
PEREIRA, R. K.; QUARESMA, C. C.; PELLINI, A. C. G. A paradiplomacia como modelo alternativo de Políticas Públicas: o caso da cooperação entre Guarulhos, Seine-Saint-Denis, Maputo e Matola na área de resíduos sólidos (2011) e o caso do Estado de São Paulo na compra de vacinas da COVID-19 (2020-2022). Periódico Técnico e Científico Cidades Verdes, v. 11, n. 29, 12 mar. 2023. DOI: https://doi.org/10.17271/23178604112920233524
PETITEVILLE, F.; SMITH, A. Analyser les politiques publiques internationales. Revue française de science politique, v. 56, n. 3, p. 357, 2006. DOI: https://doi.org/10.3917/rfsp.563.0357
ROSE, R. What Is Lesson-Drawing? Journal of Public Policy, v. 11, n. 1, p. 3–20, 1991. DOI: https://doi.org/10.1017/S0143814X00004918
SABATIER, P. A. (ED.). Theories of the policy process. New York: Westview Press, 2007.
SAURUGGER, S.; SUREL, Y. L’européanisation comme processus de transfert de politique publique. Revue internationale de politique comparée, v. 13, n. 2, p. 179, 2006. DOI: https://doi.org/10.3917/ripc.132.0179
STONE, D. Global Public Policy, Transnational Policy Communities, and Their Networks. Policy Studies Journal, v. 36, n. 1, p. 19–38, fev. 2008. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1541-0072.2007.00251.x
STONE, D.; LADI, S. Global Public Policy and Transnational Administration. Public Administration, v. 93, n. 4, p. 839–855, dez. 2015. DOI: https://doi.org/10.1111/padm.12207
WOOD, A. Multiple Temporalities of Policy Circulation: Gradual, Repetitive and Delayed Processes of BRT Adoption in South African Cities: MULTIPLE TEMPORALITIES OF POLICY CIRCULATION. International Journal of Urban and Regional Research, v. 39, n. 3, p. 568–580, maio 2015. DOI: https://doi.org/10.1111/1468-2427.12216
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
- Os autores e autoras mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil. que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores e autoras têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores e autoras têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado, porém invariavelmente com o reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
