La relación entre el capitalismo racial y el Atlántico: el papel del noreste en el sistema internacional moderno
DOI:
https://doi.org/10.30612/mones.v14i27.18890Palabras clave:
Capitalismo racial, Sistema internacional moderno, AtlánticoResumen
Este artículo pretende problematizar el papel del Nordeste en el sistema internacional moderno, teniendo como telón de fondo la relación entre el capitalismo racial y el Atlántico en la expansión de la comercialización de los negros y el azúcar. Para ello, se utiliza la clave conceptual del capitalismo racial para analizar esta economía agroexportadora como sistema económico operado por Europa en la región nordeste de Brasil, específicamente en Pernambuco y Salvador. En este sentido, el argumento es que el papel del noreste en el sistema internacional moderno fue el de centro comercial para el apoyo económico de los países de Inglaterra, Francia y Portugal. Para desarrollar su argumento, el artículo se estructura en dos secciones. La primera sección aborda la dimensión racial en el debate sobre el capitalismo racial y su relación con el Atlántico en la expansión de la lógica moderna. La segunda sección destaca el papel del pueblo negro como tecnología industrial para la producción de azúcar en Pernambuco y Salvador y su importación y exportación. Las problematizaciones presentes en este artículo contribuyen al debate sobre la centralidad del nordeste brasileño en la política internacional, entendiendo que la política internacional es estructurada por Occidente, siendo necesario dialogar en estas dimensiones para nuevas epistemologías no jerárquicas.
Descargas
Citas
ALENCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: Formação do Brasil no Atlântico Sul no século XVI e XVII. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
ANDRADE, Manuel C. (eds) A Civilização Açucareira. Recife: Fundação Gilberto Freyre, 2007.
BAHIA. Políticas Culturais na Bahia 2007 - 2014. Salvador: Rede de Assessores da SecultBA, 2015.
BUTLER, Judith. Bodies That Matter: on the discursive limits of “sex”. Nova York: Roudedge, 1993.
BOXER, Charles R. O império colonial português (1415-1825). Tradução: Inês Duarte. São Paulo: Martins fontes, 1969.
BUTTERY, Neil. A dark history of sugar. Yorkshire-Philadelphia: Sword History, 2021.
COX, Oliver. Race, caste and class. Nova York: Monthly Review Press, 1948.
COX, Oliver C. The foundations of capitalism. London: Peter Owen, 1960.
CORRÊA, Iran Stalliviere. Astrolábio, o que é e como funciona. Rio Grande do Sul: Museu de Topografia Prof. Laureano Ibrahim Chaffe, 2023.
CIPOLLA, Carlos. Guns, Sails, and Empires: Technological Innovation and the Early Phases of European Expansion, 1400-1700. Nova York: Pantheon Books, 1965.
FRANÇA, Jean Marcel Carvalho; HUE, Sheila. Piratas no Brasil: as incríveis histórias dos ladrões dos mares que pilharam nosso litoral. São Paulo: Editora Globo, 2014.
FRAGOSO, João; FLORENTINO, Manolo; FARIA, Sheila de Castro. A economia colonial brasileira: (séculos XVI-XIX). São Paulo: Atual, 1998.
FREYRE, Gilberto. Rurbanização, que é?. Recife: Ed. Massangana, 1982.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.
FLORENTINO, Manolo. Em costas negras. Uma história do tráfico de escravos entre África e o Rio de Janeiro (séculos XVIII e XIX). São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
GILMORE, Ruth Wilson. Golden Gulag: Prisons, Surplus, Crisis, and Opposition in Globalizing California. Berkeley: University of California Press, 2007.
GUERRA, Flávio. História de Pernambuco. Recife: Editora Raiz, 1984.
GOMES, Laurentino. Escravidão: Do primeiro leilão de cativos em Portugal à morte de Zumbi dos Palmares. Rio de Janeiro: Globo Livros, 2019.
GONZALEZ, Lélia; HASENBALG, Carlos. Lugar de Negro. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1982.
GOMES, Flávio dos Santos. (eds) Planícies Goitacazes, séculos XVIII e XIX: da escravidão africana atlântica ao campesinato no imediato pós-abolição. Curitiba: Brazil Publishing, 2019.
INAYATULLAH, Naeem; BLANEY, David. International relations and the problem of difference. Londres: Routledge, 2004. DOI: https://doi.org/10.4324/9780203644096
JAHN, Beate. The cultural construction of international relations: the invention of the state of nature. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2000. DOI: https://doi.org/10.1057/9780230597259
K-SUE, Park. (ed) Race, Innovation, and Financial Growth: The Example of Foreclosure. Nova York: Columbia University Press, 2021. DOI: https://doi.org/10.7312/jenk19074-003
KI-ZERBO, Joseph. História Geral da África, I: Metodologia e pré-história da África. Brasília: UNESCO, 2010.
LAVINAS, Lena. Capitalismo Racial: introdução. In. Revista Rosa, 2020. Disponível em: https://revistarosa.com/2/capitalismo-racial-intro Acessado em: 20 de abril de 2024
MBEMBE, Achille. Necropolítica. São Paulo: n-1 edições, 2018.
MINTZ, Sidney W. Sweetness and Power: The place of sugar in modern history. Nova York: Penguin Books, 1922.
QUINTAS, Fátima. (ed) A Civilização Açucareira. Recife: Fundação Gilberto Freyre, 2007.
QUINTAS, Fátima. (ed). Cana, Engenho e Açúcar. A civilização do açúcar. Recife: Fundação Gilberto Freyre, 2007.
REDIKER, Marcus. The Slave Ship: A Human History. Nova York: Penguin Books, 2008.
ROBINSON, Cedric. J. Capitalismo racial: el carácter no objetivo del desarrollo capitalista. Tabula Rasa, n. 28, 2018, p. 23-56. DOI: https://doi.org/10.25058/20112742.n28.2
ROBINSON, Cedric. Black Marxism. The Making of The Black Radical. Londres: The University of North Carolina Press, 2000.
ROSA, Carlos Eduardo Valle. (ed) Geopolítica: uma apreciação histórica. São Paulo: FFLCH/USP, 2021
SALGADO, Augusto. O Porto e a Grande Guerra no Mar. Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, [S. l.], v. 8, n. 2, 2018. DOI: https://doi.org/10.21747/0871164X/hist8_2a3
SHILLIAM, Robbie. The Atlantic as a Vector of Uneven and Combined Development. Cambridge Review of International Affairs, Cambridge, v. 22, n. 1, 2009. DOI: https://doi.org/10.1080/09557570802683904
SMITH, Adam. A riqueza das nações: uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017.
SPILLERS, Hortense J. Mama's Baby, Papa's Maybe: An American Grammar Book. Diacritics, Baltimore.17 (2):64 (1987). DOI: https://doi.org/10.2307/464747
SLAVEVOYAGES. Trans Atlantic Slave Trade Estimates. Disponível em: https://www.slavevoyages.org/voyage/database . Acessado em: 20 de abril de 2024.
SEMERARO, Giovanni. Intelectuais “orgânicos” em tempos de pós-modernidade. Campinas: Cedes, 2006. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-32622006000300006
TÁÍWÒ, Olúfémi O; BRIGHT, Liam Kofi. A Response to Michael Walzer. Dissent, 2020. Disponível em: https://www.dissentmagazine.org/online_articles/a-response-to-michael-walzer/. Acessado em: 20 de abril de 2024
VASCONCELOS, Erica Paula. Dos navios negreiros ao desembarque em Salvador-BA: o papel da cidade na formação do sistema internacional moderno. Dissertação de Mestrado em Relações Internacionais, Universidade da Integração Latino-Americana, 2024.
WALLERSTEIN, Immanuel. (ed) A análise dos sistemas-mundo como movimento do saber. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012
WALZER, Michael. Uma nota sobre o capitalismo racial. Tradução: Marcelo Coelho. Revista Rosa, 2020. Disponível em: https://revistarosa.com/2/uma-nota-sobre-o-capitalismo-racial Acessado em: 20 de abril de 2024
WILCOX, Lauren. “Bodies and embodiment in IR”. Londres: Routledge. In. Jenny Edkins (Org). Routledge Handbook of Critical International Relations. London: Routledge, 2019 p.201-215. DOI: https://doi.org/10.4324/9781315692449-22
WILLIAMS, Eric. Capitalismo e escravidão. Tradução Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
- Os autores e autoras mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil. que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores e autoras têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores e autoras têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado, porém invariavelmente com o reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
