Ingresso de quilombolas e indígenas na Unilab: uma proposta que nasce no Quilombo Sítio Veiga – Quixada/CE

A PROPOSAL THAT IS BORN IN THE QUILOMBO SÍTIO VEIGA – QUIXADA/CE

Autores

  • Antonio Jeovane da Silva Ferreira Mestre pelo do Programa Associado de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB-CE) e Universidade Federal do Ceará (UFC), https://orcid.org/0000-0002-2014-7785
  • Eliane Costa Santos Professora Adjunta da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB-Ba), Instituto de Humanidades e Letras, Docente no Curso de Pedagogia https://orcid.org/0000-0002-0759-2550
  • Jacqueline da Silva Costa Professora Adjunta da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB-Ceará), Instituto de Humanidades https://orcid.org/0000-0001-6257-1288

DOI:

https://doi.org/10.30612/hre.v11i18.16601

Palavras-chave:

UNILAB, Ação Afirmativa, Quilombolas, Indígenas, Quilombo Sítio Veiga

Resumo

O presente artigo tem como objetivo falar do ingresso de Quilombolas e Indígenas na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileiras - Unilab. Uma proposta de ampliação das políticas afirmativas que nasce na Comunidade Quilombola Sítio Veiga, Quixadá/Ceará, no 17º Encontro Estadual das Comunidades Quilombolas do Ceará, em outubro de 2017. Abordaremos, sobre a criação da Unilab, fruto da luta do Movimento Negro que nasce com preceitos fundantes das ações afirmativas, assim, é imperativo saber como o aprimoramento dessas políticas tem se dado. O texto realiza o estado da arte sobre o contexto em que essas medidas foram criadas, do ambiente favorável e democrático dos Governos do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Presidenta Dilma Rousseff em apoiar a implantação das cotas nas universidades públicas (estaduais e federais), no caso da Unilab, sua existência pode ser considerada como o ápice de uma agenda positiva de concretização de um projeto político-educacional estratégico no fortalecimento
da cooperação Sul-Sul, na produção de conhecimento sobre e entre esses países. Por fim, abordaremos sobre o contexto que aprovou o Programa de Ação Afirmativas da Unilab que além das (os) candidatas (os) pertencentes a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP, dentre os quais estão o Brasil, os países Africanos de língua portuguesa (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
São Tomé e Príncipe, Moçambique) do Sudeste Asiático (Timor Leste), acolherá a partir de setembro deste ano (2021), 08 (oito) novos grupos sociais, dentre eles, Quilombolas, Indígenas, Comunidade LGBTQIA+, Ciganos, Pessoas com deficiência, Jovens Egressos de Cumprimento de Medidas Socioeducativas – MPSE, Refugiados e Outros Povos Tradicionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. Lisboa: Sá da Costa, 1978.

COLLINS, Patrícia Hill. Pensamento Feminista Negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento: Tradução Jamile Pinheiro Dias. – 1. Ed. – São Paulo: Boi tempo, 2019.

COSTA, Jacqueline da Silva, Melo, Vico Dênis Sousa. Neoliberalismo e a colonialidade do saber: a UNILAB e o desmonte da educação. In: Le Monde Diplomatique. Brasil, ano 11, número 127, ano 2018.

FERREIRA. Antonio Jeovane da Silva (et all). Quilombo/las no Ensino Superior: faces do racismo e da discriminação étnico-racial no cotidiano universitário na Unilab. In: Educación Superior y Pueblos Indígenas y Afrodescendientes en América Latina Las múltiples formas del racismo. 2019.

GONÇALVES, L. A. O; SILVA, Petronilha B. G. e. Movimento Negro e educação. Set/Out/Nov/Dez 2000 Nº 15, p. 134 – 158.

HOOKS, Bell. Intelectuais negras. Trad. Marcos Santarrita. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, vol.3, n. 2, p. 463-478, 1995.

HOOKS, Bell. Erguer a voz: pensar como feminista negra, pensar como uma negra. Elefante Editora. 2020.

LEWANDOWISK, Ricardo. Voto pela constitucionalidade das cotas. Brasília, 2012, 16 p.

QUINTILIANO, Marta. Redes Afro-Indígenoafetivas: uma Autoetnografia sobre Trajetórias, Relações e Tensões entre Cotistas da Pós-Graduação Stricto Sensu e Políticas de Ações Afirmativas na Universidade Federal De Goiás. 2019. Dissertação de Mestrado em Antropologia Social. Faculdade de Ciências Sociais, Universidade Federal de Goiás, Goiânia.

SILVA, Paulino Vinicius Baptista (et all). Black social movements and human rights.

SILVA, Paulo V. Baptista da; TRIGO, Silva Rosa Amália Espejo; MARÇAL, José Antônio. Revista Diálogo Educ., Curitiba, v. 13, n. 39, p. 559-581, maio/ago. 2013.

SILVÉRIO, Valter R. O papel das ações afirmativas: Em contextos racializados: algumas anotações sobre o debate brasileiro. SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e; SILVÉ-RIO, Valter Roberto (Org). Educação e ações afirmativas: entre a injustiça simbólica e injustiça econômica. Brasília: INEP, 2003, p. 55-76.

SOUZA, J. (org.). Multiculturalismo e racismo: o papel da ação afirmativa nos Estados democráticos contemporâneos. Brasília: Ministério da Justiça, 1996, p.69-74.

SILVA, Antonio Gislailson Delfino da. Políticas Públicas E Ensino Superior: A Unilab como Política de Enfrentamento às Desigualdades Sociais e Raciais. Revista CESUMAR jul./dez. 2019, v. 24, n. 2, p. 301-325 DOI: 10.17765/1516-2664.2019v24n2p301-325

UNILAB. Programa de Ações Afirmativas da Unilab. Relatório Final do Grupo de Trabalho Ação Afirmativas da Unilab. Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Estudantis. 2021.

Downloads

Publicado

2022-12-12

Como Citar

Ferreira, A. J. da S., Santos, E. C., & Costa, J. da S. (2022). Ingresso de quilombolas e indígenas na Unilab: uma proposta que nasce no Quilombo Sítio Veiga – Quixada/CE: A PROPOSAL THAT IS BORN IN THE QUILOMBO SÍTIO VEIGA – QUIXADA/CE. Horizontes - Revista De Educação, 11(18), 119–147. https://doi.org/10.30612/hre.v11i18.16601

Edição

Seção

DIÁLOGOS PEDAGÓGICOS SUL-SUL