The ‘problem’ of indigenous refugees and migrants and its ‘solutions’: forms of categorization and intervention over indigenous peoples in transit from Venezuela to Brazil
DOI:
https://doi.org/10.30612/rmufgd.v13i25.17267Keywords:
indigenous peoples, indigenous migration, Venezuelan Migration, Operation Welcome, WaraoAbstract
The paper proposes an analysis of documents from UNHCR and IOM regarding indigenous refugees and migrants originating from Venezuela to Brazil based on two fundamental questions: what is the ‘problem’ of indigenous refugees and migrants represented to be? What assumptions and silences underlie these forms of representation? A theoretical framework based on post-structuralist discourse studies in IR is employed to answer the questions. Methodologically, the "WPR - what's the problem represented to be? - approach" is mobilized. Hence, three forms of problem/solution representation are identified: (1) the 'problem' of vulnerability and the 'solution' of legal categorization and state accountability; (2) the 'problem' of disorderly displacement and the 'solution' of temporary sheltering; and (3) an eminently urban 'problem' with a 'solution' in capacity-building for labor market insertion. It is argued, then, that these representations reproduce assumptions and silences inherent in tutelary, assimilationist, and colonial rationales.
Downloads
References
ALTO COMISSARIADO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA OS REFUGIADOS (ACNUR). O ACNUR antes e depois da Operação Acolhida: Uma análise à luz da resposta humanitária brasileira, 2022. Disponível em: https://www.acnur.org/portugues/wp-content/uploads/2022/06/ACNUR-Brasil-Antes_e_depois_da_Operacao_Acolhida-1.pdf. Acesso em: 9 dez. 2022.
ALTO COMISSARIADO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA OS REFUGIADOS (ACNUR). Os Warao no Brasil: contribuições da antropologia para a proteção de indígenas refugiados e migrantes, 2021. Disponível em: https://www.acnur.org/portugues/wp-content/uploads/2022/06/ACNUR-Brasil-Antes_e_depois_da_Operacao_Acolhida-1.pdf. Acesso em: 9 dez. 2022.
ALVARENGA, Rodrigo; JUNIOR, Elston Américo. Da biopolítica à necropolítica contra os povos indígenas durante a ditadura militar brasileira (1964-1985). Ciências Sociais Unisinos, v. 55, n. 2, p. 212–222, 2019. DOI: 10.4013/csu.2019.55.2.07. Disponível em: http://www.revistas.unisinos.br/index.php/ciencias_sociais/article/view/csu.2019.55.2.07.
BACCHI, Carol. Analysing policy. Sidney: Pearson Higher Education, 2009.
BACCHI, Carol et al. Why study problematizations? Making politics visible. Open journal of political science, v. 2, n. 01, p. 1, 2012. Disponível em: < https://www.scirp.org/html/18803.html>. Acesso em 04 jul. 2023.
BHABHA, Homi K. O Local da Cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1997.
BRASIL. COMITÊ FEDERAL DE ASSISTÊNCIA EMERGENCIAL (CFAE). Resolução no 9, de 1o de novembro de 2019. , 2019. Disponível em: https://portaldeimigracao.mj.gov.br/images/resoluções_do_Comitê_Emergencial/RESOLUÇÃO_No_9_DE_1o_DE_NOVEMBRO_DE_2019.pdf. Acesso em: 10 dez. 2022.
BRASIL. COMITÊ FEDERAL DE ASSISTÊNCIA EMERGENCIAL (CFAE. Resolução no 2, de 26 de julho de 2022. , 2022. Disponível em: https://portaldeimigracao.mj.gov.br/images/resoluções_do_Comitê_Emergencial/RESOLUÇÃO_CFAE.SE.CC_No_2_DE_26_DE_JULHO_DE_2022.pdf. Acesso em: 10 dez. 2022.
BRIGHENTI, Clovis Antonio. Colonialidade do poder e a violência contra os povos indígenas. Revista Percursos, [S. l.], v. 16, n. 32, p. 103–120, 2016. DOI: 10.5965/1984724616322015103. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5965/1984724616322015103.
CHANDLER, David. Introduction: Peace without Politics? International Peacekeeping, v. 12, n. 3, p. 307–321, 2005. DOI: 10.1080/13533310500073988. Disponível em: http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/13533310500073988. Acesso em 04 jul. 2023.
CUNHA, Manuela Carneiro Da. Índios no Brasil: História, Direitos e Cidadania. São Paulo: Claro Enigma, 2012.
DOTY, Roxanne Lynn. Imperial Encounters: The Politics of Representation in North-South Relations. 1. ed. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1996.
DUFFIELD, Mark. The resilience of the ruins: towards a critique of digital humanitarianism. Resilience, v. 4, n. 3, p. 147-165, 2016. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/21693293.2016.1153772. Acesso em 04 jul. 2023.
ESCOBAR, Arturo. La invención del Tercer Mundo: Construcción y deconstrucción del desarrollo. Caracas: Fundación Editorial el perro y la rana, 2007
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 2000
GOLRIZ, Mehrnush. Dynamic Spaces of Refugee Governance: The Case of Boa Vista, Roraima, Brazil. 2021. Thesis submitted in partial satisfaction of the requirements for the degree Master of Arts in Geography - University of California, Los Angeles, 2021.
HALL, Stuart. The Fateful Triangle: Race, Ethnicity, Nation. Princeton: Harvard University Press, 2017.
HANSEN, Lene. Security as Practice: Discourse Analysis and the Bosnian War. Edição: 1 ed. London: Routledge, 2006.
MALMVIG, Helle. State Sovereignty and Intervention A discourse analysis of interventionary and non-interventionary practices in Kosovo and Algeria. London: Routledge, 2006.
MILLIKEN, Jennifer. The Study of Discourse in International Relations: A Critique of Research and Methods. European Journal of International Relations, v. 5, n. 2, p. 225–254, 1999. Disponível em: https://doi.org/10.1177/1354066199005002003. Acesso em: 12 dez. 2022.
OLIVEIRA, João Pacheco De. O Nascimento do Brasil e outros ensaios: Pacificação, Regime Tutelar e Formação de Alteridades. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2016.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DAS MIGRAÇÕES (OIM). Aspectos jurídicos da atenção aos indígenas migrantes da Venezuela para o Brasil. , 2019. Disponível em: https://publications.iom.int/books/aspectos-juridicos-da-atencao-aos-indigenas-migrantes-da-venezuela-para-o-brasil#:~:text=Email-,Aspectos%20jurídicos%20da%20atenção%20aos%20indígenas%20migrantes%20da%20Venezuela%20para,de%20uma%20abordagem%20de%20direitos. Acesso em: 9 dez. 2022.
QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. Em: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. São Paulo: CLACSO, 2005. Disponível em: https://ria.ufrn.br/jspui/handle/123456789/1661. Acesso em: 12 dez. 2022.
RAMOS, Alcida Rita. Indigenismo: um orientalismo americano. Anuário antropológico, v. 37, n. 1, p. 27-48, 2012. Disponível em: < https://journals.openedition.org/aa/268>. Acesso em 04 jul. 2023.
RIEMANN, Malte. Studying Problematizations: The Value of Carol Bacchi’s ‘What’s the Problem Represented to be?’(WPR) Methodology for IR. Alternatives, v. 48, n. 2, p. 151-169, 2023. Disponível em: < https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/03043754231155763>. Acesso em 04 jul. 2023.
TIBLE, Jean. Marx Selvagem. 3a edição ed. São Paulo: Autonomia Literária, 2020.
WALSH, Catherine. Interculturalidad y colonialidad del poder. Em: WALSH, Catherine; GARCÍA LINERA, Álvaro; MIGNOLO, Walter (org.). Interculturalidad, descolonizacion del Estado y del conocimiento. Bogotá: Del Signo, 2006. p. 21–71.
YESCAS, Carlos. Hidden in plain sight: indigenous migrants, their movements, and their challenges. Migration Policy Institute, v. 31, 2010. Disponível em: https://www.migrationpolicy.org/article/hidden-plain-sight-indigenous-migrants-their-movements-and-their-challenges. Acesso em 04 jul. 2023.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
- Os autores e autoras mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil. que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores e autoras têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores e autoras têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado, porém invariavelmente com o reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.