Propostas curriculares nacionais para geografia e o risco da alteridade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5418/RA2019.1528.0006

Palavras-chave:

Políticas de Currículo, Educação em Geografia, Teoria do Discurso, Desconstrução, Educação Básica

Resumo

Em uma inscrição no debate sobre as políticas de currículo para Geografia, organizo o texto em um cenário interpretativo pós-estrutural de enfoque desconstrucionista. Na primeira seção desenvolvo a perspectiva de currículo a partir da qual interpreto a política. Para pensar o currículo como uma construção textual discursiva, marcada na relação com a alteridade, articulo contribuições teóricas de Derrida e Laclau, assim como os estudos curriculares de Lopes e Macedo. Na seção seguinte, abordo diferentes documentos curriculares oficiais focalizando sentidos de controle da alteridade, por meio da afirmação de uma visão de ciência, do que é o contexto, do que é ser sujeito e pensamento a partir da Geografia. Concluo chamando a atenção para o quanto diferentes propostas reiteram a decisão por um conjunto de pressupostos a partir dos quais a experiência por vir da escola é interpretada como algo a ser combatido.

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Biografia do Autor

Hugo Heleno Camilo Costa, Universidade Federal de Mato Grosso

Licenciado em Geografia, Mestre e Doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PROPED/UERJ). Atualmente é Professor Adjunto do Instituto de Ciências Humanas de Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso – Campus Araguaia (ICHS/UFMT-CUA).

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Publicado

2020-05-04

Como Citar

Camilo Costa, H. H. (2020). Propostas curriculares nacionais para geografia e o risco da alteridade. Revista Da ANPEGE, 15(28), 146–175. https://doi.org/10.5418/RA2019.1528.0006

Edição

Seção

Seção Temática - Educação Geográfica