O pensamento colonial inerente à práxis (capitalista) estatal e a racionalidade ambiental de comunidades tradicionais como seu contraponto e r-existência
DOI:
https://doi.org/10.5418/RA2017.1320.0009Resumen
Esse artigo procura demonstrar que a crise ambiental é uma faceta da crise epistêmica e política. A base do saber técnico-científco convencional é fortemente eurocêntrica e marcada pela colonialidade do saber e do poder. A colonialidade estende-se por várias esferas, apresentando-se como uma estrutura complexa e entrelaçada, que atinge os planos da economia, da autoridade, da natureza e dos recursos naturais, do gênero e da sexualidade, da subjetividade e do conhecimento. Assim, a colonialidade atinge o poder, o saber e o ser. As comunidades tradicionais, as quais possuem diferentes matrizes culturais e são comumente tidas como subalternas pela racionalidade capitalista, costumam exercer uma racionalidade, entre si e com o meio físico-natural, distinta da convencional: a ambiental. Dentre outros fatores que serão explorados no texto, a racionalidade ambiental prisma por respeitar saberes e tempos distintos. Afinal, não existe no mundo um relógio e um pensamento universal únicos.
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