Propostas curriculares nacionais para geografia e o risco da alteridade
DOI:
https://doi.org/10.5418/RA2019.1528.0006Palavras-chave:
Políticas de Currículo, Educação em Geografia, Teoria do Discurso, Desconstrução, Educação BásicaResumo
Em uma inscrição no debate sobre as políticas de currículo para Geografia, organizo o texto em um cenário interpretativo pós-estrutural de enfoque desconstrucionista. Na primeira seção desenvolvo a perspectiva de currículo a partir da qual interpreto a política. Para pensar o currículo como uma construção textual discursiva, marcada na relação com a alteridade, articulo contribuições teóricas de Derrida e Laclau, assim como os estudos curriculares de Lopes e Macedo. Na seção seguinte, abordo diferentes documentos curriculares oficiais focalizando sentidos de controle da alteridade, por meio da afirmação de uma visão de ciência, do que é o contexto, do que é ser sujeito e pensamento a partir da Geografia. Concluo chamando a atenção para o quanto diferentes propostas reiteram a decisão por um conjunto de pressupostos a partir dos quais a experiência por vir da escola é interpretada como algo a ser combatido.Downloads
Referências
BRASIL. MEC. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília, 1999. 394p.
BRASIL. MEC. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCNs+ Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 2002. 144 p
BRASIL. Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Secretaria de
Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a Base. Brasília: MEC, 2018.
AUTOR, 2016.
AUTOR, 2018.
AUTOR, 2013.
DERRIDA, Jacques. Margens da filosofia. Campinas: Papirus, 1991.
_______. Posições. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
_______. Fichus. Paris: Galilée, 2002.
_______. Filosofia em tempo de terror. Diálogos com Habermas e Derrida. BORRADORI, Giovanna (Org.) Rio de Janeiro: Jorge Zahar editor, 2003.
ERMANI, Giovanna; STRAFORINI, Rafael. Dois documentos curriculares de Geografia distintos: possibilidades de análise a partir de suas permanências e mudanças. Interface (Porto Nacional),v. 10,p. 8-21, 2015.
GONÇALVES, Amanda Regina. A geografia escolar como campo de investigação: história da disciplina e cultura escolar. Biblio 3w (Barcelona), v. XVI, p. 1-20, 2011.
LACLAU, Ernesto. Nuevas reflexiones sobre la revolución de nuestro tiempo. Buenos Aires: Nueva Visión, 1990.
LOPES, Alice Casimiro. Por que somos tão disciplinares? ETD – Educação Temática Digital, v. 1, p. 201-212, 2008.
_______. Democracia nas políticas de currículo. Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas, impresso), v. 42, p. 700-715, 2012a.
_______. A qualidade da escola pública: uma questão de currículo? In: TABORDA, Marcus; FARIA FILHO, Luciano; VIANA, Fabiana; FONSECA, Nelma; LAGES, Rita (Orgs.). A qualidade da escola pública. Belo Horizonte: Mazza, 2012b. v. 1, p. 15-29.
_______. Teorias pós-críticas, política e currículo. Educação, Sociedade & Culturas, v. 39, p. 7-23, 2013.
AUTOR, 2013.
LOPES, Alice Casimiro; BORGES, Veronica. Formação docente, um projeto impossível.Cad. Pesqui., São Paulo , v. 45, n. 157, p. 486-507, Sept. 2015 .
LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elizabeth F. Teorias de currículo. São Paulo: Cortez, 2011.
MACEDO, Elizabeth. Currículo como espaço-tempo de fronteira cultural. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 11, nº 32, p. 285-296, maio/ago., 2006.
_______. Currículo e conhecimento: aproximações entre educação e ensino. Cadernos de Pesquisa, v. 42(3), p. 716-737, 2012.
_______. A noção de crise e a legitimação de discursos curriculares. Currículo sem Fronteiras, v. 13, p. 436-450, 2013.
_______. Sobre el sujeto educado: políticas curriculares instauradoras de sentidos. Debates y Combates, v. 4, p. 32-43, 2014.
MASSEY, Doreen. Pelo espaço – uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil Editora, 2008.
_______. Filosofia e política da espacialidade: algumas considerações. Geographia – Ano 6, no. 12, Niterói, UFF, 2004, PP.7-23.
MOUFFE, Chantal. O regresso do político. Lisboa: Gradiva, 1996.
STRAFORINI, Rafael. O ensino de Geografia como prática espacial de significação.Estud. av., São Paulo , v. 32, n. 93, p. 175-195, Aug. 2018.
VITTE, Antonio. Da transvalorização dos conceitos a uma nova proposta de geossistema para à abordagem de uma natureza híbrida. Revista GeoNorte, v. 4, p. 1-21, 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html.)
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
Authors retain copyrights and grant the Journal the right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this Journal.
Authors are permitted to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the Journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or in a book chapter), with an acknowledgement of authorship and initial publication in this journal.
Authors are permitted and encouraged to publish and share their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as increase the impact and citation of published work (See The Effect of Open Access - http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html.)