Espaço e materialidade: lições de Marx
DOI :
https://doi.org/10.5418/ra2025.v21i45.14588Mots-clés :
Crítica ontológica, Matéria, Materialismo, Abordagem relacionalRésumé
O objetivo deste artigo é contribuir para uma crítica filosófica sobre a relação ou a oposição entre a materialidade e a imaterialidade, questão corrente nos estudos geográficos. Assim, utilizamos da própria fundamentação marxiana para fazer uma crítica sobre as abordagens relacionais de materialidade e imaterialidade e de objetividade e subjetividade, fundamental para revelar o conteúdo das relações sociais de produção e reprodução da existência humana. A exposição da pesquisa foi estabelecida em três etapas. Primeiro, desenvolveu-se uma explicação sobre a matéria e a materialidade dialética. Em seguida refletiu-se sobre a necessidade de desmascarar as coisas e identificar o movimento real nos objetos. E, por fim, ressaltou-se a presença da subjetividade na materialidade, de modo relacional, mas com a qualidade de não se pautar no que não existe, no que não é real, e sim dando reverberação ao que está presente e em movimento na produção da vida de pessoas reais.
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