Aspectos agronômicos e qualidade de raízes de mandioca minimamente processadas

Autores

  • João Batista de Campos Menezes Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • Hugo César Rodrigues Moreira Catão Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) https://orcid.org/0000-0002-6232-6351
  • Candido Alves da Costa Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • Milton Nobel Cano Chauca Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.30612/agrarian.v12i46.8945

Palavras-chave:

Manihot esculenta Crantz. Produtividade. Rendimento. Tempo de cocção.

Resumo

A cultura da mandioca e a sua cadeia produtiva necessita de grande aporte de recursos, direcionados a verificar variedades produtivas, com raízes de boa qualidade e que atendam a demanda do processamento mínimo.  Objetivou-se com este trabalho avaliar os aspectos agronômicos, a qualidade de raízes e o processamento mínimo de variedades de mandioca de mesa. Foram cultivadas seis variedades de mandioca (Amarelinha, Amarela, Cacau, Sabará, Vassourinha e Assentamento Estrela do Norte) em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. Na colheita aos a10 meses, foram avaliadas a produtividade, índice de colheita, número de raízes por planta, peso médio de raízes por planta e a matéria seca das raízes. Em seguida, o material foi minimamente processado e conservado a 5° ± 2°C e 90 ± 5% de umidade relativa por 15 dias. Foram avaliados: o rendimento agroindustrial, teor de umidade, sólidos solúveis, pH e tempo de cozimento. O delineamento foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 6 x 6, referentes as variedades de mandioca e períodos de armazenamento (0, 3, 6, 9, 12 e 15 dias), com 4 repetições. O rendimento agroindustrial, foi calculado apenas ao final do processamento mínimo. A variedade Vassourinha possui alta produtividade (79,24 t ha-1), peso médio de 4,0 Kg e elevada porcentagem de matéria seca de raízes, com rendimento agroindustrial acima de 70%. Mantém também a qualidade das raízes ao longo de 15 dias de armazenamento, sendo, portanto, sugerida ao processamento mínimo. O tempo de cocção desta variedade de mandioca é de 9 minutos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGUIAR, E.B.; VALLE, T.L.; LORENZI, J.O.; KANTHACK, R.A.D.; MIRANDA FILHO, H.; GRANJA, N.P. Efeito da densidade populacional e época de colheita na produção de raízes de mandioca de mesa. Bragantia, Campinas, v. 70, n. 3, p.561-569, 2011.

ALVES, J.A.; VILAS BOAS, E.V.B; VILAS BOAS, B.M.; SOUZA, E. C. Qualidade de produto minimamente processado à base de abóbora, cenoura, chuchu e mandioquinha-salsa. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.30, n. 3, p. 625-634, 2010.

ALVES, J.M.A.; COSTA, F.A.; UCHÔA, S.C.P.; SANTOS, C.S.V; ALBUQUERQUE, J.A.A.; RODRIGUES, G.S. Avaliação de dois clones de mandioca em duas épocas de colheita. Revista Agro@ambiente On-line, v.2, n.2, p.15-24, 2008.

BASTOS, M. S. R. Frutas minimamente processadas: aspectos de qualidade e segurança. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2006. 59 p. (Documentos, 103).

BEZERRA, V.S.; PEREIRA, R.G.F.A.; CARVALHO, V.D.; VILELA, E.R. Raízes de mandioca minimamente processadas: efeito do branqueamento na qualidade e na conservação. Ciência e Agrotecnologia., v.26, n.3, p.564-575, 2002.

CARNEIRO, P.C.F.; MIKOS, J.D.; BENDHACK, F.; IGNÁCIO, S.A. Processamento do jundiá Rhamdia quelen: rendimento de carcaça. Revista Acadêmica: ciências agrárias e ambientais, v. 2, n. 3, p. 11-17, 2004.

CHITARRA, M.I.F.; CHITARRA, A.B. Processamento mínimo de alface. In: Manual de Processamento Mínimo de Frutas e Hortaliças. Brasília: Embrapa Hortaliças e SEBRAE. 531p. 2007.

FAGUNDES, L. K.; STRECK, N. E.; ROSA, H. T.; WALTER, L. C.; ZANON, A. L.; LOPES, S. J. Desenvolvimento, crescimento e produtividade de mandioca em diferentes datas de plantio em região subtropical. Ciência Rural, v. 40, n. 12, p. 2460-2466, dez. 2010.

FIALHO, J.F.; VIEIRA, E.A.; SILVA, M.S.; SILVANA VIEIRA DE PAULA-MORAES; FUKUDA, W.M.G.; SANTOS FILHO, M.O.S.; SILVA, K.N. Desempenho de variedades de mandioca de mesa no Distrito Federal. Revista Brasileira Agrociência, v. 15, n. 1-4, p. 31-35, 2009.

FREIRE, C.S.; SIMÕES, A.N.; VIEIRA, M.R.S.; BARROS JÚNIOR, A.P.; COSTA, F.B. Qualidade de raízes de mandioca de mesa minimamente processada nos formatos minitolete e rubiene. Revista Caatinga, v. 27, n. 4, p. 95- 102, 2014.

FUKUDA, W.M.G.; FUKUDA, C.; VASCONCELOS, O.; FOLGAÇA, J.L.; NEVES, H.P.; CARNEIRO, G.T. Variedades de mandioca recomendadas para o Estado da Bahia. Bahia Agrícola, v.7, p.27-30, 2006.

LIMA, U. A. Mandioca. In: LIMA, U. A. Matérias-primas dos alimentos. São Paulo, SP: Edgard Blucher, 2010. p. 402.

LORENZI, J. O. Mandioca. Campinas: CATI, 2003. 110 p. (Boletim técnico, n. 245).

MEZETTE, T.F.; CARVALHO, C.R.L.; MORGANO, M.A.; SILVA, M.G.; PARRA, E.S.B.; GALERA, J.M.S.V.; VALLE, T.L. Seleção de clones-elite de mandioca de mesa visando a características agronômicas, tecnológicas e químicas. Bragantia, v. 68, n. 3, p. 601-609, 2009.

NUNES, E. E.; VILAS BOAS, E. V. B.; XISTO, A. L. R. P. Qualidade de mandioquinha-salsa minimamente processada: uso de antioxidantes. Journal of Biotechnology and Biodiversity (Online), v. 2, n. 3, p. 43-50, 2011.

OLIVEIRA, M. A.; PANTAROTO, S.; CEREDA, M. P. Efeito da sanitização e de agente antioxidante em raízes de mandioca minimamente processadas. Brazilian Journal of Food Technology, v. 6, n. 2, p. 339344, 2003.

OLIVEIRA, M.A.; MORAES, P.S.B. Características físico-químicas, cozimento e produtividade de mandioca cultivar IAC 576-70 em diferentes épocas de colheita. Ciência e Agrotecnlogia, v.33, n.3, p.837-843, 2009.

OTSUBO, A.A.; MERCANTE, F.M.; SILVA, R.F.; BORGES, C.D. Sistemas de preparo do solo, plantas de cobertura e produtividade da cultura da mandioca. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.43, n.3, p.327-332, 2008.

RINALDI, M.M.; VIEIRA, E.A.; FIALHO, J.F. Conservação pós-colheita de diferentes cultivares de mandioca submetidas ao processamento mínimo e congelamento. Científica, v.43, n.4, p.287–301, 2015.

SALTVEIT, M. E. Physical and physiological changes in minimally processed fruits and vegetables. In: TOMÁS-BARBERÁN, F. A.; ROBINS, R. J. (Eds.). Phytochemistry of fruit and vegetables. London: Oxford University, 1997. p. 205-220.

SILVA, A.V.C.; OLIVEIRA, D.S.N.; YAGUIU, P.; CARNELOSSI, M.A.G.; MUNIZ, E.N.; NARAIN, N. Temperatura e embalagem para abóbora minimamente processada. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 29, n. 2, p. 391-394, 2009.

SILVA, V.V.; SOARES, N.F.F.; GERALDINE, R.M. Efeito da embalagem e temperatura de estocagem na conservação de mandioca minimamente processada. Revista Brazilian Journal of Food Technology, v. 6, n. 2, p. 197- 202, 2003.

SOUZA, L.S.; FIALHO, J.F. Cultivo da mandioca para a região do Cerrado. Cruz da Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura, 2003. 61p. (Sistema de produção, 8).

VIDIGAL FILHO, P.S.; PEQUENO, M.G.; SCAPIM, C.A.; VIDIGAL, M.C.G.; MAIA, R.R.; SAGRILO, E.; SIMON, G.A.; LIMA, R.S. Avaliação de cultivares de mandioca na Região Noroeste do Paraná. Bragantia, v.59, p.69-75, 2000.

VIEITES, R.L.; DAIUTO, E.R.; CARVALHO, L.R.; GARCIA, M.R.; LOZANO, M.G.; WATANABE, L.M. Mandioca minimamente processada submetida a radiação gama. Semina: Ciências Agrárias, v. 33, n. 1, p. 271-282, jan./mar. 2012.

Downloads

Publicado

2019-12-08

Como Citar

Menezes, J. B. de C., Catão, H. C. R. M., Costa, C. A. da, & Chauca, M. N. C. (2019). Aspectos agronômicos e qualidade de raízes de mandioca minimamente processadas. Agrarian, 12(46), 425–433. https://doi.org/10.30612/agrarian.v12i46.8945

Edição

v. 12 n. 46 (2019)

Seção

Artigo - Fitotecnia

Licença

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

  • Autores autorizam a publicação do texto na da revista;

  • É reservado aos editores o direito de realizar ajustes textuais e de adequação às normas da publicação;

  • A Agrarian não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seus autores;

  • Autores garantem que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outro periódico;

  • Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:

  1. Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
  2. NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
  3. CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
  4. Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
  • Após a publicação, os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online – em repositórios institucionais, página pessoal, rede social ou demais sites de divulgação científica, desde que a publicação não tenha fins comerciais.