O giro decolonial para se pensar a história das ciências: uma entrevista com Ricardo dos Santos Batista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/rehr.v20i38.19397

Palavras-chave:

História das Ciências no Brasil, Circulação de conhecimento, Pluralidade na ciência, Fundação Rockefeller

Resumo

Ricardo dos Santos Batista é professor do Programa de Pós-graduação em História da UNEB e do Programa de Pós-graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências da UFBA. Possui mestrado e doutorado em História pela UFBA, elaborando trabalhos na área de história das doenças e das ciências. Há alguns anos, dedica-se a pensar as relações local-global na produção e circulação de conhecimentos. Debruçando-se sobre as experiências de bolsistas da Fundação Rockefeller, o pesquisador analisa os processos de ressignificação e transformação que possibilitaram a realização de projetos de modernização do ensino médico no “sul global”. A partir da trajetória do entrevistado, evidencia-se a relevância de estudos que abordem a produção científica de maneira plural e conectada, contestando abordagens restritas à escala nacional ou que reforcem noções de colonialidade. Além disso, discute-se as potencialidades de acervos brasileiros e internacionais na elaboração de análises atentas à circulação de conhecimentos e pluralidade de sujeitos na produção científica.

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Biografia do Autor

Ricardo dos Santos Batista , Universidade Federal da Bahia

Pesquisador da História Social da Saúde e das Ciências a partir de perspectiva decolonial. Estudou sífilis e eugenia na Bahia da Primeira República e, atualmente, investiga a genética e relações racias no pós-1950. Possui graduação em História pela Universidade do Estado da Bahia, mestrado e doutorado em História pela Universidade Federal da Bahia. Realizou estágios de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde - PPGHCS/COC/Fiocruz (2017-2018, 2022-2023), e na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (2020-2022). É autor de "Mulheres Livres: uma história sobre prostituição, sífilis, relações de gênero e sexualidade" (Edufba, 2014) e de "Sífilis e reforma da Saúde na Bahia (1920-1945)" (Eduneb, 2017). Organizou coletâneas como "Enfermeiras, educadoras sanitárias e outras profissões: estudos históricos"(Hucitec, 2024), "Conhecimento científico em movimento: circulação, intercâmbios e zonas de contato" (Hucitec, 2023), "História das ciências e da saúde : tendências, temas e arquivos" (Hucitec, 2023), "História da Saúde: relações de gênero, educação, personagens e instituições" (Devires, 2023), "Educação Sanitária: fontes, ambientes escolares, ações estatais e intelectuais mediadores" (Hucitec, 2022), "Quando a História encontra a Saúde" (Hucitec, 2020), "História e Saúde: políticas, assistência, doenças e instituições na Bahia" (Eduneb, 2018). É professor Permanente no Programa de Pós-Graduação em História (PPGH/UNEB/Alagoinhas) e Colaborador no Programa de Pós-graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (PPGEFHC/UFBA). É membro do grupo de pesquisa História da Assistência à Saúde (Fiocruz) e Grupo de Estudos e Pesquisas Samuel Pessoa (USP), do CNPq. Também é membro da Associação Nacional de História (ANPUH), da Sociedade Brasileira de História das Ciências (SBHC) e da Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias (Esocite) 

Isabella Bonaventura, Universidade Federal de São Paulo

Doutora em História Social pelo Programa de Pós-graduação em História Social da
Universidade de São Paulo (PPGHS-USP). Mestra em História Social pela mesma instituição.
Possui bacharelado e licenciatura em História pela USP. Bolsista CAPES-PDSE, entre 2022 e
2023, permaneceu por seis meses na Universidade de Buenos Aires. Realiza pesquisas sobre
História das Ciências no Brasil, abordando trajetórias de pesquisadores brasileiros e argentinos
da primeira metade do século XX. Também estuda os intercâmbios entre pesquisadores latinoamericanos, com destaque para as comunicações entre laboratórios situados em São Paulo, Rio
de Janeiro e Buenos Aires. Possui experiência em estudos sobre gênero e ciência, História da
Profissão Farmacêutica em São Paulo e História da Odontologia em São Paulo. Autora do livro
"Profissão Farmacêutica em São Paulo: prática científica, ensino e gênero (1895 - 1917)" (Editora
Fiocruz, 2020). Atualmente integra o Laboratório de História das Ciências, Tecnologia e
Sociedade do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
(LABCITE-FFLCH /USP) e o Grupo de Pesquisa Dimensões do Regime Vargas e seus
desdobramentos. E-mail: isa.bonaventura@gmail.com

Henrique Sugahara Francisco, Instituto Butantan

Graduado e Mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Pesquisador vinculado ao
Laboratório de História das Ciências, Tecnologia e Sociedade/USP. Atualmente, é pesquisador
do Centro de Memória do Instituto Butantan Tem experiência na área de História, com ênfase
em História do Brasil República, atuando principalmente nos seguintes temas: História da
Imprensa, História da Medicina, História da Assistência e História da Saúde. E-mail:
hsfrancisco@alumni.usp.br

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Publicado

23-12-2024

Como Citar

Batista , R. dos S., Bonaventura, I., & Francisco, H. S. (2024). O giro decolonial para se pensar a história das ciências: uma entrevista com Ricardo dos Santos Batista. Revista Eletrônica História Em Reflexão, 20(38), 529–552. https://doi.org/10.30612/rehr.v20i38.19397