A Educação bilíngue para crianças surdas: surdez como experiência e infância como potência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/eduf.v9i27.12624

Palavras-chave:

Educação Bilíngue. Surdez. Infância.

Resumo

Este artigo tem como objetivo discutir sobre a educação bilíngue para crianças surdas a partir de uma aposta: olharmos para a surdez enquanto experiência e para a infância como potência. A educação bilíngue ocupa lugar de destaque no debate de como lidar com a diferença linguística e cultural dos surdos, servindo como bandeira de luta da comunidade surda brasileira e merecendo, portanto, nossa especial atenção. Esta pesquisa trata-se de um estudo de caso em um Centro Municipal de Educação Infantil, no município de Vitória, no Estado do Espírito Santo, sendo esta escola referência em educação bilíngue para surdos no projeto maior do município. Assim, modificamos a linguagem da educação e, consequentemente, a educação bilíngue como um desejo de realidade para crianças surdas na educação infantil. Destacamos que a política bilíngue representa mais do que a utilização de uma língua, ela deve possibilitar aos estudantes surdos espaços educacionais que os levem a provocar o pensamento, estimulando suas capacidades. Deve considerar uma política educacional que respeite a singularidade linguística, revelada mediante a coletividade, a partir de outras pessoas com surdez. Ou seja, é necessário proporcionar espaços que contribua para que as crianças surdas tenham contato com seus pares linguísticos.  

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BIESTA, G. Para além da aprendizagem: educação democrática para um futuro humano. Belo Horizonte: Autêntica editora, 2013.

BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 25 de abril de 2002.

BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 23 de dez. 2005.

FOUCAULT, M. O governo de si e dos outros. Curso no Collège de France (1982-1983). São Paulo: Martins Fontes, 2010.

LACERDA, C.B.F.; SANTOS, L. F. dos (Orgs.). Tenho um Aluno Surdo, e Agora? Introdução à LIBRAS e educação de surdos. São Carlos: EduFSCar, 2013.

LARROSA, Jorge. Desejo de realidade. Experiência e alteridade na investigação educativa. In:BORBA, Siomara; KOHAN, Walter (Orgs.). Filosofia, aprendizagem e experiência. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008.

LOPES, M. C. Surdez & Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

MASSCHELEIN, J.; SIMONS, M. A pedagogia, a democracia e a escola. Belo Horizonte: Autentica, 2014.

MASSCHELEIN, J.;SIMONS, M. A língua da escola: alienante ou emancipadora?. In: LARROSA, Jorge (Org.). Elogio da escola. Belo Horizonte: Autentica, 2017.SOUZA, R.M. Que palavra que te falta? São Paulo: Martins Fontes, 1998.

VIEIRA-MACHADO, L. M.C; VICTOR, S.L. A criança surda: a infância na constituição de um espaço pedagógico que se ocupe da diferença. Revista Educação Especial; v. 28; n. 53, p. 623-634,set./dez. 2015.

VIEIRA-MACHADO, L. M.C.; LOPES, M. C. A constituição de uma educação bilíngue e a formação de professores de surdos. Educação & Realidade. Porto Alegre, v. 41, n.3. p.629-967, jul./set. 2016.

TEIXEIRA, Keila Cardoso. A criança surda na educação infantil: contribuições para pensar a educação bilíngue e o atendimento educacional especializado. Programa de Pós-Graduação em Educação, PPGE, UFES. Tese de doutorado, 2016, 216 f.

WITCHS, Pedro; LOPES, Maura Corcini. Surdez como matriz de experiência. INES, Revista Espaço, Rio de Janeiro, n. 43, jan./jun. 2015.

Downloads

Publicado

2020-09-23

Como Citar

VIEIRA-MACHADO, L. M. da C.; TEIXEIRA, K. C. A Educação bilíngue para crianças surdas: surdez como experiência e infância como potência. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 9, n. 27, p. 59–68, 2020. DOI: 10.30612/eduf.v9i27.12624. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/educacao/article/view/12624. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê “Formação de Professores para a Infância: História, Políticas, Diversidade e Cultura”