Mujeres negras en universidades y conocimiento decolonial: por la teorización de un pensamiento feminista negro

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.30612/rmufgd.v9i17.10293

Palabras clave:

Mujeres Negras. Conocimiento decolonial. Pensamiento Feminista Negro. Derechos humanos.

Resumen

En Brasil en este siglo XXI, las universidades están experimentando nuevos itinerarios y trazando nuevas trayectorias. Esta novedad se debió, principalmente, a la adopción de políticas de acción afirmativa en sus procesos de ingreso y permanencia, en los distintos niveles educativos. Además de los cambios en la composición étnico-racial de las universidades, se puede notar específicamente una mayor presencia de mujeres negras en estos espacios. Estas presencias, asociadas a la afirmación de un Pensamiento Feminista Negro, han desestabilizado modelos establecidos y normativos: tanto en el contexto de interacciones sociales que se basan en estructuras en las que las mujeres negras ocupan su base; como en el campo de la producción de conocimiento y de las disputas teóricas, este campo se ve obligado a no tratar más a las mujeres negras como meramente objetos de investigación, sino como productoras de conocimientos que han revelado dimensiones decoloniales. A partir de estos supuestos, discutimos en este artículo, en una perspectiva interdisciplinar, hasta qué punto estos movimientos, que hicieron espacios más plurales, implican la emergencia de nuevos pensamientos y conocimientos y también en la realización de dignidades, como las previstas en los Derechos Humanos. Estos que se han perdido históricamente.

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Biografía del autor/a

Luciana de Oliveira Dias, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Antropóloga, pós-doutora em direitos humanos e interculturalidades, pela Universidade de Brasília - UnB, estudiosa do Pensamento Feminista Negro. Professora associada da Universidade Federal de Goiás - UFG - Brasil. Com atuação no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS; Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos - PPGIDH; Graduação na Educação Intercultural Indígena (Núcleo Takinahaky) - Faculdade de Letras. 

Ana Luísa Machado de Castro, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Direitos Humanos pelo Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos da Universidade Federal de Goiás (UFG). Possui graduação em Relações Internacionais pela Universidade Federal de Uberlândia (2015). Faz parte do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (NEPEM).

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Publicado

2020-06-29

Cómo citar

Dias, L. de O., & Castro, A. L. M. de. (2020). Mujeres negras en universidades y conocimiento decolonial: por la teorización de un pensamiento feminista negro. Monções: Revista De Relações Internacionais Da UFGD, 9(17), 535–561. https://doi.org/10.30612/rmufgd.v9i17.10293

Número

Sección

Artículos - Sección Miscelánea