Indicadores higrotérmicos horários nos núcleos de desertificação do estado da Paraíba, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55761/abclima.v34i20.16980

Palavras-chave:

microclima. Temperatura do ar. Umidade atmosférica. Degradação ambiental

Resumo

Embora a desertificação seja um processo de degradação de terras, não há consenso científico, se as causas sejam ocasionadas pelo clima, por ações antrópicas e/ou resulte de uma interação entre si. Diante disto, procurou-se estabelecer os principais indicadores higrotérmicos do ar atmosférico, nos núcleos de desertificação do Cariri e Seridó da Paraíba, localizados nas regiões geográficas intermediárias de Campina Grande e Patos, sendo essas determinações os objetivos principais. Utilizando-se dados horários de temperatura do ar e umidade relativa, coletados nas estações meteorológicas automáticas, instaladas em Cabaceiras (Cariri) e Santa Luzia (Seridó), entre 01.01.2013 e 31.12.2020, foram determinadas as pressões parcial e de saturação, o déficit de pressão, a temperatura do ponto de orvalho e as umidades absoluta e de saturação. Com as séries climatológicas mensais de chuvas, foram estabelecidos os regimes pluviais. Os principais resultados indicaram que as características higrotérmicas horárias, dos referidos núcleos, diferem entre si. O núcleo de desertificação do Cariri é mais frio e mais úmido do que o do Seridó. A capacidade de retenção de vapor d’água é função direta da temperatura do ar e a umidade relativa ocorre de forma inversa. As ações antrópicas adversas contribuem para aumentar a degradação ambiental, embora os elevados indicadores térmicos, os baixos teores de umidades do ar atmosférico e a irregularidade no regime pluvial contribuam para acelerar o processo de desertificação. Como a temperatura do ar é o principal indicador higrotérmico, ela pode ser usada para estimar os demais indicadores termodinâmicos, com elevada precisão.

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Biografia do Autor

Hermes Alves de Almeida, Universidade Estadual da Paraíba

Doutor em Agronomia, área de concentração Agrometeorologia/Irrigação e Drenagem, pela Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Botucatu, SP, Mestre em Agronomia, área de concentração Agrometeorologia, Universidade de São Paulo (USP)/Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), Piracicaba, SP, e Graduado em Meteorologia, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campina Grande. Pesquisador Científico nas áreas de Ciências Agrárias e Ambientais, Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC/CEPLAC), Órgão da Administração Direta do Ministério da Agricultura e do Abastecimento (1979/2002), onde exerceu vários cargos de Coordenação de Pesquisa (Chefe de divisão, Líder de Programas de pesquisa, Autor/Coordenador de projetos de pesquisa, dentre outras). Professor efetivo de Irrigação e Drenagem, do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais, da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Ilhéus, BA, de 09/1997 a 06/2002. Professor Associado da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB, desde 06/2002), do Campus de Campina Grande, PB, no Departamento de Geografia e Docente do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR/UEPB) e em Ciências Agrárias. Pesquisador da área de Climatologia Aplicada e Geográfica, água e alternativa hídrica sustentável/regional e em áreas afins. Chefe dos Departamentos de História e Geografia (2008/10) e de Geografia (2010/12), Proponente e coordenador Adjunto do curso de Lato Senso GeoAmbiência e Recursos hídricos do semiárido (2010/14). Orientador Acadêmico, Líder de grupo de Pesquisa GeoAmbiência CNPq/UEPB e Editor Assistente da Revista Agriambi e revisor de várias revistas científicas. Bolsista de Produtividade de Pesquisa do CNPq- Nível 2 e Coordenador Adjunto do Programa de pós-graduação em Desenvolvimento Regional (2017 a 2021). Bolsista Pós-doutorado Sênior CNPq (set/2021 a ago/2022)

Emerson Galvani, Universidade de São Paulo

Emerson Galvani concluiu o doutorado em Agronomia (Energia na Agricultura) [Botucatu] pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho em 2001. Mestre em Agrometeorologia pela ESALQ/USP em 1995. Atualmente é Professor Doutor da Universidade de São Paulo. Publicou 135 artigos em periódicos especializados e 251 trabalhos em anais de eventos. Possui 55 capítulos de livros publicados e 04 livros organizados. Atualmente coordena 4 projetos de pesquisa. Atua na área de Geografia, com ênfase em Geografia Física, Climatologia e Microclimatologia. Em suas atividades profissionais interagiu com 72 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais frequentes na contextualização da produção científica e tecnológica são: microclima, balanço de energia, atributos climáticos, microclima de ambientes específicos. Bolsista de pesquisa e produtividade do CNPq (1D). Presidente da Associação Brasileira de Climatologia - ABCLIMA (gestão 2008 - 2010). Coordenador do programa de Pós-Graduação em Geografia Física - Universidade de São Paulo (2007 a 2011). Vice-presidente da Comissão de Pós-graduação da FFLCH/USP (2009 a 2011). Editor da Revista do Departamento de Geografia da USP a partir de março de 2011 até outubro de 2015. Membro da comissão de avaliação da CAPES na área de Geografia (triênio 2011 a 2013). Coordenador do Curso de Geografia (2015 até 2019). Editor Chefe da Revista Brasileira de Climatologia (outubro de 2016 atual) e Editor Associado da Revista GeoUSP (julho de 2016 até 2018). Vice-Presidente da Comissão de Graduação da FFLCH (Junho de 2017 atual). Orientador da Tese vencedora do prêmio ANPEGE. Pai da Madalena em 09/12/2014. Representante da área de Geografia junto ao CNPq (3/7/2020 atual). E-mail: egalvani@usp.br

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Publicado

25-01-2024

Como Citar

Almeida, H. A. de, & Galvani, E. (2024). Indicadores higrotérmicos horários nos núcleos de desertificação do estado da Paraíba, Brasil. Revista Brasileira De Climatologia, 34(20), 1–24. https://doi.org/10.55761/abclima.v34i20.16980

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Artigos