The exclusion of the black subject and the negation of race in the academic production in International Relations in Brazil

Authors

  • Ananda Vilela da Silva Oliveira Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

DOI:

https://doi.org/10.30612/rmufgd.v8i15.11540

Keywords:

Black exclusion, knowledge production, Theory of International Relations.

Abstract

A political system forged in the logic of whiteness and Brazilian racism imposes classifications of superiority and inferiority in social hierarchies. As such, black subjects, defined from racist scientific discourses, are irrational and unintelligent, while white subjects reap the privileges acquired through the improper exploitation of enslaved labor. To think about the discipline of International Relations in Brazil is to understand that this context of exploitation, appropriation and extermination of the black population in the country permeates debates about the international in this field of knowledge, even if silenced through the mechanisms of exclusion of knowledge production in science. Modern. Under this umbrella, this article seeks to understand how the category race and racial context in Brazil cross the construction of the IR field in the country. In order to expand the historiographical debates about the institutionalization of postgraduate courses in IR in Brazil, a decolonial approach in afrodiasporic perspective is used. To this end, a bibliographic survey on IR in the country is undertaken, tangential categories such as coloniality, racism and epistemicide as analytical tools that enable the reading of the coloniality of knowledge in the teaching and research of IR.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Ananda Vilela da Silva Oliveira, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Doutoranda em Relações Internacionais pelo Instituto de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – IRI/PUC-Rio

References

ALMEIDA, M. A. B. D.; SANCHEZ, L. Os negros na legislação educacional e educação formal no Brasil. Revista Eletrônica de Educação, v. 10, n. 2, p. 234-246, 2016.

BALLESTRIN, L. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 11, p. 89-117, 2013.

BENTO, M. A. S. Branqueamento e branquitude no Brasil. In: BENTO, M. A. S.; CARONE, I. Psicologia social do racismo - estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2002. p. 25-28.

BENTO, M. A. D. S. Notas sobre a expressão da branquitude nas instituições. In: BENTO, M. A. D. S.; SILVEIRA, M. D. J. S.; NOGUEIRA, S. G. Identidade, branquitude e negritude: Contribuições para psicologia social no Brasil: novos ensaios. relatos de experiência e de pesquisa. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2014. p. 13-34.

CAPES. Programa San Tiago Dantas de apoio ao ensino de relações internacionais. Capes, [2001] 2008. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/pt/bolsas/programas-estrategicos/programas-estrategicos-encerrados/san-tiago-dantas>. Acesso em: 30 junho 2019.

CAPES. Plataforma Sucupira, 2018. Disponível em: <https://dadosabertos.capes.gov.br/dataset/coleta-de-dados-programas-da-pos-graduacao-stricto-sensu-no-brasil-2017>. Acesso em: 30 junho 2019.

CASTRO-GÓMEZ, S. Ciências Sociais, violência epistêmica e o problema da "invenção do outro". In: LANDER, E. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 80-87.

DUSSEL, E. Meditaciones anti-cartesianas: sobre el origen del anti-discurso filosófico de la Modernidade. Tabula Rasa, n. 9, p. 153-197, 2008.

FANON, F. Os condenados da Terra. Civilização Brasileira: Rio de Janeiro, 1979.

FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDFBA, 2008.

FERNANDES, F. A integração do negro na sociedade de classes: no limiar de uma nova era. São Paulo: Globo Livros, 2008.

FERREIRA, L. Menos de 3% entre docentes da pós-graduação, doutoras negras desafiam o racismo na academia. GêneroNúmero, 2018. Disponível em: <http://www.generonumero.media/menos-de-3-entre-docentes-doutoras-negras-desafiam-racismo-na-academia/>. Acesso em: 31 outubro 2019.

FERREIRA, M. A. S. V. The Rise of International Relations Programs in the Brazilian Federal Universities: Curriculum Specificities and Current Challenges. Journal of Political Science Education, v. 12, n. 3, p. 241-255, 2015.

FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: o nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1987.

GOMES, A. C. D. B. Colonialidade na academia jurídica brasileira: uma leitura decolonial em perspectiva amefricana. Tese de doutorado (Doutorado em Direito) - Programa de Pós-Graduação em Direito - PUC-Rio. Rio de Janeiro. 2019.

GONZALEZ, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, p. 223-244, 1984.

GONZALEZ, L. A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo Brasileiro, v. 92, n. 93, p. 68-92, 1988.

GROSFOGUEL, R. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Revista Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, p. 25-49, 2016.

HARAWAY, D. Saberes Localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, v. 5, p. 07-41, 1995.

JONES, B. G. International Relations, Eurocentrism, and Imperialism. In: JONES, B. G. Decolonizing International Relations. Plymouth: Rowman & Littefield Publishers, 2006. p. 1-22.

JULIÃO, T. S. A graduação em Relações Internacionais no Brasil. Monções: revista de Relações Internacionais da UFGD, v. 1, n. 1, p. 13-48, 2012.

KRISHNA, S. Race, amnesia, and the education of international relations. In: JONES, B. G. Decolonizing International Relation. Maryland: Rowman & Littlefield, 2006.

LAFER, C. O estudo das relações internacionais: necessidade e perspectivas (1982). In: LAFER, C. Relações Internacionais, política externa e diplomacia brasileira: pensamento e ação. Brasília: FUNAG, 2018. p. 327-342.

LANDER, E. ¿Conocimiento para qué? ¿Conocimiento para quién? Reflexiones sobre la universidad y la geopolítica de los saberes hegemónicos. Estudios Latinoamericanos, v. 7, n. 12-13, p. 26-46, 2000.

MALDONADO-TORRES, N. A topologia do ser e a geopolítica do conhecimento. Modernidade, império e colonialidade. Revista Crítica de Ciências Sociais, v. 80, p. 71-114, 2008.

MBEMBE, A. Crítica da Razão Negra. Lisboa: Antígona, 2014.

MIGNOLO, W. Espacios geográficos y localizaciones epistemológicas: la ratio entre la localización geográfica y la subalternización de conocimientos. GEOgraphia, v. 7, 1996.

MIGNOLO, W. Postoccidentalismo: el argumento desde América Latina. In: CASTRO-GÓMEZ, S.; MENDIETA, E. Teorías sin disciplina: latinoamericanismo, poscolonialidad y globalización en debate. México: Miguel Ángel Porrúa, 1998.

MIGNOLO, W. The geopolitics of knowledge and the colonial difference. The South Atlantic Quarterly, v. 101, n. 1, p. 57-95, 2002.

MIGNOLO, W. Desobediencia epistémica: Retórica de la modernidaa, lógica de la colonialidad y gramatica de la descolonialidad. Buenos Aires: Ediciones del Signo, 2010.

MIRANDA, C. Narrativas Subalternas e Políticas de Branquidade: O Deslocamento de Afrodescendentes como Processo Subversivo e as Estratégias de Negociação na Academia. Tese de doutorado (Doutorando em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação/Proped - UERJ. Rio de Janeiro. 2006.

MIYAMOTO, S. O Estudo das Relações Internacionais no Brasil: o estado da arte. Revista de Sociologia e Política, n. 12, p. 83-98, 1999.

MIYAMOTO, S. O ensino das relações internacionais no Brasil: problemas e perspectivas. Revista de Sociologia Política, n. 20, p. 103-114, junho 2003.

NASCIMENTO, A. D. O quilombismo. Rio de Janeiro: Vozes, 1980.

NASCIMENTO, A. D. O genocídio do negro brasileiro: processo de racismo mascarado. São Paulo: Perspectiva SA, 2016.

PASSOS, J. C. D. As desigualdades na escolarização da população negra e a Educação de jovens e Adultos. ELA EM DEBATE, v. 1, n. 1, p. 137-158, 2012.

PIRES, T. R. D. O. Estruturas Intocadas: Racismo e Ditadura no Rio de Janeiro. Direito e Práxis, v. 9, n. 2, p. 1054-1079, 2018.

QUIJANO, A. Colonialidad de Poder y Clasificacion Social. Journal of World-Systems Research, v. 11, n. 2, p. 342-386, 2000.

SANDOVAL, C. Methodology of the Opressed. Minneapolis: University of Minnesota, 2000.

SANTOS, B. D. S.; MENEZES, M. P. Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.

SMITH, L. T. Decolonizing Methodologies: research and indigeneous people. London: Zed Books, 2012.

VIGEVANI, T.; THOMAZ, L. F.; LEITE, L. A. B. Pós-graduação em Relações Internacionais no Brasil: Anotações sobre sua institucionalização. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 31, n. 91, p. 1-31, 2016.

VITALIS, R. White world order, black power politics: The birth of American international relations. New York: Cornell University Press, 2015.

Published

2019-06-30

How to Cite

Oliveira, A. V. da S. (2019). The exclusion of the black subject and the negation of race in the academic production in International Relations in Brazil. Monções: UFGD Journal of International Relations, 8(15), 366–396. https://doi.org/10.30612/rmufgd.v8i15.11540

Issue

Section

Artigos Dossiê - Teoria das Relações Internacionais no Brasil