Resíduos da fabricação de cuia e de pedra ametista: substratos alternativos na produção de mudas
DOI:
https://doi.org/10.30612/agrarian.v13i48.8288Palavras-chave:
Lactuca sativa. Lycopersicon esculentum. Porcentagem de germinação. Índice de velocidade de emergência.Resumo
A fabricação de cuia e artesanatos, bem como a extração de pedra ametista, apresentam elevada importância econômica e social para o estado do Rio Grande do Sul. No entanto, o trabalho dos artesãos e as atividades mineiras resultam em elevado volume de resíduos que não possuem destinação adequada, provocando danos ambientais. Assim, o objetivo foi avaliar o potencial de utilização dos resíduos da fabricação de cuias (RFC) e da extração de pedra ametista (REP) como alternativas de substrato para a produção de mudas de alface e tomateiro, no período de abril a maio de 2014 em Frederico Westphalen, RS. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e cinco repetições para cada experimento. Os tratamentos dos experimentos foram: T1 - 100% substrato comercial (SC), T2 - 25% resíduo (RFC ou REP) + 75% SC, T3 -50% resíduo+ 50% SC, T4 - 75% resíduo+ 25% SC, e T5 - 100% resíduo; sendo avaliados índice de velocidade de emergência e porcentagem de germinação. A partir dos resultados, foi possível observar que a utilização de RFC ou REP na proporção de 25%, como componente de substrato comercial, não afeta a germinação das sementes de alface e tomate. Dessa forma, recomenda-se a adição de resíduos da fabricação de cuia e extração de pedra ametista ao substrato para reduzir os custos de produção de mudas e do impacto ambiental.
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