Atividade das enzimas digestivas frente a restrição alimentar de peixes ornamentais
DOI:
https://doi.org/10.30612/agrarian.v13i47.9912Palavras-chave:
Carboidrato. Lipídio. Ornamentação. Proteína. Peixe.Resumo
O objetivo deste trabalho foi de avaliar o perfil das enzimas digestivas no intestino anterior de beta (Bettas splendens) e o quinguio (Carassius auratus) alimentados e privados de alimentação. Os peixes foram alojados em um mesmo local climatizado a 27 oC, submetidos a fotoperíodo de 12 horas, alimentados duas vezes ao dia por 21 dias. Foram utilizados 40 peixes betas machos com peso de 1,94±0,10 g e, alojados individualmente em aquários de três litros sendo um grupo foi submetido ao jejum, e outro recebeu alimentação até a saciedade (ração comercial extrusada - 35% PB). Foram utilizados 40 peixes quinguios com peso de 11,43±3,28 g. sendo mantidos em aeração constante, também subdividido em dois grupos alojados em oito aquários de 20 L em sistema estático, sendo um grupo submetido ao jejum e outro recebeu alimentação até a saciedade, (ração comercial extrusada - 32% PB). Os peixes betas ocorreram um aumento na atividade de lipase, amilase e protease para o tratamento com que recebeu alimentação e uma redução da lipase em tratamento jejum. O experimento com quinguios atividade da lipase e amilase são responsivas a presença de alimento no trato digestório e a protease é uma enzima constitutiva nesta espécie. Para os peixes betas as enzimas digestivas possuem um caráter indutivo e nos peixes quinguios a amilase e lipase digestiva apresentam um caráter indutivo enquanto a protease se apresenta constitutiva.Downloads
Referências
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