Metodologia para a estimação da temperatura do ar em função da altitude a partir de dados de perfil topoclimático

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55761/abclima.v30i18.14789

Palavras-chave:

Gradiente térmico, Estimativa da temperatura, inversão térmica

Resumo

O objetivo deste artigo foi estabelecer a correlação entre a temperatura do ar e a altitude e estimar a temperatura do ar média, máxima e mínima, a partir do perfil topoclimático, para a bacia hidrográfica do Rio do Boi (RS/SC). Para esta pesquisa foram utilizados dados de temperatura do ar de seis abrigos meteorológicos instalados em diferentes altitudes. O período de coleta dos dados foi de 13/07/2017 à 31/11/2018. A relação entre as três medidas de temperatura com a altimetria foi estabelecida a partir dos coeficientes de correlação e regressão. O gradiente térmico foi calculado por meio da reta de regressão, também para as três medidas. A reta de regressão e a altitude foram utilizadas para espacializar a temperatura do ar para toda a área de estudo. Os resultados mostraram que a altitude tem influência na variação da temperatura do ar. No entanto, essa relação é mais definida para a temperatura máxima do ar (R² 0,97). Para a temperatura mínima, a relação entre a temperatura do ar e a altitude é menor (R² 0,87) e isso também reflete no gradiente térmico da temperatura mínima (0,53 ºC/100m). Essa relação pode ser influenciada pelas inversões térmicas que ocorrem no período noturno na área de estudo. Com isso, observou-se que a altitude influencia significativamente na variação espacial da temperatura do ar para a bacia hidrográfica do Rio do Boi.

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Biografia do Autor

Jakeline Baratto, Departamento de Geociências, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Santa Maria (2014) e mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Santa Maria (2017). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geografia Física, atuando principalmente nos seguintes temas: precipitação pluviométrica, precipitação, bacia hidrográfica, bacia hidrográfica do alto jacuí e umidade relativa do ar.

João Paulo Assis Gobo, Departamento de Geografia, Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

Bacharel em Geografia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) (2010). Mestre em Geografia Física pela Universidade de São Paulo (USP) (2013). Doutor em Geografia Física pela Universidade de São Paulo (USP) (2017). Pós-Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Foi professor convidado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atualmente é Professor Adjunto (Nível II) do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Rondônia, Professor Permanente e Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geografia da mesma instituição. É líder do Grupo de Pesquisas em Bioclimatologia e Mudanças Climáticas na Amazônia - BIOCLAM, da Universidade Federal de Rondônia. Participa como pesquisador do grupo de pesquisa do Laboratório de Climatologia Ambiental e Subtropical-LaCAS da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Mudanças Climáticas (INCLINE - INterdisciplinary CLimate INvestigation cEnter) e do Grupo de Pesquisa em Geografia e Planejamento Ambiental - GEOPLAM da UNIR. É editor assistente da revista Presença Geográfica e editor associado da revista Weather, Climate, and Society. Tem experiência na área de Climatologia Geográfica atuando principalmente nos seguintes temas: Biometeorologia Humana; Conforto Térmico; Clima e Saúde; Clima Urbano e Poluição Atmosférica.

Emerson Galvani, Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo (USP)

Emerson Galvani concluiu o doutorado em Agronomia (Energia na Agricultura) [Botucatu] pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho em 2001. Mestre em Agrometeorologia pela ESALQ/USP em 1995. Atualmente é Professor Doutor da Universidade de São Paulo. Publicou 135 artigos em periódicos especializados e 251 trabalhos em anais de eventos. Possui 55 capítulos de livros publicados e 04 livros organizados. Atualmente coordena 4 projetos de pesquisa. Atua na área de Geografia, com ênfase em Geografia Física, Climatologia e Microclimatologia. Em suas atividades profissionais interagiu com 72 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais frequentes na contextualização da produção científica e tecnológica são: microclima, balanço de energia, atributos climáticos, microclima de ambientes específicos. Bolsista de pesquisa e produtividade do CNPq (1D). Presidente da Associação Brasileira de Climatologia - ABCLIMA (gestão 2008 - 2010). Coordenador do programa de Pós-Graduação em Geografia Física - Universidade de São Paulo (2007 a 2011). Vice-presidente da Comissão de Pós-graduação da FFLCH/USP (2009 a 2011). Editor da Revista do Departamento de Geografia da USP a partir de março de 2011 até outubro de 2015. Membro da comissão de avaliação da CAPES na área de Geografia (triênio 2011 a 2013). Coordenador do Curso de Geografia (2015 até 2019). Editor Chefe da Revista Brasileira de Climatologia (outubro de 2016 atual) e Editor Associado da Revista GeoUSP (julho de 2016 até 2018). Vice-Presidente da Comissão de Graduação da FFLCH (Junho de 2017 atual). Orientador da Tese vencedora do prêmio ANPEGE. Pai da Madalena em 09/12/2014. Representante da área de Geografia junto ao CNPq (3/7/2020 atual).

Cássio Arthur Wollmann, Departamento de Geociêcias, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Graduado em Geografia Bacharelado pela Universidade Federal de Santa Maria (2007), tendo sido orientado pela Profª. Drª. Maria da Graça Barros Sartori. É Doutor (Doutorado Direto) (2011) e Pós-doutor (2018) pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia Física da Universidade de São Paulo (USP - São Paulo, SP), tendo sido orientado e supervisionado pelo Prof. Dr. Emerson Galvani, cujo tema central da tese e estágio pós-doutoral desenvolvidos foram Climatologia Geográfica e a Climatologia Agrícola. Atualmente, Professor Associado (Nível II) do Departamento de Geociências, atendendo principalmente os Cursos presenciais de Geografia (Bacharelado e Licenciatura Plena), Licenciatura em Geografia (EaD/UAB) e Programa de Pós-Graduação em Geografia, da Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Docente responsável pelas disciplinas, na graduação, de Climatologia Geográfica; Climatologia Regional Brasileira; Planejamento e Ordenamento Territorial Integrado I, II, III e IV; Geografia do Rio Grande do Sul A (EaD); e em nível de pós-graduação: Urban Climate: Trends and Applications, Climatologia Aplicada e Seminários de Dissertação (PPGGEO). Foi Coordenador dos Cursos presenciais de Graduação em Geografia (Bacharelado e Licenciatura Plena) da UFSM, entre julho de 2013 e março de 2017. Docente responsável pelo Laboratório de Climatologia em Ambientes Subtropicais (LaCAS), registrado no Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil (DGP/CNPq) (http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/8330814406402566). Pesquisador integrante da Rede Climas Subtropicais (RCS), que envolve os principais pesquisadores da Climatologia Geográfica do sul do Brasil. Sommelier profissional formado pela Associação Brasileira de Sommeliers (ABS), e certificado pela Associação Internacional de Sommeliers - AIS (2017). Membro da International Association for Urban Climate (IAUC). O LaCAS possui convênios com instituições privadas e públicas, cujas parcerias fomentam a pesquisa em nível de graduação e pós-graduação. Entre as principais parcerias, destacam-se a Pasqualotto GT Empreendimentos, METOS Estações Meteorológicas Inteligentes, EMASA Balneário Camboriú/SC e EPAGRI/SC. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2 (Edital 09/2020 CNPq). Desde o início de sua carreira na UFSM, destacou-se pela capacidade em buscar e gerir financiamento para suas pesquisas no LaCAS. Primeiro, foi contemplado pelo Auxílio Recém Doutor (ARD) Edital FAPERGS nº 003/2012 (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul), no período de outubro de 2012 a abril de 2014 (Processo n° 12/0851-5) para executar o projeto "Análise e definição das unidades climáticas na Estação Ecológica do Taim, RS: contribuição ao estudo do clima e dos impactos ambientais em unidades de conservação". Em um segundo momento, contemplado pelo Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (PROCAD) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES/Brasil) Edital CAPES 071/2013, Processo número 88881.068465/2014-01, com vigência entre janeiro de 2014 e novembro de 2020, para execução do projeto, desenvolvido pela UFSM, USP e UFG/Jataí, intitulado "Análise integrada em bacias hidrográficas: estudos comparativos com distintos usos e ocupação do solo (Edital PROCAD 71/2013)". Em um terceiro momento, contemplado pela Chamada CNPq Nº 09/2020 - Bolsas de Produtividade em Pesquisa PQ 2020 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, e com vigência entre março de 2021 e fevereiro de 2024 (Processo nº 306505/2020-7), para desenvolvimento do projeto intitulado "O Sistema Clima Urbano de Balneário Camboriú/SC". As principais palavras-chave de seu currículo são: Climatologia Geográfica; Clima Urbano; Unidades de Conservação; Conforto Térmico; Bacias Hidrográficas, Variabilidade climática.

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Publicado

16-02-2022

Como Citar

Baratto, J., Gobo, J. P. A., Galvani, E., & Wollmann, C. A. (2022). Metodologia para a estimação da temperatura do ar em função da altitude a partir de dados de perfil topoclimático. Revista Brasileira De Climatologia, 30(18), 112–132. https://doi.org/10.55761/abclima.v30i18.14789

Edição

Seção

Artigos