Axé, Babá! O Carnaval voltou para a casa! Uma análise das temáticas do Carnaval do Rio entre 2017 e 2023 sob a ótica das religiões afro-brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.30612/rehr.v19i36.17509Palabras clave:
Religião. Umbanda. Escolas de samba. Carnaval. Desfile.Resumen
O presente artigo tem a proposta de mostrar que os desfiles das escolas de samba do Carnaval da cidade do Rio de Janeiro retomaram as religiões afro-brasileiras como temática de seus desfiles nos anos de 2022 e 2023, depois de um período distante do assunto, apesar de os desfiles e as escolas de samba terem se originado nos terreiros cariocas e toda a musicalidade e estética estarem coligados, como mostra o texto. O artigo mostra esta relação intrínseca entre estes elementos e detalha os desfiles de 2017 a 2023 a partir dos temas, quantificando aqueles em que a Umbanda, o Candomblé, suas divindades e suas simbologias estão presentes de forma direta e indireta. O artigo destaca o resultado do desfile de 2022, que retrata Exu, a divindidade do panteão africano mais polêmica por conta de todo o processo de demonização da entidade por outras religiões, em especial aquela provocada pelas igrejas neopentecostais. E mostra como toda a construção simbólica do desfile subverte essa ordem e exalta as qualidades de Exu.
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