O paradigma da ciência moderna e o diálogo entre Geografia, Arte e Literatura

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5418/ra2022.v18i35.15174

Palabras clave:

Geografia, Literatura, Paradigma da ciência moderna

Resumen

O existir humano é movido pelo impulso criador. O desejo e necessidade de inventar, e produzir, desde textos acadêmicos até as artes atravessa nossas existências. Embora este impulso seja comum, os caminhos teóricos e metodológicos da constituição das artes - dentre elas a Literatura e da Geografia - são antagônicos, uma vez que cada um desses discursos se propõe a finalidades distintas. Desde o princípio da constituição da Geografia como ciência, recebemos a contribuição das artes a fim de representar o mundo e as paisagens, no entanto, sob moldes positivistas, tal aproximação tornou-se um desafio. Neste trabalho apresentaremos como o paradigma da ciência moderna dificultou a relação entre Geografia e Literatura, bem como as possibilidades e tensões enfrentadas nesta abordagem. Por fim discorreremos sobre o desenvolvimento de uma relação dialógica entre Geografia e Literatura, tomando a segunda como um sujeito que tem algo a dizer à Geografia.

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Biografía del autor/a

Mariane Motta Ferreirinha, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ/FFP)

Professora de Geografia da Secretaria do Estado de Educação do Rio de Janeiro - SEEDUC/RJ

Mestranda pelo programa: Produção social do espaço - Natureza, política e processos formativos. UERJ/FFP. Área de concentração: Ensino da Geografia

Pós graduada em Dinâmicas Urbano-Ambientais e Gestão do Território - UERJ/FFP

 

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Publicado

2022-07-19

Cómo citar

Ferreirinha, M. M. (2022). O paradigma da ciência moderna e o diálogo entre Geografia, Arte e Literatura. Revista Da ANPEGE, 18(35). https://doi.org/10.5418/ra2022.v18i35.15174