Costura e arte solidária: estratégia para desenvolvimento local sustentável na região da Grande Dourados-MS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/realizacao.v10i20.17764

Palavras-chave:

Economia Solidária, Autogestão, Sustentabilidade

Resumo

O conhecimento tradicional das mulheres camponesas enfrenta desafios, como a influência da globalização, migração para áreas urbanas, falta de reconhecimento na educação formal e impactos de conflitos e deslocamentos populacionais. A economia solidária surge como uma alternativa promissora, proporcionando estabilidade financeira e valorizando práticas culturais. Essa participação contribui para o empoderamento econômico, inserção em espaços produtivos e crescimento pessoal e coletivo. Sendo assim, este trabalho tem por objetivo relatar a experiência de um grupo de mulheres costureiras e artesãs do município de Dourados, MS, que através da economia solidária tem promovido a transformação social, econômica e ambiental de sua comunidade. O curso foi subdividido em dois módulos: (1) organização para inserção das mulheres no mercado dos negócios; (2) produção e comercialização. Durante a realização das palestras e atividades das mulheres artesãs, foi realizado um levantamento das experiencias adquiridas com as ações propostas. O projeto demonstrou que é viável gerar renda ao desenvolver a criatividade dos artesãos com base na motivação, impulsionando a crença na capacidade de criar e melhorar peças. A inclusão produtiva sustentável destaca a necessidade de integrar cadeias produtivas e de serviços para benefício mútuo. Para isso, é essencial que empresas conheçam as potencialidades locais, enquanto os artesãos devem se adaptar às exigências legais, como emissão de nota fiscal e qualidade dos produtos. O projeto também promoveu uma maior interação entre a universidade e a comunidade.

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Biografia do Autor

Shaline Séfara Lopes Fernandes, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Possui Graduação em Agronomia pela Faculdade Anhanguera de Dourados (2010), Mestrado em Biologia Geral pela Universidade Federal da Grande Dourados (2013) e Doutorado e Pós Doutorado (Ph.D) em Recursos Naturais da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (2017), atuando principalmente nos seguintes temas: ciência do solo ? manejo e conservação do solo, florística, fitossociologia, sistemas agroflorestais, serviços ambientais e restauração de áreas degradadas. É membro do Grupo de Estudos em Recursos Vegetais (GERV). Atuou como Técnico de Campo no Programa ATEG Grãos- Soja Plus como prestador de serviços para o SENAR/MS (2020). Atuou como docente do Curso de Agronomia da Unidade de Cassilândia/MS em caráter temporário (2019-2021). Atuou como docente do Curso de Agronomia da Unidade de Aquidauana/MS em caráter temporário (2022). Atualmente é consultora do Instituto Cerrado Guarani, colaboradora em projetos junto a Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS) e consultora da empresa VPN Engenharia Ambiental.

Julio Cesar Pereira Lobtchenko, Consultor ambiental do Instituto Cerrado Guarani

Possui graduação em Ciências Biológicas, Mestrado em Biologia Geral/Bioprospecção(2020) pela Universidade Federal da Grande Dourados (2018) e graduação em Ciência da computação pelo Centro Universitário da Grande Dourados (2019). Atualmente é Consultor ambiental do Instituto Cerrado. Guarani

Rita De Cassia Gonçalves Marques, Discente do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Meio Ambiente –FCBA/ UFGD

Bióloga - Licenciada pela Universidade Federal da Grande Dourados- UFGD. Durante a graduação foi bolsista, voluntaria e amiga do Programa de Educação Tutorial-PET Biologia; monitora voluntária da disciplina de prática de ensino: didática, avaliação e planejamento no ensino de ciências e biologia, na qual desenvolveu trabalhos em gamificação e formação continuada; foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica PIBIC pela CAPES e UFGD, com foco em restauração florestal e ecologia; trabalhou no projeto de extensão no viveiro da Fazenda experimental da UFGD; foi presidente da assembleia geral e coordenadora da mesa discentes do encontro dos grupos Pets do Centro-Oeste (ECOPET- 2021). Atualmente faz pesquisa em ecologia no programa de pós-graduação em biodiversidade e meio ambiente (UFGD).

João Victor de Lima Pereira, Discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologia Ambiental FACET/UFGD

Graduado em Gestão Ambiental pela Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD e com mestrado em Biodiversidade e Meio Ambiente também pela mesma. Atualmente cursa o doutorado no Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental pela UFGD. Cursa também a graduação de Direito na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS. Atua nas áreas de recuperação de áreas degradadas, gestão de projetos, agroecologia, geotecnologias e geoprocessamento de imagens especiais, educação ambiental e análises ambientais.

Simone Ceccon, Docente da Universidade Federal da Grande Dourados

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de Passo Fundo (1997) e mestrado em Educação Para Ciência - Bauru pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal da Grande Dourados. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação para Ciências, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de ciências e biologia, formação de professores, educação ambiental, cidadania e gestão de resíduos sólidos

Zefa Valdivina Pereira, Docente da Universidade Federal da Grande Dourados

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2000), mestrado em Botânica pela Universidade Federal de Viçosa (2003), doutorado em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas (2007) e Pós Doutorado em Ecologia da Restauração (Embrapa Cerrado). Atualmente é professora associado nível 4 da Universidade Federal da Grande Dourados, Tutora do Grupo Pet Ciências Biológica, tem experiência na área de Botânica, atuando principalmente nos seguintes temas: Cerrado, Sustentabilidade, Florística e Fitossociologia, Restauração Ecológica e Agroecologia.

Referências

ANTEAG. Autogestão e economia solidária: uma nova metodologia. vol. 2, Brasília: TEM, 2005.

INCRA. Incra nos Estados - Informações gerais sobre os assentamentos da Reforma Agrária. Disponível em: https://painel.incra.gov.br/sistemas/index.php. Acesso em: 25 nov. 2023.

LIMA, M.; JESUS, V. Questões sobre gênero e tecnologia na construção da agroecologia. Scientiae Studia, v. 15, n. 1, p. 73-96, jun. 2017.

MACIEL, K. N. Inserção produtiva das mulheres rurais: dinâmica socioprodutiva das mulheres extrativistas da Associação Aroeira em Piaçabuçu, Alagoas. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso em Ciências econômicas) - Universidade Federal de Alagoas. Unidade Santana do Ipanema. Curso de Ciências econômicas. Santana do Ipanema, 2018. Bibliografia: f. 50-56.

OLIVEIRA, B. S.S.; GARCIA, R. V.; LIMA, J. Contribuição da economia solidária nas experiências da associação do movimento de mulheres camponesas de riacho de Santana-Bahia-Brasil. Revista Grifos, v. 30, n. 53, p. 54-71, 2021.

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Publicado

2023-12-31

Como Citar

Fernandes, S. S. L., Lobtchenko, J. C. P., Marques, R. D. C. G., Pereira, J. V. de L., Ceccon, S., & Pereira, Z. . V. (2023). Costura e arte solidária: estratégia para desenvolvimento local sustentável na região da Grande Dourados-MS. RealizAção, 10(20), 88–104. https://doi.org/10.30612/realizacao.v10i20.17764

Edição

Seção

Artigos