AVALIAÇÃO DE MODELOS DE ESTIMATIVA DO SALDO DE RADIAÇÃO DIÁRIO PARA O MUNICÍPIO DE BOTUCATU - SÃO PAULO - BRASIL
Palabras clave:
Saldo de radiação. Saldo radiômetro. Modelagem de dados. Evapotranspiração de referência (ETo).Resumen
O objetivo deste estudo foi avaliar 5 modelos clássicos (baseados em medições meteorológicas) e 1 modelo de sensoriamento remoto de estimativa do saldo de radiação para Botucatu (SP) - Brasil. A avaliação dos modelos de Linacre (1968); Doorenbos e Pruitt (1977); Funari, Tarifa e Simpson (1985); Allen et al. (1998) e Pereira, Sentelhas e Villa Nova (1998), assim como dos valores do GLDAS-2.1, foi realizada em comparação a medições observacionais de um radiômetro (CNR1/Kipp&Zonen) da Faculdade de Ciências Agronômicas - Unesp (22º54’S, 48º27’O e 786m). Os valores gerados foram avaliados pelos indicativos estatísticos rMBE, rRMSE e R. No geral, o modelo de Allen et al. (1998), recomendado pela FAO/UN, apresentou a melhor correlação (R: 97%), e os menores erros (rMBE: 9,54% e rRMSE: 13,66%), comparado as medições. Sazonalmente, o modelo de Pereira, Sentelhas e Villa Nova (1998) apresentou resultados satisfatórios para o verão (R: 95%; rMBE: 8,04% e rRMSE: 18,55%), inverno (R: 94%; rMBE: 8,04% e rRMSE: 18,55%) e outono (R: 96,50%; rMBE: 2,62% e rRMSE: 9,42%), considerando os erros e a correlação com as medições, já o de Allen et al. (1998), apresentou melhores resultados para a primavera (R: 94%; rMBE: 8,27% e rRMSE: 10,28%). Portanto, para o clima de Botucatu (SP), baseando-se nas medições utilizadas, o modelo de Allen et al. (1998) gerou o melhor resultado. Sazonalmente, para o verão, inverno e outono o modelo de Pereira, Sentelhas e Villa nova (1998), bem como o de Allen et al. (1998) para a primavera, apresentaram resultados mais satisfatórios.
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Citas
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