¿Redes sociales virtuales como política de escalada para candidaturas marginadas? El caso de las elecciones en el Distrito Federal de 2022.

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5418/ra2025.v21i44.20029

Palabras clave:

Representación política, mujeres negras, redes sociales, política de escala, geografía electoral.

Resumen

El uso creciente de redes sociales virtuales ha ganado relevancia en estudios electorales por su potencial de transformar dinámicas tradicionales de campaña. Esta investigación parte de la hipótesis de que estas plataformas pueden funcionar como política de escala, ampliando el alcance de candidaturas excluidas de estructuras partidarias. El estudio se basó en entrevistas con candidatas a diputada distrital en 2022, una encuesta con electores y netnografía de perfiles en redes sociales. Los resultados muestran que, aunque se amplió la visibilidad de algunas campañas, no hubo relación directa entre el uso intensivo de estas redes y el desempeño electoral, lo que refuerza la importancia de estrategias tradicionales. Las redes fueron más eficaces para candidaturas con proyección previa, sin ampliar significativamente el alcance de grupos marginados o candidatas nuevas. Se concluye que la academia debe reflexionar con mayor complejidad sobre el papel de las redes sociales, evitando tratarlas como una solución mágica para la democracia.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ana Carolina Oliveira Tessmann, Universidade de Brasília

Graduada em Letras - Inglês pela Universidade de Brasília (UnB) - conclusão em 2014. Mestra em Geografia Política pelo Programa de pós-graduação em Geografia (UnB) - conclusão em 2024. Defendeu dissertação de mestrado com o título: "Redes sociais como política de escala para a representação política de mulheres negras na Câmara Legislativa do DF em 2022". Atualmente trabalha com o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA Brasil), movimento social campesino brasileiro que integra a Via Campesina (LVC) e a CLOC (Latin American Coordination of Rural Organizations).

Daniel Abreu de Azevedo, Universidade de Brasília

Professor Adjunto do Departamento de Geografia da Universidade de Brasília. Trabalha com a relação espaço político e democracia, e especial interesse em Geografia Eleitoral. Graduado, mestre e doutor em Geografia Humana pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Defende a tese de doutorado com o título "Democracia participativa como um sofisma: uma interpretação geográfica da democracia" e realizou estágio em doutoramento em Washington D.C. (American University - Centro de Estudos sobre América Latina) e na Cidade do México (UNAM - Departamento de Geografia). Concluiu pós-doutorado na Universidad Nacional Autónoma de México. Atualmente, é coordenador-geral do Grupo de Estudos e Pesquisas em Espaço e Democracia (Gepedem) e Editor da Revista Espaço e Geografia, É membro da mesa-diretora (Steering Committee) da Comissão de Geografia Política da União Geográfica Internacional (UGI) e membro do Grupo de Trabalho de Geografia Política da Association Internationale de Géographie Francophone (AIGF). Membro da Rede Brasileira de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território (REBRAGEO).

Citas

ADAMS, P. C. Protest and the scale politics of telecommunications. Political Geography, v. 15, n. 5, p. 419-441, junho 1996. DOI: https://doi.org/10.1016/0962-6298(95)00088-7

AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro, 2019.

AMES, B. Os entraves da democracia no Brasil. Rio de Janeiro: FGV, 2003.

ARAÚJO, C. Cidadania democrática e inserção política das mulheres. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 9, p. 147-168, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-33522012000300006

ASH, J.; KITCHIN, R.; LESZCZYNSKI, A. Digital turn, digital geographies? Progress in Human Geography, v. 42, n. 1, agosto 2016. DOI: https://doi.org/10.1177/0309132516664800

AZEVEDO, D. A. D. A necessidade da geografia eleitoral: as possibilidades do campo. Geousp espaço e tempo, São Paulo, v. 27, n. 2, 2023. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2023.204649

BACKES, A. L. Mulheres na política: uma análise internacional. Câmara Legislativa, Brasília, 2021.

BERNARDES, A. Como pesquisar as redes sociais virtuais em geografia? Estudos Geográficos: Revista Eletrônica de Geografia, v. 18, n. 2, maio 2020. DOI: https://doi.org/10.5016/estgeo.v19i2.13979

BOLOGNESI, B.; RIBEIRO, E.; CODATO, A. Uma Nova Classificação Ideológica dos Partidos Políticos Brasileiros. Dados, Rio de Janeiro, v. 66, n. 2, p. 1-31, 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/dados.2023.66.2.303

BOWLER, S.; DONOVAN, T.; SNIPP, J. Local sources of information and voter choice in state elections: Microlevel foundations of the friends and neighbors effect. American Politics Quartely, v. 21, n. 4, p. 473-489, 1993. DOI: https://doi.org/10.1177/1532673X9302100405

BRASIL. Violência Política. Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, 2022. Disponível em: <https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/mais-mulheres-na-politica/violencia-politica>. Acesso em: dez. 2024.

CAMPOS, L. A.; MACHADO, C. A cor dos eleitos: determinantes da sub-representação política dos não brancos no Brasil. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 16, p. 121-151, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-335220151606

CARDOSO, G.; LAMY, C. Redes sociais: comunicação e mudança. Janus.net, Lisboa, v. 2, n. 1, p. 73-96, 2011.

CASTELLS, M. A Galáxia da Internet: Reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. [S.l.]: Zahar, 2001.

CASTELLS, M. Redes de indignação e esperança: Movimentos sociais na era da internet. [S.l.]: Zahar, 2012.

CASTRO, I. E. D. O problema da escala. In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. C. D. C.; CORRÊA, R. L. Geografia: Conceitos e Temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. p. 118-140.

COLLINS, P. H. Pensamento feminista negro. São Paulo: Boitempo, 2019.

CORDOVA, D. F. et al. Democracia e Representação Política de Mulheres em Municípios de Médio e Pequeno porte no Brasil. Revista Latino-americana de Geografia e Gênero, v. 14, n. 1, p. 56-76, 2023. DOI: https://doi.org/10.5212/Rlagg.v.14.i1.0004

COX, K. The voting decision in a spatial context. Progress in Geography, v. 1, p. 83-117, 1969.

COX, K. Spaces of dependence, spaces of engagement and the politics of scale, or, looking for local politics. Political Geography, 1998. 1-24. DOI: https://doi.org/10.1016/S0962-6298(97)00048-6

MULHERES NEGRAS DECIDEM, 2020. Disponível em: <https://mulheresnegrasdecidem.org/dados/>. Acesso em: 11 mar. 2025.

DELMAZOI, C.; VALENTE, J. C. L. Fake news nas redes sociais online: propagação e reações à desinformação em busca de cliques. Media & Jornalismo, Lisboa, v. 18, n. 32, abril 2018. DOI: https://doi.org/10.14195/2183-5462_32_11

FILHO, J. S. Os outros movimentos dos movimentos socioterritoriais articulados em redes: uma leitura sobre convergence spaces desde o MST e suas relações urbanas e internacionais. In: filho, e. D. S. R., et al. Expansão do capital, movimentos socioterritoriais e políticas de desenvolvimento. São Paulo: Outras Expressões, 2020. p. 93-110.

GONZALEZ, L. Por um feminismo afro-latino-americano. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

HUCKFELDT, R.; SPRAGUE, J. Networks in context: The social flow of political information. American Political Science Review, v. 81, n. 4, p. 1197-1216, 1987. DOI: https://doi.org/10.2307/1962585

IPEDF. Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal - Retratos Sociais 2021 - Mulheres, 2021a. Disponível em: <https://www.ipe.df.gov.br/wp-content/uploads/2023/04/2023.04.17-Sumario-Executivo-Retratos-Sociais-Mulheres.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2025.

IPEDF. Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal - Retratos Sociais 2021 - Pessoas Negras, 2021b. Disponível em: <https://www.ipe.df.gov.br/wp-content/uploads/2022/11/RETRATOS-SOCIAIS-COR-RAC%CC%A7A-SUMA%CC%81RIO-FINAL.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2025.

JOHNSTON, R. E. A. Friends and neighbours voting revisited: the geography of support for candidates to lead the UK’s Labour party. Political Geography, v. 55, p. 01-09, 2016. DOI: https://doi.org/10.1016/j.polgeo.2016.02.003

KEY, V. O. Southern Politics in State and Nation. Nova Iorque: Knopf, 1949.

KNECHTEL, M. D. R. Metodologia da pesquisa em educação: uma abordagem teórico-prática dialogada. Intersaberes, Curitiba, 2014.

KOZINETS, R. Netnografia: Realizando Pesquisa Etnográfica Online. Porto Alegre: Penso, 2014.

LOPES, R. A Importância das Redes Sociais para os Outsiders Políticos — Entre Desintermediação e Hibridismo Mediático. Revista Comunicando, v. 11, n. 2, 2022.

MARSTON, S. A. The social construction of scale. Progress in Human Geography, v. 24, n. 2, 2000. DOI: https://doi.org/10.1191/030913200674086272

MIGUEL, L. F.; BIROLI, F. Feminismo e Política. 1ª. ed. São Paulo: Boitempo, 2014.

MOHERDAUI, L. Redes sociais têm mais impacto eleitoral do que rádio TV. Poder 360, 2022. Disponível em: <https://www.poder360.com.br/eleicoes/redes-sociais-tem-mais-impacto-eleitoral-do-que-radio-e-tv/>. Acesso em: abril 2024.

MONTEIRO, E. Lobby do Batom: marco histórico no combate à discriminações. Senado Notícias, 2018. Disponível em: < https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2018/03/06/lobby-do-batom-marco-historico-no-combate-a-discriminacoes>. Acesso em: 12 mar. 2025

MOORE, A. Rethinking scale as a geographical category: from analysis to practice. Progress in Human Geography, Madison, p. 203–225, 2008. DOI: https://doi.org/10.1177/0309132507087647

MUNIS, K. B. Place, candidate roots, and voter preferences in an age of partisan polarization: Observational and experimental evidence. Political Geography, v. 85, p. 1-12, 2021. DOI: https://doi.org/10.1016/j.polgeo.2021.102345

PAIXÃO, M. Desigualdades de gênero no Brasil: reflexões e experiências. Goiânia: [s.n.], 2004. p. 45-104.

PDAD. Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - DF. CODEPLAN, 2021. Disponivel em: <https://www.ipe.df.gov.br/pdad-2021-3/>. Acesso em: 10 out. 2023.

PEIXOTO, V. D. M.; MARQUES, L. M.; RIBEIRO, L. M. Financiamento de campanhas e desempenho eleitoral das mulheres nas eleições brasileiras (1998-2020), v. 36, n. 106, 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2022.36106.006

PINHO, T. R. D. Debaixo do Tapete: A Violência Política de Gênero e o Silêncio do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 28, n. 2, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9584-2020v28n267271

PITKIN, H. F. The Concept of Representation. London: University of California Press, v. 1, 1967.

ELAS NO PODER, 2020. Disponível em: <https://elasnopoder.org/>. Acesso em: 08 mar. 2025.

ROUSSEFF, D. misoginia e a manipulação da mídia. In: D'ÁVILA, M. Sempre foi sobre nós: relatos da violência política de gênero no Brasil. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2022. Cap. 04. DOI: https://doi.org/10.2307/j.ctv2v88d66.7

SAMPAIO, D. Campanhas tradicionais ou modernas? Estratégias de gastos nas eleições municipais de 2016. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 36, n. 105, p. 01-18, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/3610511/2020

SARLET, I. W.; SIQUEIRA, A. D. B. Liberdade de expressão e seus limites numa democracia: o caso das assim chamadas “fake news” nas redes sociais em período eleitoral no Brasil. Revista Estudos Institucionais, v. 6, n. 2, p. 534-578, 2020. DOI: https://doi.org/10.21783/rei.v6i2.522

SEN, A. Desenvolvimento como Liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

SHIN, M. Geografia Eleitoral no século XXI. In: AGNEW, J.; AL, E. The Wiley Blackwell Companion to Political Geography. [S.l.]: Wiley Blackwell, v. 1, 2015. Cap. 21.

SILVA, B. D. Violências estruturais na trajetória de uma mulher negra. In: D'ÁVILA, M. Sempre foi sobre nós: Relatos da violência política de gênero no Brasil. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2022. Cap. 2.

SMITH, N. Contours of a Spatialized Politics: Homeless Vehicles and the Production of Geographical Scale. Duke University Press, p. 54-81, 1992. DOI: https://doi.org/10.2307/466434

SOUZA, M. L. D. Os conceitos fundamentais da pesquisa sócio-espacial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.

SPECK, B. W.; MANCUSO, W. P. ‘Street fighters’ e ‘media stars’: estratégias de campanha e sua eficácia nas eleições brasileiras de 2014. Cadernos Adenauer, v. 3, n. 7, p. 121-138, 2017.

STAEHELI, L. A. Empowering political struggle: spaces and scales of resistance. Political Geography, v. 13, n. 5, p. 387-391, setembro 1994. DOI: https://doi.org/10.1016/0962-6298(94)90046-9

SWYNGEDOUW, E. Neither Global nor Local: “Glocalization” and the Politics of Scale. In: COX, K. Spaces of Globalization: Reasserting the Power of the Local. New York and London: Guilford/Longman, 1997.

TABARES, C. D. V.; CONCEIÇÃO, B. D. S.; MARQUES, R. S. Mulheres, raça e partidos no Brasil: análise da sub-representação das candidaturas identitárias nas eleições 2018. Revista de Informação Legislativa: RIL, Brasília, v. 58, n. 229, p. 57-77, 2021. DOI: https://doi.org/10.70015/ril_v58_n229_p57

TAVARES, W.; ALMEIDA, G. C. Redes Sociais Virtuais e a Democracia 2.0: Dinâmicas e Perspectivas Políticas na Relação entre Políticos e Sociedade. Revista de Pesquisa em Políticas Públicas, n. 03, p. 72-93, 2014. DOI: https://doi.org/10.18829/rp3.v1i1.11787

TEMPLE, L. Reckoning with the digital turn in electoral geography. Progress in Human Geography, v. 47, n. 4, p. 555-574, 2023. DOI: https://doi.org/10.1177/03091325231170328

TERRON, S. Geografia Eleitoral em Foco. Debate, Belo Horizonte, v. 4, n. 2, p. 08-18, 2012.

TROTTA, L. C. et al. O papel das redes sociais nas eleições municipais em época de pandemia. Aurora, Marília, v. 15, n. 1, p. 27-48, 2022. DOI: https://doi.org/10.36311/1982-8004.2022.v15.n1.p27-48

TSE. Tribunal Superior Eleitoral, 2022. Disponível em: <https://www.tse.jus.br>. Acesso em: 2025.

YOUNG, I. M. Representação política, identidade e minorias. São Paulo: Lua Nova, 2000.

ZOLNERKEVIC, A. Localismo nas Eleições Proporcionais do Brasil: Efeito Contextual de “Amigos e Vizinhos”. Dados, Rio de Janeiro, v. 68, n. 1, p. 1-40, 2025. DOI: https://doi.org/10.1590/dados.2025.68.1.356

Publicado

2025-06-06

Cómo citar

Oliveira Tessmann, A. C., & Abreu de Azevedo, D. (2025). ¿Redes sociales virtuales como política de escalada para candidaturas marginadas? El caso de las elecciones en el Distrito Federal de 2022. Revista Da ANPEGE, 21(44). https://doi.org/10.5418/ra2025.v21i44.20029

Número

Sección

Geografia Brasileira na UGI: temas e perspectivas