DEFINIÇÃO DA DURAÇÃO DA ESTAÇÃO SECA E ESTAÇÃO CHUVOSA E SUA INFLUÊNCIA NA AGRICULTURA NO MUNICÍPIO DE ITUIUTABA – MG
Abstract
Dentre todos os processos que atuam na dinâmica do clima a variabilidade é um dos mais importantes. Suas consequências sejam estas, naturais ou econômicas, afetam sobremaneira a agricultura de uma determinada região. O intuito do desenvolvimento desta pesquisa objetivou determinar o final e o início da estação seca e chuvosa e sua influência na agricultura do município de Ituiutaba, localizado na Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, mais especificamente na Microrregião de Ituiutaba, no Estado de Minas Gerais. Utilizou-se para isso, dados climáticos obtidos junto à Estação Meteorológica de Ituiutaba, pertencente ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), utilizando uma série histórica de dados de 30 anos (1988 a 2019). Para definir o excedente e deficiência hídrica, a qual foi essencial para definir o início e final das estações secas e chuvosas, utilizou-se o Balanço Hídrico proposto por Thornthwaite e Mather (1955). A metodologia proposta por Assunção (2012) foi usada para caracterizar o início e final das estações secas e chuvosas para o município de Ituiutaba.Como resultado, notou-se que a média de dias secos por ano foi de 139,1 e observou-seque em 63,4% dos anos o período seco se iniciou no mês abril, 33,3% no mês de maio e 3,3% no mês de março. Em relação ao período chuvoso, em 56,7% dos anos iniciou em setembro, 33,3% em outubro e 10% em agosto. Portanto, há a necessidade de adoção de um calendário agrícola que leve em conta essa dinâmica climáticaDownloads
References
ASSUNÇÃO, W, L. Metodologia para Definição da Duração das Estações Seca e Chuvosa na Região dos Cerrados do Brasil Central. 14º Encontro de Geógrafos da América Latina, Peru, p. 324 – 337, 2012.
AYOADE, J.O. Introdução a Climatologia para os trópicos. Tradução de Maria Juraci Zani dos Santos, revisão de Suely Bastos; coordenação editorial de AntonioChristofoletti. 14ª Edição: Rio de Janeiro, 2003.
BRUNINI, O. et. al. Efeito dos elementos climáticos no desenvolvimento da cultura do milho. In: SIMPÓSIO SOBRE PRODUTIVIDADE DO MILHO. Londrina, 1983 Anais... Londrina: IAPAR, 1983, p. 21-39.
BACCARO, C. A. D. Unidades geomorfológicas do Triângulo Mineiro – Estudo Preliminar. Sociedade e Natureza, Uberlândia, v. 3, nº 5 e 6, p. 37 – 42, jan/dez. 1991.
COSTA, R. A. Riscos Ambientais em Cidades Pequenas do Cerrado Brasileiro. In: SEABRA, G. F. (Org.). Educação Ambiental no Mundo Globalizado: Uma ecologia de riscos, desafios e resistências. João Pessoa: EdUFPB, 2011. p. 199-214.
DINIZ, A. F. Variabilidade climática e sua influência na produtividade do milho na microrregião de Feira de Santana (Bahia). Dissertação de Mestrado. USP – São Paulo, 2016.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em: https://www.ibge.gov.br/. Acesso em: 03 maio 2020.
MENDES, P. C; QUEIROZ, A. T. Caracterização climática do município de Ituiutaba-MG. In_ PORTUGUÊS, A. P.; MOURA, G.; COSTA, R. A. (Org.) Geografia do Brasil central. Uberlândia: Assis, 2011, p. 333-353.
MINAS GERAIS. INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUÁRIA (IMA). Vazio sanitário. Disponível em: http://www.ima.mg.gov.br/sanidade-vegetal/vazio-sanitario. Acesso em: 03 maio 2020.
MACHADO, M.A.M.; SEDIYAMA, G.C.; COSTA, J.M.N.; COSTA, M.H. Duração daestação chuvosa em função das datas de início do período chuvoso para o estado de MinasGerais. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa Maria, v. 4, n. 2, p. 73-79, 1996.
MAIA, D. C e SANTOS, M. J. Z. Variabilidade Climática e sua Influência na Produtividade do Milho na Região de Pindamonhangaba (SP). Lúcia Helena de O. Gerardi e Magda Adelaide Lombardo (org.) Sociedade e Natureza na visão da Geografia. Rio Claro, 2003.
NAGHETTINI, Mauro; PINTO, Éber José de Andrade. Hidrologia estatística. Belo Horizonte: CPRM, 2007. 552 p.
NERY, J. T.; VARGAS, W.M.; MARTINS, M.L.O. Caracterização da precipitação no estado do Paraná. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa Maria, v. 4, n. 2, p. 81-89, 1996.
Pereira, A. R.; Angelocci, L. R.; Sentelhas, P. C. Agrometeorologia: Fundamentos e aplicações práticas. Guaíba: Agropecuária, 2002. 478p.
QUEIROZ A. T.; COSTA, R. A. Caracterização e Variabilidade Climática em Séries de Temperatura, Umidade Relativa do Ar e Precipitação em Ituiutaba – MG. Revista Caminhos de Geografia. Uberlândia v. 13, n. 43 out/2012 p. 346–357
ROLDÃO, A. ASSUNÇÃO, W. L. Caracterização e Duração das Estações Seca e Chuvosa no Triângulo Mineiro/MG. REVISTA GEONORTE, Edição Especial 2, V.1, N.5, p.428 – 440, 2012.
ROLIM, G. S.; SENTELHAS, P. C. Balanço hídrico normal por Thorntwaite e Mather (1955). Piracicaba: ESALQ/USP – Departamento de Ciências Exatas: Área de Física e Meteorologia, 1999 (programa para Excel v. 6).
THORNTWAIRE, C. W.; MATHER, J. R. The water balance. Centertorn, N. J: Drexel Institute of Technology. 1955. 104p.
SCHNEIDER, H., & SILVA, C. O Uso do Modelo Box Plot na Identificação de Anos-padrão Secos, Chuvosos e Habituais na Microrregião de Dourados, Mato Grosso do Sul. Revista Do Departamento De Geografia, GEOUSP 27, 131-146. 2014.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
A aprovação dos artigos implica a aceitação imediata e sem ônus de que a Revista Brasileira de Climatologia terá exclusividade na primeira publicação do artigo. Os autores continuarão, não obstante, a deter os direitos autorais. Os autores autorizam também que seus artigos sejam disponibilizados em todos os indexadores aos quais a revista está vinculada.
Os autores mantém seus direitos de publicação sem restrições
A Comissão Editorial não se responsabiliza pelos conceitos ou afirmações expressos nos trabalhos publicados, que são de inteira responsabilidade dos autores.
A Revista Brasileira de Climatologia oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o entendimento de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização do conhecimento e tende a produzir maior impacto dos artigos publicados. Os artigos publicados na revista são disponibilizados segundo a Licença Creative Commons CC-BY-NC 4.0 (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/). Segundo essa licença é permitido acessar, distribuir e reutilizar os artigos para fins não comerciais desde que citados os autores e a fonte. Ao submeter artigos à Revista Brasileira de Climatologia, os autores concordam em tornar seus textos legalmente disponíveis segundo essa licença