Algumas considerações sobre a esquemática de poder em Nye e o pensamento de Antonio Gramsci
DOI:
https://doi.org/10.30612/rmufgd.v7i13.8731Palabras clave:
Poder brando. Poder duro. Hegemonia.Resumen
O poder brando (soft power) e o poder duro (hard power) possuem ampla ressonância dentro do campo de estudo das Relações Internacionais, figurando enquanto conceitos cristalizados na mídia, declarações oficiais e análises de política exterior. O seguinte trabalho se propõe a analisar esses conceitos apontando relação com a categoria de hegemonia de Antonio Gramsci e, a partir de tal relação, infere algumas críticas metodológicas. A tentativa de Nye, de separar o centauro maquiavélico recuperado por Gramsci, revela falhas dentro da esquemática de poder desse importante autor da corrente liberal das Relações Internacionais.Descargas
Citas
BIANCHI, Alvaro. O laboratório de Gramsci: filosofia, história, política. São Paulo: Alameda, 2008.
CALLEGARI, André Rossi. Brasil e "Soft power" :capacidades e evolução do poder brando brasileiro de FHC à Lula. 2011. 43 f. Monografia (Graduação Relações Internacionais). Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, UNESP, Franca.
DIAS, Edmundo Fernandes et al. O Outro Gramsci. São Paulo: Editora Xamã, 1996.
EUSTÁQUIO, Victor. Notas sobre a problemática do poder: O paradigma gramsciano como fonte da teoria do soft power. [201-?]. Disponível em: <https://www.academia.edu/3511802/O_paradigma_gramsciano_como_fonte_do_soft_power>. Acesso em: 15 de abr de 2016.
FERREIRA, Marcos A. F. S. Definições conceituais para o entendimento de Política Externa: o poder duro e o poder brando, por Marcos Alan Ferreira. Mundorama - Revista de Divulgação Científica em Relações Internacionais. Disponível em: <https://www.mundorama.net/?article=definicoes-conceituais-para-o-entendimento-de-politica-externa-o-poder-duro-hard-power-e-o-poder-brando-soft-power-por-marcos-alan-s-v-ferreira>. Acesso em 18 de mai de 2016
GILL, Bates; HUANG, Yanzhong. Sources and limits of Chinese ‘soft power’. Survival, v. 48, n. 2, pp. 17-36.
GOUVEIA, Grazielle Roberta Desiderio. A indústria cervejeira como instrumento de soft power. 2015. 39 f. Monografia (Graduação Relações Internacionais). Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, UNESP, Franca.
GRAMSCI, Antonio. Cadernos do Cárcere, volume 3. Trad: Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
______. Quaderni del carcere, Torino: Einaudi, 1975.
HAYNES, Jefrey. Religious Transnational Actors and Soft Power. Nova Iorque: Routledge, 2016.
KEOHANE, Robert O & Joseph S. Nye Jr. Power and Interdependence in the information age. Foreign Affairs, v. 77, n. 5, pp. 81-94, 1998.
KEOHANE, Robert O.; NYE, Joseph S. Jr. Power and interdependence. 4a. ed. Nova Iorque: Longman, 2012.
KURLANTZICK, Joshua. Charm Offensive: How China's Soft Power is Transforming the World. Yale: Yale University Press, 2007.
LI, Lin & HONG, Xiaonan. The Application and Revelation of Joseph Nye’s Soft Power Theory. Studies in Sociology of Science, vol 3, nº 2, 2012, pp. 48-52.
LIGUORI, Guido. Roteiros para Gramsci. Trad: Luiz Sérgio Henriques. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2007.
LO PRETE, Mariana Navas. Disney e soft power: uma análise da atuação da empresa no sistema internacional através da cultura de massa. 2016. 63 f. Monografia (Graduação Relações Internacionais). Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília, UNESP, Marília.
MANZENREITER, Wolfram. The Beijing Games in the Western Imagination of China: The Weak Power of Soft Power. Journal of Sport and Social Issues, v. 34, n. 1, pp. 29-48.
MARTEL, Frédéric. Mainstream: a guerra global das mídias e das culturas. Editora José Olympio, 2013.
MARTINS, Rafael Vieira. O jazz como instrumento de soft power norte-americano no Brasil no segundo terço do século XX. 2016. 49 f. Monografia (Graduação Relações Internacionais). Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, UNESP, Franca.
MELISSEN, Jan (org.). The New Public Diplomacy: Soft Power in International Relations. Houdmills (UK): Palgrave Mcmillan, 2005.
MERCER, Collin. Antonio Gramsci and 'soft power': e-laborare or the work and government of culture. 2013. Disponível em: <http://www.academia.edu/3703420/Antonio_Gramsci_and_soft_power_e-laborare_or_the_work_and_government_of_culture>. Acesso em 22 de abr de 2016.
MIRANDA, Marina Pimentel. O K-Pop como mecanismo de soft power sul-coreano no Ocidente. 2016. 37 f. Monografia (Graduação Relações Internacionais). Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, UNESP, Franca.
MORGENTHAU. Hans. A Política entre as Nações. São Paulo: Editora UnB, 2003.
MORTON, Adam David. Revolution and state in modern Mexico: the political economy of uneven development. Plymouth: Rowman & Littlefield Publishers, 2011.
______. Unravelling Gramsci: Hegemony and Passive Revolution in the Global Political Economy. Londres: Pluto Press, 2007.
NYE Jr, Joseph S Jr. Bound to Lead: the Changing Nature of American Power. New York: Basic Books, 1990.
______. Cyber Power. Cambridge: Harvard Kennedy School, 2010.
______. Is the American Century Over? Malden: Polity, 2015.
______. O futuro do poder. São Paulo: Benvirá, 2012.
______. Softpower: the means to success in World Politics. New York: PublicAffairs, 2004.
______. The future of power. New York: Public Affairs, 2011.
______. The Paradox of American Power: why the world’s only superpower can’t go it alone. New York: Oxford University Press, 2002.
______. Think Again: Soft Power. Foreign Policy, 2006. Disponível em: <http://www.foreignpolicy.com/articles/2006/02/22/think_again_soft_power>. Acesso em: 30 mar 2015.
PASSOS, Rodrigo Duarte Fernandes dos. Cox e a teoria crítica das relações internacionais: ecletismo ou coerência? Relatório Final de Pesquisa apresentado ao CNPq, mimeo, 2015.
______. Marxismo, Estado e Relações Internacionais: Gramsci e Frankfurtianos marxistas versus sua apropriação hegemônica liberal por Robert W. Cox. In: Jornada Internacional de Estudos e Pesquisas em Antonio Gramsci, 1, 2016, Fortaleza/CE. Anais... Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2016. [ISSN: 2526-6950]
THOMAS, Peter D. Hegemony, passive revolution and the modern Prince. Thesis Eleven, v. 117, n. 1, pp. 20-39, 2013.
THUSSU, Daya Kishan. Communicating India’s Soft Power: Buddha to Bollywood. Nova Iorque: Palgrave Macmillan, 2013.
ZAHRAN, Geraldo & RAMOS, Leonardo. Da hegemonia ao Poder Brando: implicações de uma mudança conceitual. Trabalho apresentado no 30º Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, Caxambu, 2006.
ZAHRAN, Geraldo & RAMOS, Leonardo. From hegemony to soft power: implication of a conceptual change In: PARMAR, Inderjeet & COX, Michael (Eds.) Soft Power and US Foreign Policy: theoretical, historical and contemporary perspectives. Abingdon: Routledge, 2010, p. 12-31.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
- Os autores e autoras mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil. que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores e autoras têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores e autoras têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado, porém invariavelmente com o reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.