Guerra contra las drogas: miedo y odio y las opresiones de género, raza y clase en el territorio brasileño
DOI:
https://doi.org/10.30612/rmufgd.v9i17.10953Palabras clave:
Guerra contra las drogas. Colonialismo. Encarcelamiento de mujeres.Resumen
En territorio latinoamericano, la llamada “guerra contra las drogas” se ha presentado como un importante modulador de las relaciones opresivas que determinan las jerarquías de raza, clase y género en la región. Catalizadores de procesos que se remontan al colonialismo, los delitos de drogas han servido como legitimadores para el mantenimiento de un orden de exterminio y encarcelamiento que afecta preferentemente a los negros y, cada vez más, a las mujeres. A través de la revisión bibliográfica, este artículo pretende debatir cómo la política gira en torno a constructos de odio y miedo propios; constituye prácticas de criminalización para personas negras y pobres en territorios marginales; así como los impactos específicos sobre el encarcelamiento de mujeres en este territorio.Descargas
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