A influência do fenômeno El Ninõ-Oscilação Sul (ENOS) no índice de anomalia de chuvas do município de Viçosa (MG)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55761/abclima.v33i19.16737

Palavras-chave:

Chuva, Estatística, Enos, Índice de Anomalia de Chuva, Anomalias positiva e negativa

Resumo

O objetivo desta pesquisa é analisar as anomalias de chuva a partir do Índice de Anomalia de Chuva (IAC) e sua relação ao fenômeno El Niño Oscilação-Sul (ENOS), no Município de Viçosa-MG, através de dados pluviométricos do período de 1925 a 2018. A estatística descritiva revelou que a estação seca ocorre no inverno (abril a setembro) e chuvosa no verão (outubro a março), sendo os meses mais secos junho, julho e agosto. A aplicação do IAC com base na Chuva Média Acumulada Anual > 1261,19 mm.ano-1, mostrou que os valores positivos do IAC apresentam uma forte correspondência com os anos da fase positiva do ENOS, em que 60,87% dos anos apresentaram Umidade Baixa, 13,04% Umidade Moderada, 17,39% Umidade Alta e apenas 8,70% Umidade Extremamente Alta. Para a classificação seca 76,92% dos anos considerados como sendo de Seca Moderada, e as demais classificações como Seca Suave 7,69%, Alta e Extremamente Alta. O desempenho dos modelos revelou uma péssima precisão, com baixos coeficientes (R2), correlação (r), índices de concordância (d) e confiança (c). Os menores Erro Padrão da Estimativa (EPE) foram observados (IAC vs El Niño e IAC vs La Niña), enquanto que o maior ocorreu (IAC vs ENOS). O teste t de Student revelou que não há diferença entre as médias (IAC vs El Niño). Enquanto, as demais interações apontam para a existência de diferença entre as médias (IAC vs La Niña e IAC vs ENOS), com valores do teste t de Student variando entre 2,21 a 0,94.

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Biografia do Autor

Givanildo De Gois, Fundação Universidade Federal de Rondônia-UNIR

Possui Graduação em Meteorologia pela Universidade Federal de Alagoas (2003) e Mestrado em Meteorologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2005). Doutorado em Ciências Ambientais e Florestais pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2017). Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental, da Universidade Federal Fluminense Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda. Atualmente é Pós-Doutorando PNPD/CAPES no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Fundação Universidade Federal de Rondônia-UNIR. Participa do Grupo de Geotecnologia Aplicada em Agricultura e Floresta (GAAF) do Estado do Mato Grosso (UNEMAT): http://pesquisa.unemat.br/gaaf/equipe. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Meteorologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Meio ambiente, Estatística, Seca e Desertificação.

Sonaira Souza da Silva, Universidade Federal do Acre, Campus Floresta em Cruzeiro do Sul, Centro Multidisciplinar - CMULTI.

Formada em Engenharia Agronômica (2008), Mestrado em Produção Vegetal com ênfase em agricultura familiar (2010) pela Universidade Federal do Acre e Doutorado em Ciências de Florestas Tropicais (2017) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Atualmente é professora da Universidade Federal do Acre Campus Floresta em Cruzeiro do Sul, onde atua como orientadora no Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais e Coordena o Laboratório de Geoprocessamento Aplicado ao Meio Ambiente (LabGAMA). Desenvolvo pesquisas focadas em analises espaciais do uso da terra, queimadas e incêndios florestais na Amazônia (Texto informado pelo autor)

Paulo Miguel de Bodas Terassi, Pesquisador de Pós-Doutorado do Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo (USP)

Paulo Miguel de Bodas Terassi é Doutor em Geografia Física (Ciências) pela Universidade de São Paulo (2019). Graduou-se em Geografia, habilitação em Bacharelado, pela Universidade Estadual de Maringá (2012). Obteve o título de Mestre em Geografia, área de concentração em Análise Ambiental, pela Universidade Estadual de Maringá (2015). É Mestre em Geografia, área de concentração em Produção do Espaço Geográfico, pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Campus de Presidente Prudente (2015). Recentemente, cumpriu o estágio de Pós-Doutorado no Instituto Tecnológico Vale - Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS) e desenvolve pesquisas junto ao grupo de pesquisa Geologia Ambiental e Recursos Hídricos (GGARH). Está vinculado ao Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo para o desenvolvimento do Estágio Pós-Doutoral e do projeto de pesquisa "Variabilidade e as tendências na dinâmica pluviométrica da Amazônia Legal: uma análise via dados observacionais e de produtos orbitais". Também está vinculado às pesquisas desenvolvidas pelo Laboratório de Estudos da Interação Sociedade-Atmosfera (LISA) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pelo Grupo de Estudos de Paisagem e Desenvolvimento Rural da Universidade Estadual de Maringá. Tem experiência em Geografia Física, com ênfase em Climatologia Geográfica, Pedologia e Hidrografia. 

João Paulo Assis Gobo, Universidade Federal de Rondônia, Departamento de Geografia- Campus de Porto Velho

Bacharel em Geografia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) (2010). Mestre em Geografia Física pela Universidade de São Paulo (USP) (2013). Doutor em Geografia Física pela Universidade de São Paulo (USP) (2017). Pós-Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Foi professor convidado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atualmente é Professor Adjunto (Nível II) do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Rondônia, Professor Permanente e Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geografia da mesma instituição. É líder do Grupo de Pesquisas em Bioclimatologia e Mudanças Climáticas na Amazônia - BIOCLAM, da Universidade Federal de Rondônia. Participa como pesquisador do grupo de pesquisa do Laboratório de Climatologia Ambiental e Subtropical-LaCAS da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Mudanças Climáticas (INCLINE - INterdisciplinary CLimate INvestigation cEnter) e do Grupo de Pesquisa em Geografia e Planejamento Ambiental - GEOPLAM da UNIR. É editor assistente da revista Presença Geográfica e editor associado da revista Weather, Climate, and Society. É membro do Comitê Técnico-científico para implantação do Plano Municipal de Mudanças Climáticas do Município de Porto Velho-RO.Tem experiência na área de Climatologia Geográfica atuando principalmente nos seguintes temas: Biometeorologia Humana; Conforto Térmico; Clima e Saúde; Clima Urbano e Poluição Atmosférica.

Bruno Serafini Sobral, Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro (ITERJ)

Pesquisador bilíngue com Mestrado em Engenharia de Biossistemas (2017), Pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho (2012) e graduado em Engenharia Agrícola e Ambiental (2010) pela Universidade Federal Fluminense. Membro da equipe NSERC/Rio Tinto Industrial Research Chair do Northern Hydrometeorology Group (NHG) e aluno de doutorado da Universidade do Norte da Columbia Britânica (UNBC). Piloto de drones certificado pela agência de transporte canadense (Transport Canada). Atua como pesquisador desde 2010 nas áreas de hidrologia, modelagem hidráulica e hidrológica, índices de seca, climatologia, rios atmosféricos e mudanças climáticas. Nestas áreas conta com trabalhos publicados em periódicos nacionais e internacionais e atua regularmente como revisor de artigos científicos para periódicos brasileiros e do exterior.

Djailson Silva da Costa Júnior, Instituto Nacional do Semiárido (INSA)

Engenheiro Florestal (Universidade Federal de Campina Grande - UFCG), com intercâmbio na (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ); Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho (Universidade Cruzeiro do Sul - UNICSUL); Mestre (Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN); e Doutor (Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE), em Ciências Florestais, respectivamente. Atua nas seguintes áreas: Tecnologia de Produtos Florestais; Energia de Biomassa; Silvicultura e Recuperação de Áreas Degradadas. Atualmente é bolsista pesquisador nível DB do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), no projeto: Espécies nativas e adaptadas de usos múltiplos do semiárido para recuperação de áreas desertificadas, restauração florestal e adaptação a mudanças climáticas. Com interesse profissional em Energia de Biomassa, Implantação de Povoamentos Florestais, e demais atividades correlatas da Silvicultura.

Welington Kiffer de Freitas, Departamento de Geoquímica, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1997), mestrado (2001) e doutorado (2012) em Ciências Ambientais e Florestais, também pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Atua como colaborador da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e como Professor Adjunto da Universidade Federal Fluminense (UFF). Durante o período de 2027 à 2020, coordenou o curso de Pós Graduação em Tecnologia Ambiental (PGTA) - UFF. Atualmente, exerce o cargo de vice-coordenador desse Programa (período 2021-202024).Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: ecologia, conservação de recursos naturais, manejo de Unidades de Conservação e gestão ambiental.

Geraldo de Carvalho Neto, Programa de Pós-graduação em Tecnologia Ambiental, Universidade Federal Fluminense (UFF), Campus Volta Redonda

Mestre em Tecnologia Ambiental pela Universidade Federal Fluminense – UFF de Volta Redonda, Bacharel em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA, MG), com experiências acadêmicas e técnico-científicas nas áreas de agroecologia (sistemas agroflorestais, permacultura e agricultura orgânica), fisiologia vegetal/ecofisiologia, dinâmica funcional de ecossistemas, gestão de agroecossistemas, sensoriamento remoto, geoprocessamento e SIG. Trabalhou com produção e comércio de mudas de espécies nativas e exóticas, e atualmente é responsável técnico em uma unidade de produção agrícola no estado de São Paulo.

Bruce Kelly da Nobrega Silva, Instituto Nacional do Semiárido (INSA)

Pós-doutorado em Ciências Climáticas (PPGCC/UFRN), graduado em Meteorologia e Licenciatura em Física atuo no desenvolvimento de pesquisa na área de geociências e ensino em ciências, com ênfase em climatologia e mudanças climáticas e impactos socioambientais no Nordeste do Brasil. Tenho interesse nos seguinte temas: interação entre biosfera e atmosfera, balanço de energia, vulnerabilidade climática, análise multivariada aplicada à estudos ambientais, hidrologia aplicada.

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Publicado

15-09-2023

Como Citar

De Gois, G., Silva, S. S. da, Terassi, P. M. de B., Gobo, J. P. A., Sobral, B. S., Costa Júnior, D. S. da, … Silva, B. K. da N. (2023). A influência do fenômeno El Ninõ-Oscilação Sul (ENOS) no índice de anomalia de chuvas do município de Viçosa (MG). Revista Brasileira De Climatologia, 33(19), 278–311. https://doi.org/10.55761/abclima.v33i19.16737

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Artigos