O PPGEO-UEG e a pesquisa ambiental e territorial do Cerrado
DOI:
https://doi.org/10.5418/ra2023.v19i39.17497Keywords:
Cerrado, Território, Ambiente, GoiásAbstract
A centralidade deste artigo é demonstrar como o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Geografia (PPGEO), da Universidade Estadual de Goiás (UEG), vem se consolidando como espaço fundamental da produção de conhecimentos e saberes referenciados nas análises ambientais e territoriais do Cerrado. O programa tem como sede o Campus Cora Coralina, na Cidade de Goiás (GO); foi aprovado em 2018, e a primeira turma ingressou no ano de 2019. Inicialmente, debate-se a fundamentação teórica e metodológica que embasa a abordagem integrada do Cerrado. No segundo momento do texto, destacam-se elementos que sistematizam a história da criação do mestrado em Geografia, o ingresso das primeiras turmas e a titulação dos primeiros mestrandos. A terceira parte do artigo aborda o impacto pedagógico local e regional do Programa. No quarto momento, revelam-se as estratégias de comunicação elaboradas no PPGEO-UEG em defesa do conhecimento livre e das distintas linguagens que compõem a construção dos saberes sobre o Cerrado, seus territórios, povos e comunidades. Por fim, espera-se que este artigo contribua com o debate crítico suscitado no PPGEO-UEG, através da produção de conhecimentos abertos aos interessados nas interpretações ambientais e territoriais do Cerrado; que colabore também com as lutas que defendem esse Ambiente-Território para o bem-viver de sujeitos que o protegem e o significam como espaço de existência e ampla sociobiodiversidade.
Downloads
References
AB’SÁBER, Aziz. A organização natural das paisagens inter e subtropicais brasileiras. In: Anais do Simpósio Sobre o Cerrado, p. 1 -14. São Paulo: Edusp, 1971.
AB’SÁBER, Aziz. Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
ALMEIDA, M, G. de ( org.) Tantos cerrados: múltiplas abordagens sobre a biogeodiversidades e singularidade cultural. Goiânia: Vieira, 2005.
BARBOSA, A. S. Andarilhos da claridade: os primeiros habitantes do cerrado. Goiânia: Universidade de Goiás; Instituto do Trópico Úmido, 2002.
BARBOSA, A. S. O Cerrado está extinto e isso leva ao fim dos rios e dos reservatórios de água. 2015. Disponível em: http://www.jornalopcao.com.br/entrevistas/o-cerrado-esta-extinto-e-isso-leva-ao-fim-dos-rios-e-dos-reservatorios-de-agua-16970/. Acesso em: 3 de nov. 2015.
BARBOSA, A. S. Tópicos para construção da ocupação pré-histórica do Cerrado. Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, Goiânia, n. 105, p. 41-48, 10 nov. 2009.
BARBOSA, A. S. et. al. O piar da Juriti Pepena: narrativa ecológica da ocupação humana do Cerrado. Goiânia: Editora da PUC Goiás, 2014.
BARBOSA, A. S. Cerrado: “ dor fantasma ” da biodiversidade brasileira. 2011. Disponível em: https://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/4232-altair-sales-barbosa. Acesso em: 6 jun. 2023.
BARBOSA, A. S. Cerrado: a constelação do meio dia. Goiânia: Instituto Altair Sales, 2022.
BECERRIL-GARCÍA, A.; GÓNZALEZ, S. C. (editoras). Conocimiento abierto en América Latina: trayectoria y desafíos. Buenos Aires: Clacso, agosto de 2021.
BERTRAN, P. História da terra e do homem no Planalto Central: eco-história do Distrito Federal – do indígena ao colonizador. Brasília: Editora da UNB, 2011.
BRANDÃO, C. R. No Rancho Fundo : espaços e tempos no mundo rural. Uberlândia: Edufu, 2009.
CALAÇA, M. Territorialização do capital: biotecnologia, biodiversidade e seus impactos no Cerrado. Ateliê Geográfico, Goiânia, v . 1, n. 9, p. 6-23, fev . 2010.
CHAVEIRO, E. F. O cerrado em disputa: sentidos culturais e práticas sociais contemporâneas. In: ALMEIDA, M, G de ; CHAVEIRO, E, F.; BRAGA, H, C. Geografia e cultura: os lugares da vida e a vida dos lugares. Goiânia : Vieira, 2008. p.75-97.
CHAVEIRO, E. F. Símbolos das paisagens do Cerrado Goiano. In: ALMEIDA, M, G. de. ( org.). Tantos cerrados: múltiplas abordagens sobre a biogeodiversidades e singularidade cultural. Goiânia: Vieira, 2005. p. 47-62.
CHAVEIRO, E. F. Por uma abordagem geográfica do Cerrado: a afirmação de um território, a negação do bioma – Cartas de luta. 2019. 316 f. Tese (livre docência), Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, 2019.
CHAVEIRO, E. F. BARREIRA, C. C. M. A. Cartografia de um pensamento de Cerrado. In: CASTILHO, D.; PELÁ, M. ( org.). Cerrados: perspectivas e olhares. Goiânia: Vieira, 2010. p.15-34.
CHAVEIRO, E. F.; CASTILHO, D. Cerrado: patrimônio genético, cultural e simbólico. Revista Mirante, Pires do Rio, v . 2, n. 1 , GO: UEG, 2007.
COUTINHO, L. M. O conceito de bioma. Acta Botanica Brasilica , São Paulo, v. 20, n. 1, 2006.
COUTINHO, L. M. Biomas brasileiros. São Paulo: Oficina de Textos, 2016.
ELIAS, D. Mitos e nós do agronegócio no Brasil. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), [S. l.], v. 25, n. 2, p. e-182640, 2021.
FELFILI, J. M.; SOUSA-SILVA, J. C.; SCARIOT, A. Biodiversidade, ecologia e conservação do Cerrado: avanços no conhecimento. In: SCARIOT, A.; SOUSA-SILVA, J. C.; FELFILI, J. M. (org.). Cerrado: ecologia, biodiversidade e conservação. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2005.
GONÇALVES, R. J. A. F. No horizonte, a exaustão: disputas pelo subsolo e efeitos socioespaciais dos grandes projetos de mineração em Goiás. 2016. 504 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Federal de Goiás, Programa de Pós-graduação em Geografia, 2016.
GONÇALVES, R. J. A. F. Terra e água do Cerrado para a vida, não para o capital. In: CARNEIRO, V. A.; SANTOS, J. C. V. ( org.). O matraquear das águas no Cerrado. Anápolis: SAMA / UEG, 2019. p.219-240.
GONÇALVES, R. J. A. F. Mineração e fratura territorial do Cerrado em Goiás. Élisée, Rev. Geo. UEG , Goiás, v. 9, n. 2, e922018, jul./dez. 2020.
INOCÊNCIO, M. E. O prodecer e as tramas do poder na territorialização do capital no Cerrado. 2010. 279 f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Goiás, Instituto de Estudos Sócio-Ambientais, 2010.
RIBEIRO, R. F. Florestas anãs do sertão: o Cerrado da história de Minas Gerais. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
SILVA, E. B da Cercados e a contrapelo: as expulsões e as reações camponesas à acumulação primitiva permanente em Goiás (1970-2015). 2018. Tese (Doutorado em Geografia ) – Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia (GO), 2018.
SILVA, S. D. e No oeste, a terra e o céu: a expansão da fronteira agrícola no Brasil Central. Rio de Janeiro: Mauad X, 2017.
SOARES, F. U. Mãos que escrevem o território, escrevem a vida: o trabalhador migrante nordestino em Rio Verde, Goiás. 2020. Tese (Doutorado em Geografia ) – Universidade Federal de Jataí (UFJ), Jataí/GO, 2020.
RIBEIRO, J. F.; WALTER, B. M. T. Fitofitofisionomia do Bioma Cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P. (Eds.) Cerrado: ambiente e flora. Brasília: Embrapa, 1998. p.89-166.
RIBEIRO, J. F.; WALTER, B. M. T. As Principais fitofisionomias do bioma cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P. de; RIBEIRO, J. F. ( ed.). Cerrado: ecologia e flora, v. 2. Brasília: Embrapa-Cerrados, 2008.
WALTER, B. M. T.; CARVALHO, A. M.; RIBEIRO, J. F. O Conceito de Savana e seu componente de Cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P. de; RIBEIRO, J. F. ( ed.). Cerrado: ecologia e flora. Brasília: Embrapa-Cerrados, 2008. v. 2.
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html.)
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
Authors retain copyrights and grant the Journal the right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this Journal.
Authors are permitted to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the Journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or in a book chapter), with an acknowledgement of authorship and initial publication in this journal.
Authors are permitted and encouraged to publish and share their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as increase the impact and citation of published work (See The Effect of Open Access - http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html.)