Irresolução do Contestado: do conflito de terras à violação da dignidade cultural e ambiental do caboclo
DOI:
https://doi.org/10.30612/videre.v14i30.16402Palavras-chave:
Contestado , caboclo, miséria, dignidade, vulnerabilidadeResumo
No cenário de guerra, geralmente se conhece o lado dos vencedores e no caso da Guerra do Contestado não foi diferente. Por anos, o governo havia enfrentado uma tropa de fanáticos rebeldes, mas passados cem anos, é importante, com outros olhos vislumbrar o lado de um povo que foi trucidado em nome do progresso por meio da instalação de uma estrada de ferro e a expulsão de simples posseiros. Nesse contexto, como o conflito foi resolvido? De que forma ele influencia até hoje a comunidade local? Através da pesquisa bibliográfica e do método dedutivo, este estudo tem como objetivo geral mostrar como os resultados deste conflito perduram até hoje, na miserabilidade da região e falta de investimentos públicos, e como objetivos específicos analisar a figura do caboclo; conhecer o momento histórico que desencadeou a Guerra do Contestado e alguns índices que mostram as dificuldades econômicas da região.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Soares de; JUNG, Karen Wesseler. Novo Vale dos Imigrantes gera críticas dos pesquisadores. 2020. Disponível em: https://idents.paginas.ufsc.br/2020/04/01/new-immigrant-valley-generates-criticism-from-researchers/?lang=pb Acesso em: 14 out. 2021
AMADOR, Milton Cleber Pereira. Guerra do Contestado: marca o fim e o início de modelos de desenvolvimento na região Oeste Catarinense. IN: Cadernos do CEOM, Ano 22, n. 31 – Espaço de memória: abordagens e práticas. 2009. Disponível em: https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/rcc/article/viewfile/562/384 Acesso em 08 out. 2021
BELTRÃO, Tatiana. Há 100 anos, o fim da sangrenta Guerra do Contestado. Agência Senado. 2016. Disponível em:https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/07/01/ha-100-anos-o-fim-da-sangrenta-guerra-do-contestado Acesso em: 15 out 2021
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. Mapa da Pobreza e da Desigualdade. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/sul-brasil/pesquisa/36/30246?tipo=ranking Acesso em: 15 out. 2021
CARVALHO, Miguel Mundstock Xavier de. Uma grade empresa em meio à floresta: a história da devastação da floresta com araucária e a Southern Brazil Lumber and Colonization (1870-1970). Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2010 .Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93507 Acesso em 13 out. 2021
CHOMA, Jeferson. Guerra do Contestado (1912 –1916): Camponeses em guerra contra o Exército. Disponível em: https://www.pstu.org.br/guerra-do-contestado-1912-1916-camponeses-em-guerra-contra-o-exercito/ Acesso em 13 out 2021
CORDEIRO, Juciara Ramos. O Contestado do século XXI: ocultação da pobreza e invisibilidade cabocla. Dissertação submetida ao Programa de PósGraduação da Universidade Federal de Santa Catarina. 2020. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/216617/PGSS0249-D.pdf?sequence=-1&isAllowed=y Acesso em: 13 out. 2021
FRAGA, Nilson Cesar. Guerra do Contestado: causas, interesses e possibilidades de pensar um povo se levantando contra a tirania – uma contribuição aos que iniciam seus estudos sobre o Contestado. Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores –
CEPAT. Centro Jesuíta de Cidadania e Ação Social – CJ-Cias e Integra a Rede Jesuíta de Cidadania e Ação Social – SJ-Cia. Curitiba/PR, 2015. Disponível em http://pt.slideshare.net/serginhosucesso/guerra-do-contestado-49888532 Acesso em 05 out. 2021
HELLER, Milton Ivan. A atualidade do contestado: edição do centenário da guerra camponesa. Curitiba: J.M. Livraria Jurídica e Editora, 2012.
LAZARIN, Katiuscia Maria. Fanáticos, rebeldes e caboclos: discursos e invenções sobre diferentes sujeitos na historiografia do contestado. (1916-2003) Dissertação (Mestrado em História Cultural) Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina. 2005. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/102399/214159.pdf?sequence=1&isAllowed=y Acesso em: 05 out. 2021
LIMA, Soeli Regina; TONON, Eloy. Guerra do Contestado e ensino de História: sobre os ataques de sertanejos no município de Canoinhas (1914-1916) Revista História Hoje, v. 5, nº 10, p. 180-202 – 2016. Disponível em: https://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/263/208 Acesso em 07 out. 2021
LUDKA, Vanessa Maria. A região do Contestado, a fome e a pobreza como permanência da guerra. REVISTA NEP (Núcleo de Estudos Paranaenses), Curitiba, v.2, n.5, p. 1-24, dezembro 2016. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/nep/article/view/49559/29647 Acesso em: 14 out. 2021
LUDKA, Vanessa Maria; PEREIRA; Mariana; PEREIRA, Sérgio Augusto. A fome e a pobreza na região do contestado catarinense: uma análise de relatos jornalísticos cem anos após a Guerra do Contestado. Geographia Opportuno Tempore, Londrina, v. 3, n. 3, p. 10 – 21, 2017. Disponível em: https://www.uel.br/revistas/uel/index.php/Geographia/article/download/31769/22377. Acesso em 14 out. 2021
MICHAELIS, Melhoramentos. 2021. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=caboclo Acesso em 05 out. 2021
MACHADO, Cristina Buratto Gross. Rupturas e permanências de uma população tradicional no pós-guerra: o caboclo do Contestado. Geografia (Londrina) v. 26. n. 1. p. 158 – 172, jan/jun, 2017. Disponível em:http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/geografia/article/view/30070 Acesso em 08 out. 2021
MACHADO, Paulo Pinheiro. Um estudo sobre as origens sociais e a formação politica das lideranças sertanejas do Contestado: 1912-1916. 2001. 498p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas, Campinas, SP. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/280234. Acesso em: 06 out. 2021
MACHADO, Paulo Pinheiro. Rábulas e Bacharéis na Guerra do Contestado:
Direito, polícia e conflito social (1912-1916) Passagens. Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica Rio de Janeiro: vol. 9, nº.1, janeiro-abril, 2017, p. 3-20. Disponível em:https://periodicos.uff.br/revistapassagens/article/view/45936/26270 Acesso em: 13 out. 2021
MARTINS, Pedro Antonio Batista. Anjos de cara suja: etnografia da comunidade cafuza. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1991. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/75745. Acessado em: 13 out. 2021
NOSSA; JÚNIOR. Contestado, a região Nordeste de Santa Catarina. Estadão, 2012. Disponível em http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,contestado-a-regiao-nordeste-desanta-catarina,834528 Acesso em: 13 out. 2021
PAGANI, Eliane Barbosa Santos. A Guerra do Contestado e o legado para a região catarinense: pobreza e desigualdade no município de Timbó Grande. Geographia Opportuno Tempore, Londrina, v. 3, n. 3, p. 49 – 62, 2017. Disponível em: https://www.uel.br/revistas/uel/index.php/Geographia/article/view/31803/22380 Acesso em 14 out. 2021
PERA, Alcídio Reis; VIEIRA, Emílio. Auditoria operacional para avaliar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) prestado pelo município. 2017. Disponível em: https://www.tcesc.tc.br/sites/default/files/Relat%C3%B3rio%20Samu%20Navegantes%20com%20Decis%C3%A3o.docx.pdf Acesso em: 15 out. 2021.
ROSA, Joseane. Guerra do Contestado. 2020. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/guerra-do-contestado Acesso em 08 out. 2021
SALOMÃO, Eduardo Rizzatti. A guerra do Contestado e seus reflexos para a tomada de decisões no campo militar e das relações internacionais. Anais do Encontro Internacional e XVIII Encontro de História da Anpuh-Rio: História e Parcerias. 2018. Disponível em: encontro2018.rj.anpuh.org/resources/anais/8/1529876606_ARQUIVO_AGuerradoContestado_EduardoRSalomao.pdf Acesso em 06 out. 2021.
SCHÜLLER Sobrinho, Octacílio. Taipas, origem do homem do Contestado: o caboclo. Florianópolis SC, Letras Contemporâneas, 2000.
SERPA, Ivan Carlos. A guerra do Contestado: genocídio e resistência Xokleng em Taquaruçu: meio oeste Catarinense. 2015. Disponível em: https://issuu.com/ivancarlosserpaserpa/docs/a_guerra_do_contestado_genoc__dio_e Acesso em 06 out. 2021
SILVA, Natália Ferronatto da. As “Virgens Messiânicas”: participação e influência das “Virgens” Teodora e Maria Rosa no Contestado (1912-1916). Revista Santa Catarina em História - Florianópolis - UFSC – Brasil ISSN 1984- 3968, v.1, n.1, 2010. Disponível em: https://www.nexos.ufsc.br/index.php/sceh/article/view/331/168 Acesso em: 08 out. 2021
THOMÉ, Nilson. Caminhos de tropeiros nos séculos XVIII e XIX como fatores pioneiros de desbravamento do Contestado
DRd - Desenvolvimento Regional em debate Ano 2, n. 1, jul. 2012. Disponível em: https://docplayer.com.br/27080500-Caminhos-de-tropeiros-nos-seculos-xviii-e-xix-como-fatores-pioneiros-de-desbravamento-do-contestado-resumo.html Acesso em: 06 out 2021
WOITOWICZ, Karina Janz. Introdução. In: Imagem contestada: a guerra do contestado pela escrita do diário da tarde (1912-1916) [online]. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2015, pp. 17-22. ISBN 978-85-7798- 212-7. Disponível em: http://books.scielo.org/id/7s6w4/pdf/woitowicz-9788577982127-01.pdf Acesso em:07 out. 2021
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho é licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported License.
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.