Republicanismo e a Revolução Haitiana

Autores

  • Kelly Cristine Oliveira Meira PUC Minas

DOI:

https://doi.org/10.30612/rmufgd.v12i24.16739

Palavras-chave:

Revolução Haitiana, Republicanismo, Tráfico de escravizados africanos

Resumo

A Revolução Haitiana foi uma dentre várias revoluções ocorridas no século 19, entre elas a Revolução Estadunidense e a Francesa e que tinham na linguagem de suas narrativas o princípio da liberdade e por isso podem ser compreendidas sob a perspectiva do Republicanismo. É indispensável destacar que, ao contrário dos outros movimentos de independência, a Revolução Haitiana foi o resultado de uma insurreição de escravizados, o que por si só já confere um caráter único a ela. Ademais, a Constituição Haitiana de 1805 também é considerada como a “mais radical do Novo Mundo”. Assim, o objetivo deste artigo é apresentar um panorama da história da Revolução Haitiana sob o prisma do Republicanismo e destacando a importância da população originária do continente africano.



Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BIGNOTTO, Newton. Matrizes do Republicanismo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.

BUCK-MORSS, Susan. Hegel e Haiti. Novos Estudos, n. 90, p. 131-171, 2011.

DAVIS, Chris. Before They Were Haitians: Examining Evidence for Kongolese Influence on the Haitian Revolution. The Journal of Haitian Studies, v. 22, n. 2, p. 4-36, 2016. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/44478387

DUARTE, Evandro Charles Piza; QUEIROZ, Marcos Vinícius Lustosa. A Revolução Haitiana e o Atlântico Negro: O Constitucionalismo em Face do Lado Oculto da Modernidade. Direito, Estado e Sociedade, n. 49, p. 10-42, 2016. DOI: 10.17808/des.49.680

DUBOIS, Laurent. Avengers of the New World: The Story of the Haitian Revolution. Cambridge: The Belknap Press, 2004.

ELIAS, Maria Ligia Ganacim Granado Rodrigues. Republicanismo: História e Atualidade. Em Tese, v. 4, n. 1, p. 43-64, ago./dez. 2007. DOI: https://doi.org/10.5007/%25x

GALEANO, Eduardo. A História do Haiti é a História do Racismo. EcoDebate, 23/01/2010. Disponível em: https://www.ecodebate.com.br/2010/01/23/a-historia-do-haiti-e-a-historia-do-racismo-artigo-de-eduardo-galeano/

GILROY, Paul. O Atlântico Negro: Modernidade e Dupla Consciência. São Paulo: Editora 34, 2001.

FRANÇOIS-Dominique Toussaint L’ouverture. Geledés - Instituto da Mulher Negra. 17/05/2009. Disponível em: https://www.geledes.org.br/francois-dominique-toussaint-louverture/ Acesso em: 19 jan. 2023.

JAMES, C. L. R. Los Jacobinos Negros: Toussaint L’Ouverture y la Revolución Haití. Madrid: Turner Publicaciones, 2003.

MAGALHÃES, Raul Francisco. Dessalines. Teoria e Cultura, v. 9, n. 2, jul./dez 2014.

MARICATO, Carla Andrade. Republicanismo. Revista de Direito Público, Londrina, v. 2, n. 2, p. 225-248, maio/ago. 2007. DOI: https://doi.org/10.5433/1980-511X.2007v2n2p225

MBEMBE, Achille. Crítica da Razão Negra. São Paulo: n-1 edições, 2018.

SLAVE VOYAGES. Tráfico Transatlântico de Escravos. 2019. Disponível em: https://www.slavevoyages.org/assessment/estimates Acesso em: 17 out. 2019.

PINTO, Tales. Jacobinos negros e a Independência do Haiti. 2020. Disponível em: https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/jacobinos-negros-e-a-independencia-do-haiti.htm Acesso em: 15 jan. 2023.

POPKIN, Jeremy. Uma Revolução Racial em Perspectiva: Relatos de Testemunhas Oculares da Insurreição do Haiti. Varia Historia, Belo Horizonte, v. 24, n. 39, p. 293-310, 2008.

THORNTON, John K. “I Am the Subject of the King of Congo”: African Political Ideology and the Haitian Revolution. Journal of World History, v. 4, n. 2, p. 181-214, 1993.

WALVIN, James. Introdução. In: JAMES, C. L. R. Los Jacobinos Negros: Toussaint L’Ouverture y la Revolución Haití. Madrid: Turner Publicaciones, 2003.

Downloads

Publicado

2024-08-19

Como Citar

Oliveira Meira, K. C. (2024). Republicanismo e a Revolução Haitiana. Monções: Revista De Relações Internacionais Da UFGD, 12(24), 106–119. https://doi.org/10.30612/rmufgd.v12i24.16739

Edição

Seção

Artigos Dossiê - Dossiê "Racismos e Antirracismos nas/para as Relações Internacionais”