Between “masters” and female historians: Gender in historiography
DOI:
https://doi.org/10.30612/rehr.v21i40.17974Keywords:
Gender, Memory, History of HistoriographyAbstract
The central issue of this paper is to investigate the construction of (self)images of historians by Alice Piffer Canabrava and Maria Efigênia Lage de Resende in the production of the image of the “master” centered on Fernand Braudel and Francisco Iglésias. We are interested in discussing how historians construct narratives that found certain individuals (men) as “fathers of history”. Through Braudel and Iglésias, by conforming an idea of the “ideal historian” both for their historiographical works and for their personal virtues, Alice and Maria Efigênia share a similar historical operation. It is the way of “being a historian”, and not just the daily practices of the production of history, which constitutes the focus of their narratives. Thus, bodily and scriptural performances cannot do without memory as a space for the elaboration of these historians figures and identities in (de)construction, serving us as privileged sources to problematize the gender dimension in historiography.
Downloads
References
BEARD, Mary. Mulheres e poder: um manifesto. Tradução de Celina Portocarrero. São Paulo: Planeta do Brasil, 2018. 128p.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2020.
CANABRAVA, Alice P. Apontamentos sobre Varnhagen e Capistrano de Abreu. Revista de História. São Paulo, n. 88, 1971. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.1971.131200
CANABRAVA, Alice P. Minhas Reminiscências. Economia aplicada, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 157-163, 1997. DOI: https://doi.org/10.11606/1413-8050/ea145461
CANABRAVA, Alice P. História Econômica: Estudos e Pesquisas. 1º edição. São Paulo: Hucitec; UNESP; ABPHE, 2005.
COSTA, Albertina; BARROSO, Carmen e SARTI, Cynthia. Pesquisa sobre Mulher no Brasil: do limbo ao gueto? São Paulo, Cadernos da Fundação Carlos Chagas, n° 54, ago./1985.
COSTA, Aryana Lima. De um curso d'água a outro: memória e disciplinarização do saber histórico na formação dos primeiros professores no curso de História da USP. Programa de Pós-Graduação em História Social (Tese), Instituto de História – UFRJ, 2018.
DELACROIX, Christian; DOSSE, François; GARCIA, Patrick. Correntes históricas na França: séculos XIX e XX. Rio de Janeiro: FGC, 2012.
ERBERELI JÚNIOR, Otávio. A escrita da história entre dois mundos: uma análise da produção de Alice Piffer Canabrava (1935-1961). 2014. Programa de pós-graduação em História (Dissertação), FFCL/UNESP, 2014.
GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Historiografia e cultura histórica: notas para um debate. Ágora, Santa Cruz do Sul, v.11, n. 1. p. 31-47, jan/jun. 2005.
HEILBORN, Maria Luiza e SORJ, Bila. “Estudos de gênero no Brasil”, in: MICELI, Sérgio (org.) O que ler na ciência social brasileira (1970-1995), ANPOCS/CAPES. São Paulo: Editora Sumaré, 1999, p. 183-221.
KUCHEMANN, Berlindes; BANDEIRA, Lourdes; ALMEIDA, Tânia. A Categoria de gênero nas Ciências Sociais e sua interdisciplinaridade. Revista do Ceam, v. 3, n. 1, p. 63-81, 2015.
LAURETIS, Teresa. Technologies of gender: essays on theory, film, and fiction. (theories of representation and difference). Bloomington: Indiana University Press, 1987.
MARTINEZ, Paulo Henrique. Fernand Braudel e a primeira geração de historiadores universitários da USP (1935-1956): notas para estudo. Revista de História. São Paulo, v. 146, 2002. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.v0i146p11-27
OLIVEIRA, Maria da Glória. Os sons do silêncio: interpelações feministas decoloniais à história da historiografia. História da Historiografia. v. 11, n. 28, set-dez, ano 2018, p. 104-140. DOI: https://doi.org/10.15848/hh.v11i28.1414
OHARA, João Rodolfo Munhoz. Virtue Language and Boundary Drawing in Modern Brazilian Historiography: a Reading of Historians of Brazil, by Francisco Iglésias. In: História da Historiografia. v. 12, n. 30, maio-ago, ano 2019, p. 44-70. DOI: https://doi.org/10.15848/hh.v12i30.1475
PAUL, Hermann. Self-Images of the Historical Profession: Idealized Practices and Myths of Origin. Storia della Storiografia. n. 59-60, 2011a. p. 157-170.
PAUL, Hermann Fathers of History: Genealogies of the Historical Discipline. Storia della Storiografia, n. 59-60, 2011b. p. 224-230
PEDRO, Joana Maria; SOIHET, Rachel. A emergência da pesquisa da História das Mulheres e das Relações de Gênero. In: Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 27, nº 54, p. 281-300 – 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-01882007000200015
PEDRO, Joana Maria. Relações de gênero como categoria transversal. Topoi, v. 12, n. 22, p. 270-283, 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/2237-101X012022015
POSSAS, Lidia. GT Estudos de Gênero/ANPUH: uma trajetória. Fato, acontecimento e memórias (2001- 2014). Hist. R., Goiânia, v. 19, n. 2, p. 7-10, 2014. DOI: https://doi.org/10.5216/hr.v19i2.33369
RAGO, Margareth. Descobrindo historicamente o gênero. Cadernos Pagu. Campinas, v.11, 1998, pp.89-98.
RESENDE, Maria Efigênia Lage de; CARVALHO, Roberto Barros de. Francisco Iglésias, o escritor da história. In: Ciência Hoje. Revista de Divulgação Científica da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC, 13, n. 73, jun/1991a. Entrevista.
RESENDE, Maria Efigênia Lage de. Memorial. Concurso para o cargo de professor titular. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 1991b.
RESENDE, Maria Efigênia Lage de. Homenagem ao professor Francisco Iglésias. V Semana de Iniciação Científica da Universidade Federal de Minas Gerais. In: Varia História. Belo Horizonte: n. 17, mar/1997, p. 5-8.
RESENDE, Maria Efigênia Lage de. Francisco Iglésias: vida e obra. In: Academia Mineira de Letras, Belo Horizonte, v. 24, n. jun/ago., p. 275-300, 2002.
SANTOS, Alessandra Soares. Francisco Iglésias: a história e o historiador. São Paulo: Alameda, 2017.
SARLO, Beatriz. Tempo Passado. Cultura da memória e guinada subjetiva. Rosa Freire D’Aguiar (Trad.). São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.
SCOTT, Joan W. “Gênero: uma categoria de análise histórica”. In: Educação e Realidade, Porto Alegre, v.16, n.2, jul/dez., 1990.
SCOTT, Joan W. História das mulheres. In: BURKE, P. (org.) A escrita da História: novas perspectivas. São Paulo: UNESP, p. 63-95, 1992.
VARIKAS, Eleni. Gênero, experiência e subjetividade: a propósito do desacordo Tilly-Scott. Cadernos Pagu, n. 3, p. 63-84, 1994.
VENÂNCIO, Giselle. Prefigurações da paisagem historiográfica: revistas, coleções e mediação. In: GOMES, Ângela de Castro e HANSEN, Patrícia (Orgs.). Intelectuais mediadores: práticas culturais e ação política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Revista Eletrônica História em Reflexão

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição: Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial: Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual: Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais: Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
