O poder do capital turístico em territórios campestres na província de Inhambane-Moçambique
DOI:
https://doi.org/10.30612/el.v12i23.14795Palavras-chave:
Capital estrangeiro. Espaço rural. Poder. Território campestre.Resumo
Como entender os impactos das políticas neoliberais, em particular, as que dão corpo à concretização de iniciativas privadas, e que se traduzem em imposições do capital em territórios dos campesinos – Comunidades Locais, na província de Inhambane? A partir desta questão, nos propomos a lançar um debate sobre os processos de territorialização do capital turístico, no contexto da implementação das políticas de desenvolvimento local no Município de Inhambane, província de Inhambane, em Moçambique. Nosso objetivo neste artigo é interpretar as transformações em curso no campo (espaço agrário). O debate parte do pressuposto de que, o turismo é um fenómeno social, que uns acham ser possível, através dele, se angariar ganhos económicos. Essa ideia valida, que no processo de promoção do turismo, se difunda e crie imaginários daquilo que se considere benefícios advindos do turismo: receitas tributárias para os governos; postos de emprego; parcerias entre os operadores turísticos com os produtores locais, fazedores de cultura, etc. O que estimula o imaginário desses benefícios económicos, e a ideia de que o turismo é o segmento económico que movimenta mais dinheiro, o setor socioeconómico que cria mais postos de trabalho, quando se compara com outros ramos de atividades económicas. O material aqui tratado foi obtido através da pesquisa bibliográfica, revisão documental e observações de campo.
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