Mapa conceitual para uma introdução cartográfica: Pessoa em situação de rua em Dourados - MS
HOMELESS PERSON IN DOURADOS-MS
DOI:
https://doi.org/10.30612/revpsi.v1i1.17050Palavras-chave:
Dourados, (In)visivilidade, Subjetividade, TerritorialidadeResumo
Este artigo se refere a um mapeamento dos processos conceituais ocorridos às(ao) autor(as) durante o levantamento da dinâmica da População em Situação de Rua (PSR) na cidade de Dourados, MS – Brasil. A partir das concepções de campos teórico e prático, observações, experiências, leituras e memórias, de debates no grupo de pesquisa TDI - Território, Discurso e Identidade e, ainda, somadas às considerações da banca no exame de qualificação de dissertação produzida no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal da Grande Dourados, foi construída uma nuvem de palavras com os conceitos de Capitalismo, Colonialidade e Território, entre outros, para analisar seus atravessamentos na PSR. Este mapeamento conceitual foi construído com o objetivo de elaborar as percepções moldadas na elaboração da pesquisa e nas reflexões sobre a PSR. O resultado final foi a produção de uma escrita no modelo cartográfico, uma vez que acompanha as pistas no desenvolvimento conceitual e das ações, sem métrica preestabelecida. Apontamos uma (in)visibilidade seletiva da PSR diante de outros grupos e do Estado. Nesse percurso, observamos um objeto em constante movimento que não permite conclusões estanques e percebemos ser imprescindível a consideração da realidade social encontrada pela PSR para novas produções que possam resultar em produtos significativos de acolhimento e assistência a esse grupo. Desta forma, este texto se dirige a cientistas sociais, geógrafos e historiadores que pesquisam o grupo de PSR.
Referências
AGORA MS. (2021). Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua é marcado por atendimento em Dourados. Dourados, 19 ago. 2021. Recuperado de https://www.agorams.com.br/dia-nacional-de-luta-da-populacao-em-situacao-de-rua-e-marcado-por-atendimento-em-dourados/.
Aldeia, J. M. M. A. (2016). Governar a vida na rua. Ensaio sobre a bio-tanato-política que faz os sem-abrigo sobreviver. (Tese de doutorado). Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal.
Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Senado Federal.
Brasil. (2008). Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua. Brasília, MDS, SAGI, Meta.
Brown, W. (2019). Nas Ruínas do Neoliberalismo: a ascenção da política antidemocrática no Ocidente. Politeia.
Butler, J. (2015). Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? (4a. ed). Civilização Brasileira.7
Campos, X. R. (2020). Representações discursivas sobre o mal-estar e itinerários na rede de atenção psicossocial. (Dissertação de mestrado). Programa de Pós-graduação em Psicologia, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, Brasil.
Castel. R. (1998). Metamorfoses da questão social. Uma crônica do salário. Vozes.
Franco, W. E. J. (2022). O discurso do estado na subjetivação de sujeitos em situação de rua. RUA, 28(1), 69-89.
FORBES. (2020). Guedes cita regime extraordinário para inserção de invisíveis no mercado de trabalho. Recuperado de https://forbes.com.br/forbes-money/2020/12/guedes-cita-regime-extraordinario-para-insercao-de-invisiveis-no-mercado-de-trabalho/
Guimarães, G. F. et al. (2021). Geografias negras e estratégias pedagógicas. Pedro & João Editores.
IPEA. (2020). NT 73 – Junho de 2020 – Estimativa da População em Situação de Rua (Setembro de 2012 a março de 2020).
Nardes, S., & Giongo, C. R. (2021). Mulheres em situação de rua: memórias, cotidiano e acesso às políticas públicas. Rev. Estud. Fem., 29(1).
Nascimento, E. P. (2000). Dos excluídos necessários aos excluídos desnecessários. In BURSZTYN, M. (Org.), No meio da rua: nômades excluídos e viradores (pp. 56-87). Garamond.
Oliveira, D. M., & Cruz, M. H. S. (2009). Sobre a Psicologia de Massas do Fascismo de W. Reich. Revista Psicologia e Saúde, 1(1), 70-76.
Oliveira, D. A. (2022). Existências desumanizadas pela colonialidade do poder: necropolítica e antinegritude brasileira. GEOgraphia, 24(53).
Papo Pet (2022, junho). PAPO PET PSI: #03: O Centro POP e as especificidades do serviço em Dourados/MS. Papo PET Psi - UFGD. https://open.spotify.com/episode/7ekEUF96ZE0cm75qUm3q6Q?si=7e340bad7b96469e
Passos, E., Kastrup, V., & Escóssia, L. (Org.). (2020). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Sulina.
Quijano, A. (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In Lander, E. (Org.), A colonialidade do saber: eurocentrismo e Ciências Sociais (pp. 227-278). CLACSO.
Radin, J. C., & Silva, C. M. (2018). ‘Um vasto celeiro’: representações da natureza no processo de colonização do oeste catarinense (1916-1950). Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciênc. hum., 13(2), 681-697.
Reis, D. S. (2022). A Colonialidade do Saber: Perspectivas Decoloniais para repensar a Univers(al)idade. DEBATES & CONTROVÉRSIAS Educ. Soc, 43.
Rogers, C. (1991). Tornar-se pessoa. Martins Fontes.
Rogers, C., & Stevens, B. (1992). De pessoa para pessoa. Pioneira.
Santos, M. (1996). O espaço do cidadão. 3a. ed. Nobel.
Silva, L. C. Cartografias de mulheres na prostituição: territórios, heterotopias e suas interfaces com a psicologia. (Tese de doutorado). Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Assis, SP, Brasil.
Souza, J; (2009). Ralé brasleira: quem é e como vive. UFMG.
