A geopolítica das energias renováveis: o Brasil em meio a um cenário global em transformação
DOI:
https://doi.org/10.30612/rmufgd.v11i22.14541Palavras-chave:
Geopolítica da Energia, Energias Renováveis, Brasil.Resumo
O estudo da geopolítica das energias renováveis consiste na análise de como as características geográficas e técnicas dessas fontes podem remodelar as relações interestatais de energia. Este artigo revisa a literatura internacional sobre a emergente influência das fontes renováveis sobre a geopolítica e, em seguida, debruça-se sobre o caso brasileiro. O objetivo é compreender as implicações e oportunidades de inserção internacional para o Brasil em meio às transformações em curso no cenário energético global. A tese defendida é de que, para a inserção internacional do Brasil no novo contexto geopolítico resultante da ampla adoção de energias renováveis, o país precisa utilizar as potencialidades da abundante disponibilidade de recursos energéticos existentes no seu território e coordenar a integração energética com outros países sul-americanos.
Downloads
Referências
ACKRILL, R.; KAY, A. The Growth of Biofuels in the 21st Century: Policy Drivers and Market Challenges. Nova Iorque: Palgrave Macmillan, 2014. Disponível em: https://link.springer.com/book/10.1057/9781137307897. Acesso em 7 mai. 2020.
BERNAUER, T. Climate Change Politics. Annual Review of Political Science, v. 16, 2013, p. 421-448. Disponível em: https://doi.org/10.1146/annurev-polisci-062011-154926 Acesso em 18 abr. 2020.
BOSMAN, R; SCHOLTEN, D. How Renewables Will Shift the Balance of Power. Renew Economy, 5 nov. 2013. Disponível em: http://reneweconomy.com.au/2013/how-renewables-will-shift-the-balance-of-power-78579 Acesso em: 25 abr. 2020.
CRIEKEMANS, D. The geopolitics of renewable energy: different or similar to the geopolitics of conventional energy? ISA Annual Convention, Montreal: ISA, 19 mar. 2011, p. 1-52.
CIREKEMANS, D. Geopolitics of the Renewable Energy Game and Its Potential Impact
upon Global Power Relations. In: SCHOLTEN, D. The Geopolitics of Renewables. Lecture Notes in Energy, v. 61. Cham: Springer, 2018, p. 37-73. Disponível em: https://www.springer.com/br/book/9783319678542. Acesso em: 1 mai. 2020.
DE RIDDER, M. The Geopolitics of Mineral Resources for Renewable Energy Technologies. The Hague Centre for Strategic Studies, ago. 2013. Disponível: https://hcss.nl/sites/default/files/files/reports/The_Geopolitics_of_Mineral_Resources_for_Renewable_Energy_Technologies.pdf Acesso em: 5 mai. 2020.
EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA (EPE). Balanço Energético Nacional 2020: Ano base 2019. Rio de Janeiro: EPE, 2020-a. Disponível em: https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-479/topico-528/BEN2020_sp.pdf Acesso em 11 mar. 2021.
EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA (EPE). Relatório Síntese - Balanço Energético Nacional 2020: Ano base 2019. Rio de Janeiro: EPE, mai. 2020-b. Disponível em: https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-479/topico-521/Relato%CC%81rio%20Si%CC%81ntese%20BEN%202020-ab%202019_Final.pdf Acesso em 11 mar. 2021.
GREEN, F.; DENNISS, R. Cutting with both arms of the scissors: the economic and political case for restrictive supply-side climate policies. Climatic Change, v. 150, mar. 2018, p. 73–87. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s10584-018-2162-x Acesso em 29 abr. 2020.
HÜBNER, C. Geopolitics of Energy Transition. Lima: Konrad-Adenauer Foundation, 2016.
HUGHES, L.; LIPSCY, P. The Politics of Energy. Annual Review of Political Science, v. 16, n. 1, 2013, p. 449-469. Disponível em: https://www.annualreviews.org/doi/abs/10.1146/annurev-polisci-072211-143240 Acesso em 15 abr. 2020.
INTERNATIONAL RENEWABLE ENERGY AGENCY (IRENA). Renewable Energy Statistics 2020. Abu Dhabi: IRENA, 2020. Disponível em: https://www.irena.org/publications/2020/Jul/Renewable-energy-statistics-2020 Acesso em 11 mar. 2021.
INTERNATIONAL ENERGY AGENCY (IEA). World Energy Outlook 2004. Paris: IEA, 2004. 578 p. Disponível em: https://www.oecd-ilibrary.org/energy/world-energy-outlook-2004_weo-2004-en. Acesso em: 1 mai. 2020.
INTERNATIONAL ENERGY AGENCY (IEA). Renewables 2020, Analysis and forecast to 2025. Paris: IEA, 2020. Disponível em: https://www.iea.org/reports/renewables-2020 Acesso em 11 mar. 2021.
KEOHANE, R.; VICTOR, D. The Transnational Politics of Energy. Daedalus, v. 142, n. 1, 2013, p. 97-109. Disponível em: https://doi.org/10.1162/DAED_a_00196 Acesso em: 4 mai. 2020.
KRANE, J. Why Oilmen Will Never Be Interested in Renewables. Forbes, Jersey, 14 fev. 2019. Disponível em: https://www.forbes.com/sites/thebakersinstitute/2019/02/14/why-oilmen-will-never-be-interested-in-renewables/#2fcc01234d8c. Acesso em: 10 maio 2020.
LADISLAW, S.; LEED, M.; WALTON, M. New Energy, New Geopolitics: Balancing Stability and Leverage. Washington: Center for Strategic & International Studies, 2014.
LIMA, M. G. B. The Brazilian Biofuel Industry: Achievements and Geopolitical Challenges. In: AMINEH, M. P; GUANG, Y. Secure Oil and Alternative Energy: The Geopolitics of Energy Paths of China and the European Union. Leiden/Boston: Brill, 2012.
MÅNBERGER, A.; JOHANSSON, B. The geopolitics of metals and metalloids used for the renewable energy transition. Energy Strategy Reviews, v. 26, nov. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.esr.2019.100394 Acesso em 4 mai. 2020.
MÅNSSON, A. A resource curse for renewables? Conflict and cooperation in the renewable energy sector. Energy Research & Social Science, v. 10, nov. 2015, p. 1-9. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.erss.2015.06.008 Acesso em 4 mai. 2020.
NAUGHTON, B. The innovation-driven development strategy, 2015-present. In: The Rise of China’s Industrial Policy 1978 to 2020. Cidade do México: UNAM, 2021.
O'SULLIVAN, M.; OVERLAND, I.; SANDALOW, D. The Geopolitics of Renewable Energy. HKS Working Paper, Cambridge, n. 17-027, p. 1-71, jul. 2017. Disponível em: https://www.hks.harvard.edu/publications/geopolitics-renewable-energy Acesso em: 30 abr. 2020.
PALTSEV, S. The complicated geopolitics of renewable energy. Bulletin of The Atomic Scientists, v. 72, n. 6, 2016, p. 390–395. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1080/00963402.2016.1240476 Acesso em: 25 abr. 2020.
SABATELLA, I.; SANTOS, T. The IPE of regional energy integration in South America. In: VIVARES, E. The Routledge Handbook to Global Political Economy: Conversations and Inquiries. Londres: Routledge, cap. 42, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.4324/9781351064545 Acesso em 15 jun. 2020.
SCHOLTEN, D. The Geopolitics of Renewables – An Introduction and Expectations. In: SCHOLTEN, D. (Ed.) The Geopolitics of Renewables. Lecture Notes in Energy, v. 61. Cham: Springer, 2018, p. 1-32. Disponível em: https://www.springer.com/br/book/9783319678542. Acesso em: 1 mai. 2020.
SCHOLTEN, D.; BAZILIAN, M; OVERLAND, I.; WESTPHAL, K. The geopolitics of renewables: New board, new game. Energy Policy, v. 138, mar. 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.enpol.2019.111059 Acesso em 4 mai. 2020.
SCHUTTE, G.; BARROS, P. A Geopolítica do Etanol. Boletim de Economia e Política Internacional, n. 1, jan. 2010. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/4752 Acesso em: 1 mai. 2020.
SINN, H. The Green Paradox: a supply-side approach to global warming. Cambridge/Londres: MIT Press, 2012.
STEGEN, K. Redrawing the Geopolitical Map: International Relations and Renewable Energies. In: SCHOLTEN, D. The Geopolitics of Renewables. Lecture Notes in Energy, v. 61. Cham: Springer, 2018, p. 75-95. Disponível em: https://www.springer.com/br/book/9783319678542. Acesso em: 1 mai. 2020.
STRECK, C.; TERHALLE, M. The changing geopolitics of climate change. Climate Policy, v. 13, n. 5, 2013, p. 533-537. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1080/14693062.2013.823809 Acesso em: 25 abr. 2020.
TOLMASQUIM, M. Integração das fontes renováveis intermitentes na América Latina: Brasil, Chile e Uruguai. Caracas: CAF, 2017. Disponível em: https://scioteca.caf.com/bitstream/handle/123456789/1228/20170112_Intermittent%20Energy%20Renewables%20Integration%20Chalenges.pdf?sequence=1&isAllowed=y Acesso em 11 mar. 2021.
VAN DE GRAAF, T. Battling for a Shrinking Market: Oil Producers, the Renewables Revolution, and the Risk of Stranded Assets. In: SCHOLTEN, D. (Ed.) The Geopolitics of Renewables. Lecture Notes in Energy, v. 61. Cham: Springer, 2018, p. 97-121. Disponível em: https://www.springer.com/br/book/9783319678542. Acesso em: 1 mai. 2020.
WESTPHAL, K. Energy in an Era of Unprecedented Uncertainty: International Energy Governance in the Face of Macroeconomic, Geopolitical, and Systemic Challenges, in: KORANYI, D. Transatlantic Energy Futures: Strategic Perspectives on Energy Security, Climate Change and New Technologies in Europe and the United States. Washington: Johns Hopkins University, 2011, p. 1–26. Disponível em: https://archive.transatlanticrelations.org/wp-content/uploads/2016/08/Transatlantic_Energy_Futures.final_.pdf. Acesso em 5 mai. 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Rafael Almeida Ferreira Abrão
Este trabalho é licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported License.
- Os autores e autoras mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil. que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores e autoras têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores e autoras têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado, porém invariavelmente com o reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.