O dilema do multiculturalismo
DOI:
https://doi.org/10.30612/nty.v5i7.7722Palavras-chave:
Comaroff. Gressgård. Baumann. Multiculturalismo. Etnicidade.Resumo
Partindo da noção de multiculturalismo como um fenômeno relacionado a ideias e políticas estatais que promovem a interação e comunicação entre os grupos étnicos de uma mesma sociedade (BAUMANN, 1996), este ensaio examina dois livros de interesse. Em primeiro lugar, Ranger Gressgård, Multicultural Dialogue. Dilemnas, Pardoxes, Conflicts (2010), que analiza a questão do multiculturalismo europeu desde a coexistência das diferenças (culturais) num mesmo espaço político nacional; em segundo lugar, o livro de John e Jean Comaroff, Ethnicity, Inc (2009), uma controversa proposta que nos ajuda a entender e a conceitualizar a noção de etnicidade, que se distancia daquela concepção essencialista, ontológica, da cultura, aprofundando-se mais na capacidade dos grupos humanos para mercantizá-la como produto de consumo.Downloads
Referências
BAUMANN, Gerd. (1996). Contesting Culture. Discourses of Identity in Multi-Ethnic London. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.
BAUMANN, Gerd. (1999). The Multicultural Riddle. Re-Thinking National, Ethnic, and Religious Identities. New York & London: Routledge.
BAUMANN, Gerd. (2002). “Multiculturalismo y ciudad: una opción más allá del estado”. En: Carme FAURIA y Yolanda AIXELÀ (coord.), Barcelona, mosaic de cultures. Barcelona: Museu Etnològic & Edicions Bellaterra.
CALAVIA SAEZ, Óscar. (2011). “De las banderas a las logomarcas”, “De las banderas a las logomarcas”. Reseña del libro John L. & Jean Comaroff, Etnicidad, S.A, Buenos Aires – Madrid: Katz Editores. Traducción de Carolina Friszman y Elena Marengo, 2011. Revista de Antropología Social (RAS), 20, pp. 373-376.
CALAVIA SAEZ, Óscar & ARISI, Bárbara. (2013). “La extraña visita: por una teoría de los rituales amazónicos”. Revista Española de Antropología Americana, Vol. 43, nº 1, pp. 206-207.
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. (2009). “Cultura” e cultura: conhecimientos tradicionais e direitos intelectuais”. En: Manuela CARNEIRO DA CUNHA, Cultura com aspas e outros ensaios de antropologia, São Paulo: Cosac Naify.
COMAROFF, John L. (2011). “Etnicidad, violencia y política de identidad. Temas teóricos, escenas sudafricanas”. En: Montserrat CAÑEDO RODRÍGUEZ y Aurora MARQUINA ESPINOSA (eds.), Antropología política. Temas contemporáneos, Barcelona: Edicions Bellaterra.
COMAROFF, John L. & Jean. 2009. Ethnicity, Inc. Chicago & London: The University of Chicago Press. Hay traducción castellana: Etnicidad, S.A, Buenos Aires – Madrid: Katz Editores. Traducción de Carolina Friszman y Elena Marengo, 2011.
DE AZEREDO GRÜNEWALD, Rodrigo. [1999] 2004. “Etnogênese e “régime de índio” na Serra do Umã”, en J. P. de Oliveira (org.), A viagem da volta. Etnicidade, política e reelaboração cultural no Nordeste indígena, Río de Janeiro: Contra Capa.
DE LA CADENA, Marisol. (2011). Política indígena: un anàlisis más allá de “la política”. En: Montserrat CAÑEDO RODRÍGUEZ y Aurora MARQUINA ESPINOSA (eds.), Antropología política. Temas contemporáneos, Barcelona: Edicions Bellaterra, pp. 397-430.
DELGADO, Manuel. (1988). Diversitat i integració. Lògica i dinàmica de les identitats a Catalunya. Barcelona: Empúries.
DOUGLAS, Mary. (1966). Purity and Danger: An Analysis of Concepts of Pollution and Taboo, Routledge and Paul Kegan.
GONÇALVES BARBOSA, Manuel. (2011). “Educação e imaginário intercultural: recomposição do papel da sociedade civil”. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos (RBEP), 92: 232, pp. 477-92.
GRESSGÅRD, Randi. (2010). Multicultural Dialogue. Dilemmas, Paradoxes, Conflicts. New York: Berghahn Books.
KRADOLFER, Sabine. (2011). “(Self)essentialization of cultural differences: How peoples and States play hide-and-seek”. Anthropological Notebooks, 17:2, pp. 37-53.
KUPER, Adam. (2003). “The return of the native”. Current Anthropology, 44, pp. 389-402.
LITTLE, Paul E. (2002). Territórios sociais e povos tradicionais no Brasil: por uma antropología da territorialidade. Brasília: Universidade de Brasília.
MATOS VIEGAS, Susana. (2012). “Territorialidad no topográfica en la reivindicación de una tierra indígena (Tupinambá de Olivença, Bahía, Brasil). En: Gemma OROBITG y Gemma CELIGUETA (eds.), Autoctonía, poder local y espacio global frente a la noción de ciudadanía, Barcelona: Estudis d‟Antropologia Social i Cultural, 17 &
Departament d‟Antropologia Cultural i d‟Història d‟Amèrica i Àfrica. Universitat de Barcelona.
MONTEIRO, John Manuel. (2012). Negros da Terra – Índios e Bandeirantes nas Origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras.
MONTERO, Paula. (2012). “Multiculturalismo, identidades discursivas e espaço público”. Sociologia & Antropologia, 2:4, pp. 81-101.
NASH, Mary. (2002). “Identitats, espais socials i multiculturalisme: visions del passat i del present”. En: Carme FAURIA y Yolanda AIXELÀ (coord.), Barcelona, mosaic de cultures. Barcelona: Museu Etnològic & Edicions Bellaterra, pp. 39-43.
NASH, Mary y Diana MARRE (eds.) (2001). Multiculturalismos y género: un estudio interdisciplinar. Barcelona: Edicions Bellaterra.
ONG, Aihwa. (2011). “Mutaciones de la ciudadanía”. En: Montserrat CAÑEDO RODRÍGUEZ y Aurora MARQUINA ESPINOSA (eds.), Antropología política. Temas contemporáneos, Barcelona: Edicions Bellaterra, pp. 123-136.
OROBIG, Gemma y Gemma CELIGUETA (eds.). (2012). Autoctonía, poder local y espacio global frente a la noción de ciudadanía. Barcelona: Estudis d‟Antropologia Social i Cultural, 17 & Departament d‟Antropologia Cultural i d‟Història d‟Amèrica i Àfrica. Universitat de Barcelona.
PACHECO DE OLIVEIRA, João. (1999). “A busca da salvação: ação indigenista e etnopolítica entre os ticuna”. En: João PACHECO DE OLIVEIRA, Ensaios em Antropologia Histórica. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, pp. 21-59.
PACHECO DE OLIVEIRA, João. [1999] 2004. “Uma etnología dos “indios misturados”? Situação colonial, territorialização e fluxos culturais”, en J. P. de Oliveira (org.), A Viagem da Volta. Etnicidade, política e reelaboração cultural no Nordeste indígena. Rio de Janeiro: Contra Capa [texto publicado anteriormente en Mana 4:1, 1998: 47-78].
POUILLON, Jean. (1998). “Appartenance et identité”, Le genre humain, nº 2, 1998, pp. 20-29.
ROJAS, José Luis de. (2012). “Indianización y confines. Dos conceptos debatibles”. En: Salvador BERNABÉU, Christophe GIUDICELLI & Gilles HAVARD (coords.), La indianización. Cautivos, renegados, “hommes libres” y misioneros en los confines americanos, siglos XVI-XIX. Madrid: Doce Calles & École des Hautes Études en Sciences Sociales, pp. 19-31.
SANTOS, Milton. (2000). Por uma outra globalização do pensamemto único à consciencia universal. Rio de Janeiro - São Paulo: Editora Record.
STOLCKE, Verena. (1993). “De padres, filiaciones y malas memorias. ¿Qué historias de qué antropologías?”. En: Joan BESTARD i CAMPS (coord.), Después de Malinowski. Santa Cruz de Tenerife: Asociación Canaria de Antropología, pp. 147-198.
STOLCKE, Verena. (1995). “Talking Culture. New Boundaries, new Rhetorics of Exclusion in Europe” (The Sidney Mintz Lecture, Johns Hopkins University). Current Anthropology, 36:1, pp. 1-24.
STOLCKE, Verena. (2001a). “Gloria o maldición del individualismo moderno según Louis Dumont”. Revista de Antropologia (Sâo Paulo), 44:2, pp. 3-37.
STOLCKE, Verena. (2001b). “La “naturaleza” de la nacionalidad”. Illes i Imperis, 5, 2001, pp. 135-160.
STOLCKE, Verena. (2011). “Presentación simposio internacional: “¿Naturaleza o cultura? Un debate necesario”. Quaderns, 27, pp. 5-10.
TURNER, Terence. (1991). “Representing, resisting, rethinking: historical transformations of Kayapo culture and anthropological consciousness”. En: George STOCKING (eds.), Colonial Situations. Madison: Wisconsin University Press, pp. 285-313.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
