Impactos na saúde humana causados pela exposição a incêndios florestais: as evidências obtidas nas últimas duas décadas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55761/abclima.v30i18.15130

Palavras-chave:

Incêndios Florestais. Material Particulado. Mudança Climática. Admissões Hospitalares

Resumo

Foi feita uma revisão de 27 artigos publicados entre 2000 e 2021 sobre a associação entre poluição do ar em episódios pré, durante e pós incêndios florestais e os impactos sobre a saúde da população, a partir de busca nas plataformas PubMed, Web of Science, Scopus e Scielo. Os critérios adotados para inclusão dos artigos foram estudos epidemiológicos que analisassem as associações entre desfechos na saúde (hospitalizações por doenças respiratórios e/ou cardiovasculares) em populações impactadas por incêndios florestais e a concentração de material particulado (MP) decorrente dos incêndios. Os artigos foram organizados por país e data da ocorrência dos incêndios, e foram analisadas as evidências de riscos à saúde por doenças respiratórias e cardiovasculares. Populações mais vulneráveis, como idosos, negros e indígenas, apresentaram maior susceptibilidade aos impactos da fumaça de incêndios, demonstrando a importância de compreender os impactos da fumaça dos incêndios florestais para a saúde.

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Biografia do Autor

Sofia Caumo, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz

Pós-doutoranda na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Fiocruz). Doutora em Química pelo Instituto de Química da Universidade de São Paulo. Realizou intercâmbios na Universidade de Toronto (Canadá), Universidade de Aveiro (Portugal) e Universidade de Antuérpia (Bélgica). Possui experiência em estudos voltados para mudanças climáticas, poluição atmosférica e seus efeitos na saúde e ambiente.

Adriana Gioda, Departamento de Química, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Possui graduação em Química Industrial e mestrado em Química Analitica pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM-RS) e doutorado em Química Orgânica/Analítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (LADETEC/IQ/UFRJ). Por 5 anos trabalhou na Universidade de Puerto Rico, EUA, (UPR-USA) como Posdoc, Pesquisadora Visitante e Professora. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química Ambiental e Analítica, atuando principalmente nos seguintes temas: Qualidade do Ar de Interiores e Exteriores, Química Toxicológica e Química Atmosférica. Também tem experiência na área de ensino participando do corpo docente da UFSM-RS, Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE-SC) e UPR-USA. Atualmente, é Professora Associada Nível 1 e Coordenadora da Pós-Graduação (2018-2022) na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), coordenadora do Laboratório de Química Atmosférica (LQA-PUC-Rio), bolsista de Produtividade em Pesquisa Nível 2 (CNPq), Cientista do Nosso Estado (FAPERJ). É sócia fundadora da Latin ? American Association of Environmental, Experimental and Nanomaterials Toxicology e membro do Conselho Diretor (2016-2018), sendo coordenadora da subárea Ambiental. Atualmente, faz parte do Conselho Consultivo (2019-2021).

Renato da Silva Carreira, Departamento de Química, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Professor Associado no Departamento de Química da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Graduação em Oceanografia (1990) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com mestrado (1994) e doutorado (2000) em Química pela PUC-Rio. Estágio sênior no Alfred Wegener Institute of Polar and Marine Science (2017). Foi professor na Faculdade de Oceanografia/UERJ (1996-2011), onde coordenou o Programa de Pós-Graduação em Oceanografia (2007-2010). Foi coordenador do PPG em Química da PUC-Rio (2013-2016) e desde 2016 coordena o Laboratório de Estudos Marinhos e Ambientais (LabMAM) da PUC-Rio. Linhas de pesquisa: (i) Geoquímica orgânica marinha: uso de indicadores moleculares e isotópicos para compreender a variabilidade natural e os impactos antrópicos sobre o ciclo da matéria orgânica, assim como em estudos paleoceanográficos; (ii) Avaliação, diagnóstico e monitoramento da contaminação por hidrocarbonetos e esgotos em sistemas aquáticos.

Ludmilla da Silva Viana Jacobson, Departamento de Estatística, Universidade Federal Fluminense

Possui graduação em Estatística pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2004), mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais (área de concentração: Estatística Social) pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (2007), doutorado em Saúde Coletiva (área de concentração: Epidemiologia) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2013) e pós-doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente pela Fundação Oswaldo Cruz (2020). Atualmente é professora associada do Departamento de Estatística da Universidade Federal Fluminense. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística, com ênfase em Saúde Coletiva e Meio Ambiente.

Sandra de Souza Hacon, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1974), mestrado em Controle da Poluição Ambiental - Mancherter University, Reino Unido (1981) e doutorado em Geociências (Geoquímica Ambiental) pela Universidade Federal Fluminense (1996). Está lotada na Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, integrante dos programas de pós-graduação de mestrado de doutorado em Ciências Ambientais da Universidade estadual de Mato Grosso e da Escola Nacional de Saúde Pùblica da Fiocruz. Atua na área de Avaliação de Risco à Saúde Humana, Ecotoxicologia, Gestão Integrada de Saúde e Ambiente e Avaliação de Impactos à Saúde das Mudanças Climáticas e de Grandes Empreendimentos. Coordena vários projetos de pesquisa financiados pelo CNPq, FAPERJ, FINEP, CAPES, setor privado, atua como pesquisadora em projetos interdisciplinares com a UNEMAT, INPE, UNB, USP, UFRN, USP, PUC/RJ, UFCE, FIOCRUZ, projetos internacionais com a Universidade de Exeter no Reino Unido, Instituto Tropical de Epidemiologia e Sáude Pública de Basel e a Universidade de Basel na Suiça. Na área acadêmica responsável por disciplinas nos cursos de pós-graduação da ENSP/FIOCRUZ, orientadora de mestrado e doutorado nos cursos de pós-graduação de Saúde Pública e Meio Ambiente da ENSP/FIOCRUZ e do Programa de CIências Ambientais da Universidade estadual de Mato Grosso ( UNEMAT). Representante do Brasil no GT do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente referente ao Programa de Monitoramento da Implementação da Convenção de Stockholm por indicação do Ministério do Meio Ambiente. Integrante da parceria Fiocruz- Opas/OMS do Centro Colaborador em Saúde Pública e Ambiental da Organização Pan-Americana da Saúde / Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS).

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Publicado

16-02-2022

Como Citar

Caumo, S., Gioda, A., da Silva Carreira, R., Jacobson, L. da S. V., & Hacon, S. de S. (2022). Impactos na saúde humana causados pela exposição a incêndios florestais: as evidências obtidas nas últimas duas décadas. Revista Brasileira De Climatologia, 30(18), 182–218. https://doi.org/10.55761/abclima.v30i18.15130

Edição

Seção

Artigos