Crescimento inicial do cafeeiro robusta submetido a consórcios culturais nas entrelinhas
DOI:
https://doi.org/10.30612/agrarian.v13i48.8337Palavras-chave:
Cobertura do solo. Competição. Fotossíntese.Resumo
O manejo cultural nas estrelinhas do cafeeiro pode influenciar diretamente na produtividade da cultura. Objetivou-se com este trabalho avaliar o crescimento inicial de clones de cafeeiro robusta, irrigados por gotejamento, submetidos a diferentes manejos culturais nas entrelinhas. A área de pesquisa foi conduzida em uma lavoura cafeeira com 30 dias de transplantada até aproximadamente 12 meses, adotando-se delineamento experimental em blocos casualizados, com cinco repetições. Os tratamentos foram constituídos por cinco cultivos distintos nas entrelinhas do cafeeiro: vegetação espontânea (plantas daninhas), milho e feijão em sucessão, estilosantes campo grande, Brachiaria ruziziensis e ausência de vegetação (limpo). Avaliaram-se as características biométricas do cafeeiro: altura de planta, diâmetro da copa, diâmetro do caule, e número de ramos plagiotrópicos do cafeeiro; a densidade, umidade e porosidade do solo até os 0,40 m de profundidade; índice de Clorofila Falker e trocas gasosas entre as 7h-18h. O manejo com vegetação espontânea e B. ruziziensis interferiram negativamente no diâmetro da copa e nos índices de clorofila do cafeeiro. Maiores valores de transpiração (2,67 mmol m-2 s-1) foram observados na ausência de cobertura, e os menores valores (2,19 mmol m-2 s-1) no cultivo com milho e feijão em sucessão. As trocas gasosas não são influenciadas pela presença do consórcio cultural nas entrelinhas e, são mais efetivas no início da manhã e final da tarde. Pode-se adotar manejos com estilosantes; milho e feijão em sucessão; e ausência de vegetação nas entrelinhas do cafeeiro em fase de formação.
Downloads
Referências
ALLEN, R. G.; PEREIRA, L. S.; RAES, D.; SMITH, M. Crop evapotranspiration: guidelines for computing crop water requirements. Rome: FAO, 1998. 297 p.
BALIZA, D. P.; CUNHA, R. L.; CASTRO, E. M.; BARBOSA, J. P. R. A. D.; PIRES, M. F.; GOMES, R. A. Trocas gasosas e características estruturais adaptativas de cafeeiros cultivados em diferentes níveis de radiação. Coffee Science, v.7, n.3, p.250- 258, 2012.
CARMO, D. L.; NANNETTI, D. C.; DIAS JÚNIOR, M. S.; SANTO, D. J. E.; NANNETTI, A. N.; LACERDA, T. M. Propriedades Físicas de um Latossolo Vermelho-Amarelo cultivado com cafeeiro em três sistemas de manejo no sul de Minas Gerais. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.35, n.3, p.991-998, 2011.
CARVALHO, A. J.; ANDRADE, M. J. B.; GUIMARÃES, R. J.; MORAIS, A. R. Sistemas de produção de feijão intercalado com cafeeiro adensado em período de formação ou após recepa. Rev. Ceres, v.57, n.3, p.383-392, 2010.
CASTRO, E. M.; PEREIRA, F. J.; PAIVA, R. Histologia vegetal: estrutura e função de órgãos vegetativos. Lavras: UFLA, 2009, 234 p.
DONAGEMA, G. K.; CAMPOS, D. V. B.; CALDERANO, S. B.; TEIXEIRA, W. G.; VIANA, J. H. M. Manual de métodos de análise de solos. Rio de Janeiro: EMBRAPA SOLOS, 2011, 230 p.
EFFGEN, T. A. M.; PASSOS, R. R.; ANDRADE, F.V.; LIMA, J. S. de S.; REIS, E. F. dos; BORGES, E. N. Propriedades Físicas do Solo em função de manejos em lavouras de cafeeiro conilon. Revista Ceres, v.59, n.3, p.414-421, 2012.
ESPINDULA, M. C.; MARCOLAN. A. L.; COSTA, R. S. C.; RAMALHO, A. R.; DIOCLECIANO, J. M.; SANTOS, J. C. F. Implantação da lavoura. In: MARCOLAN, A. L.; ESPINDULA, M. C. Café na Amazônia. Brasília, DF: Embrapa, 2015, p. 161-173.
FALKER, Automação agrícola. Manual do medidor eletrônico de teor clorofila (ClorofiLOG/CFL 1030). Porto Alegre, 2008. 33 p.
FERRÃO, R. G.; FONSECA, A. F. A. da; BRAGANÇA, S. M.; FERRÃO, M. A. G.; DE MUNER, L. H. Café Conilon. Vitória: Incaper, 2007. 702 p.
FERREIRA, M. M. Caracterização física do solo. In: VAN LIER, Q. de J. Física do solo. Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciência do solo, 2010. p. 01- 27.
FIALHO, C. M. T.; SILVA, G. R.; FREITAS, M. A. M.; FRANÇA, A. C.; MELO, C. A. D.; SILVA, A. A. Competição de plantas daninhas com a cultura do café em duas épocas de infestação. Planta Daninha, v.28, p.969-978, 2010.
FIALHO, C. M. T.; SILVA, A. A.; FARIA, A. T.; TORRES, L. G.; ROCHA, P. R. R.; SANTOS, J. B. Teor foliar de nutrientes em plantas daninhas e de café cultivadas em competição. Planta Daninha, v.30, n.1, p.65-73, 2012.
MACEDO, R. S.; TEIXEIRA, W. G. Determinação da densidade de partículas de diferentes solos da Amazônia. In: Anais da I Jornada de Iniciação Científica da Embrapa Amazônia Ocidental, 2004, Manaus. Anais... Manaus: Embrapa Amazônia Ocidental, 2004. v.1, p.134-139.
MATOS, E. S.; MENDONÇA, E. S.; LIMA, P. C.; COELHO, M. S.; MATEUS, R. F.; CARDOSO, I. M. Green manure in coffee systems in the region of Zona da Mata, Minas Gerais: characteristics and kinetics of carbon and nitrogen mineralization. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.32, n.5, p.2027- 2035, 2008.
PARTELLI, F. L.; VIEIRA, H. D.; FREITAS, S. P.; ESPINDOLA, J. A. A. Aspectos fitossociológicos e manejo de plantas espontâneas utilizando espécies de cobertura em cafeeiro Conilon orgânico. Semina: Ciências Agrárias, v.31, n.3, p.605-618, 2010.
ROCHA, O. C.; RAMOS, M. L. G.; VEIGA, A. D.; Guerra, A. F.; BARTHOLO, G. F.; RODRIGUES, G. C.; SILVA, J. E. Chemical and hydrophysical attributes of an Oxisol under coffee intercropped with brachiaria in the Cerrado. Pesquisa agropecuária brasileira, v.51, n.9, p.1476-1483, 2016.
SANTOS, H. G.; JACOMINE, P. K. T.; ANJOS, L. H. C.; OLIVEIRA, V. A.; LUMBRERAS, J. F.; COELHO, M. R.; ALMEIDA, J. A.; CUNHA, T. J. F.; OLIVEIRA, J. B. Sistema brasileiro de classificação de solos. 3.ed. rev. ampl. Brasília: Embrapa, 2013. 353 p. SEDAM. Boletim Climatológico de Rondônia, ano 2010. Porto Velho: SEDAM, 2012.
SILVA, F. de A. S.; AZEVEDO, C. A. V. de. The Assistat Software Version 7.7 and its use in the analysis of experimental data. African Journal of Agricultural Research, v.11, n.39, p.3733-3740, 2016.
SILVA, V. A.; ANTUNES, W. C.; GUIMARÃES, B. L. S.; PAIVA, R. M. C.; SILVA, V. de F.; FERRÃO, M. A. G.; DaMATTA, F. M.; LOUREIRO, M. E.; Respostas fisiológicas de clone de café conilon sensível à deficiência hídrica enxertado em portaenxerto tolerante. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.45, n.5, p.457-464, 2010.
SILVA, V. A.; PASQUALOTTO, A. T.; ANDRADE, F. T.; LIMA, L. A.; CARVALHO, G. R.; REZENDE, R. M. Opção de cultivo intercalar de cafeeiro irrigado com milho e feijão no semiárido mineiro. Coffee Science, v.11, n.3, p.404-416, 2016.
TAIZ, L., ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2013, 918 p.
VIEIRA, E. L.; SOUZA, G. S.; SANTOS, A. R.; SANTOS SILVA, J. Manual de Fisiologia Vegetal. São Luis: EDUFMA, 2010. 230 p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores autorizam a publicação do texto na da revista;
É reservado aos editores o direito de realizar ajustes textuais e de adequação às normas da publicação;
A Agrarian não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seus autores;
Autores garantem que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outro periódico;
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
- Após a publicação, os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online – em repositórios institucionais, página pessoal, rede social ou demais sites de divulgação científica, desde que a publicação não tenha fins comerciais.