Feminismo de Estado pós 2016: o contexto importa?

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.30612/mvt.v6i10.10569

Palabras clave:

Movimento Feminista. Estado. Políticas Públicas.

Resumen

A ocupação de cargos na burocracia estatal foi um repertório de interação ativado por diversos movimentos sociais brasileiros, principalmente a partir da redemocratização, para que políticas públicas fossem colocadas em pauta no Estado. O movimento feminista foi um grande entusiasta desse repertório, logrando resultados bastante interessantes para se pensar a relação entre movimento social e Estado, e constitui o objeto deste trabalho. A partir de um levantamento histórico acerca da institucionalização do movimento feminista, recuperamos alguns instrumentos analíticos sugeridos para se abordar o contexto político. Desse modo, buscamos traçar uma sistematização de contribuições recentes, que foram demandadas pela realidade brasileira para medir o que não é apenas conjuntural e perene, mas também os resultados que perduram ao longo do tempo.

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Biografía del autor/a

Milena Cristina Belançon, Universidade Estadual de Maringá

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Estadual de Maringá. Licenciada e Bacharela em Ciências Sociais pela mesma universidade. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisas em Participação Política.

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Publicado

2019-12-19

Cómo citar

Belançon, M. C. (2019). Feminismo de Estado pós 2016: o contexto importa?. MovimentAção, 6(10), 31–44. https://doi.org/10.30612/mvt.v6i10.10569