As mulheres no ensino secundário: percursos das primeiras professoras do Colégio Pedro II
DOI:
https://doi.org/10.30612/rehr.v14i27.12168Palavras-chave:
Magistério secundário. Colégio Pedro II. Gênero.Resumo
Este texto traz reflexões sobre as professoras pioneiras que atuaram no curso secundário do Colégio Pedro II, na década de 1920, quando, até então, a docência no ensino primário era reservada às mulheres. Foram criadas instituições exclusivas para sua formação, com programas de ensino elaborados por homens, bem como distintos dos programas voltados para as instituições onde o ensino era restrito aos homens, como ocorreu com os cursos secundários, especialmente no século XIX. A integração de mulheres à história do ensino secundário demonstra que estas influenciaram os acontecimentos etomaram parte na vida pública, à medida que isso lhes foi possível, dentro das condições concretas existentes. Subsidiaram a análise a categoria de gênero vista sob a perspectiva relacional, que busca perceber as relações sociais entre os sujeitos e um modo de dar significado às relações de poder. Fundamenta-se nos pressupostos teóricos de Perrot (2012) e Scott (1990) bem como na noção de intelectuais “mediadores culturais” de Gomes e Hansen (2016).
Downloads
Referências
ALMEIDA, Jane Soares de. Mulher e educação: a paixão pelo possível. São Paulo: UNESP, 1998.
ALVES, R. L. Trajetórias femininas no Colégio Pedro II. In: 2 ANPUH – XXV Simpósio Nacional de História. Fortaleza, 2009.
ANDRADE, Vera Lúcia. C. Q.Colégio Pedro II: patrimônio e lugar de memória da educação brasileira. In. GASPARELLO, A. M. & VILLELA, H. O. S. (eds.). Educação na história: intelectuais, saberes e ações instituintes. Rio de Janeiro: Mauad X, 2016, p.101-116.
ANDRADE, Vera Lúcia. Colégio Pedro II: o feminino como exceção. [S.l.:s.n.], 2000. 9 f.
BRASIL. Decreto nº 19.890 de 11 de abril de 1931. Reforma Francisco Campos. Coleção de Leis do Império e da República, 1981.
BRASIL. Decreto nº 2.006, de 24 de outubro de 1857. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-2006-24-outubro-1857-558097-publicacaooriginal-78997-pe.html. Acesso: 30 abr.2020.
BRASIL. Decreto nº 21241, de 1932. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D21241.htm. Acesso em 20 mai.2020.
BRASIL. Decreto nº 18564, de 15 de janeiro de 1929. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1920-1929/decreto-18564-15-janeiro-1929-502422-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em 20 mai.2020.
BRASIL. Decreto nº 2.006, de 24 de outubro de 1857. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-2006-24-outubro-1857-558097-publicacaooriginal-78997-pe.html. Acesso 30 abr. 2020.
CARVALHO, João Bosco Pitombeira de, WERNECK, Ana Paula Lellis Deborah Silva CRUZ, Enne Mônica Baptista da Costa Priscilla Rangel. Euclides Roxo e o movimento de reforma do ensino de Matemática na década de 30. In: R. bras. Est. pedag. Brasília, v. 81, n. 199, set./dez. 2000, p. 415-424.
COLÉGIO PEDRO II. Disponível em: http://cp2.g12.br/118progesp/index.php?option=com_content&view=article&id=1865 e http://cp2centro.net/?p=4765. Acesso em 15 mai. 2020.
CORREIO DA MANHÃ. 18 de novembro, 1945.
COUTTO, P. Relatório concernente aos anos letivos de 1926 e 1927. Apresentado ao Exmo. Sr. Diretor Geral do Departamento Nacional do Ensino por Pedro do Coutto, Diretor do Internato. Rio de Janeiro: Colégio Pedro II – Internato, 1928.
DASSIE, Bruno Alves. Euclides Roxo e a constituição da educação matemática no Brasil. Tese de doutorado. Programa de Pós-graduação em Ciências Humanas e Educação. PUC-Rio, Rio de Janeiro. Disponível em https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=12024@1 Acesso em 30/04/2020
DASSIE, Bruno Alves. As propostas pedagógicas de Euclides Roxo para o ensino de Matemática na escola secundário brasileira. Boletim GEPEM. n.59, jul. 2011, p.81-94.
D.O.U. 22 de abril, 1971, p.1107.
DUBET, F. Le Declin de l’Institution. Paris: Éditions du Seuil, 2002.
ESCRAGNOLLE DORIA, Luiz Gastão de. Memória histórica. Prof. Emérito do Collegio Pedro Segundo. Commemorativa do 1º Centenário do Collegio de Pedro Segundo (2 de dezembro de 1837 – 2 de dezembro de 1937). Publicação oficial sob os auspícios do Ministério da Educação. Rio de janeiro, 1939.
GAMA, Zadig Mariano Figueira, MELLO, Celina Maria Moreira. Luiz Gastão d’Escragnolle Dória: um polígrafo das Letras Brasileiras. Revista Soletras. n.34, 2017.
GOMES, Angela de Castro e HANSEN, Patrícia Santos (Orgs). Intelectuais mediadores: práticas culturais e ação política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2016.
GUIMARÃES ROXO, E. M. Relatório concernente aos anos letivos de 1925 e 1926. Apresentado ao Exmo. Sr. Diretor Geral do Departamento Nacional do Ensino pelo Professor Euclides de Medeiros Guimarães Roxo, Diretor do Externato. Rio de Janeiro: Colégio Pedro II, 1928.
ISERJ. Centro de Memória Institucional. Disponível em: http://cemiiserj.blogspot.com.br/2006/05/congregao-do-instituto-de-educao.html. Acesso em 01 mai. 2018.
JORNAL DO BRASIL. 30 de junho, 1938, p.7.
JORNAL DO BRASIL. 17 de janeiro,1939, p.17.
LOPES, Eliana Marta Teixeira. Da sagrada missão pedagógica. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
MARTINS, Thais da Silva Alves Martins. A docência em suas dimensões profissionais, políticas e culturais: um estudo sobre a escola do professor do Sinpro-Rj (2000-2010). Dissertação de Mestrado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2012.
MARTINS, Angela Maria Roberti. A invisibilidade de Maria de Lourdes Nogueira: mulher, militante, libertária. Boletim do Núcleo de Pesquisa Marques da Costa. ano IV, n.12, jun, 2009.
MENDONÇA, A. W. P. C. Apresentação: O Colégio Pedro II e seu impacto na constituição do Magistério Público Secundário no Brasil (1837-1945). Revista Brasileira de História da Educação, v. 15, p. 167-171, 2015.
MENDONÇA, Ana Waleska P. C., SOARES, Jefferson da Costa, LOPES, Ivone Goulart. A criação do Colégio de Pedro II e seu impacto na constituição do magistério público secundário no Brasil. In: Anais do VII Congresso Brasileiro de História da Educação. UFMT, MT: Cuiabá, 2013.
MOSS, Maria da Glória. Processo catalítico de análise orgânica: catálise. Rio de Janeiro: TYP. América, 1933.
MOSS, Maria da Glória. Catálise (tese). Rio de Janeiro: TYP. América,1939.
NUNES, Clarice. As políticas públicas de educação de Gustavo Capanema no governo Vargas. In. BOMENY, Helena et. al. (org.). Constelação Capanema: intelectuais e políticas. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2001. p.103-125.
O COMBATE. 1 de fevereiro, 1921, p.3.
O IMPARCIAL. 21 de julho, 1935, p.2.
O IMPARCIAL. 11 de março, 1936, p.1.
O IMPARCIAL. 15 de março, 1937, p.1.
O IMPARCIAL. 15 de abril, 1939, p.1.
SANTOS, B. B. M. O Núcleo de Documentação e Memória do Colégio Pedro II e sua importância para a preservação do patrimônio histórico e cultural da educação brasileira. In: (autor)
SCHELBAUER, Analete Regina. O método intuitivo e lições de coisas no Brasil do século XIX. In: STEPHANOU, Maria e BASTOS, Maria Helena Camara. Histórias e memórias da educação no Brasil. Vol. II – Século XIX. Petrópolis: Vozes, 2ª. Ed., 2006, p. 132-149.
SCHUMAER, Maria Aparecida. Pioneiras da ciência no Brasil. In: VITRUVIRUS, ano 2, ago, 2001.
SEGISMUNDO, Fernando. Memória de estudante. 1927.
SILVA, Adilene Cunegundes da. O ingresso e a permanência da primeira turma das aspirantes no curso de graduação da escola naval (2014-2017). Dissertação de mestrado. PPGEDU –UNIRIO, Rio de Janeiro, 2018.
SOARES, Jefferson da Costa e SILVA, Gustavo da Motta. Dentre a reforma Rocha Vaz e o Estado Novo: os professores suplementares do Colégio Pedro II. RBHE. v. 22, n. 56, set./dez., 2018.
SOARES, Jefferson da Costa. Dos professores estranhos aos catedráticos: aspectos da construção da identidade profissional docente no CPII (1925-1945). Tese. Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Educação. RJ: PUC-RJ, 2014.
SOUZA, G. M. F. K. Euclides Roxo: debates sobre o ensino da matemática no começo do sáculo XX. Dissertação de mestrado profissional. Instituto de Matemática, Estatística e Computação científica da UNICAMP. Campinas, SP, 2010.
VALENTE, Wagner Rodrigues. História das Disciplinas Escolares no Brasil: contribuições para o debate. Bragança Paulista: EDUSF, 2003.
ZUIN, Elenice de Souza Lodron. Euclides Roxo: pelos caminhos da Metrologia. Caminhos da Educação Matemática em Revista/On line. v. 5, n. 1, 2016, p.93-105.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição: Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial: Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual: Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais: Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.