Da Fronteira ao Litoral: a Dinâmica Terrestre do Narcotráfico de Cocaína no Brasil em 2022
DOI:
https://doi.org/10.30612/rmufgd.v12i24.17223Palavras-chave:
Polícia Rodoviária Federal, Fronteira, Litoral, DrogasResumo
O objetivo deste artigo é comparar a dinâmica geográfica do narcotráfico de cocaína por vias terrestres no Brasil na primeira metade do ano de 2022 com estudos que haviam descrito o mesmo fenômeno em outros momentos, a fim de atestar a continuidade dos padrões de deslocamento ou não. Para tanto, apresenta-se a dinâmica das rotas de narcotráfico de cocaína dentro do Brasil, pautada por características como: modal predominante por região e infraestrutura de transportes, concentração populacional, tipo de terreno, e interesses dos narcotraficantes locais. Tal classificação é realizada com base nos textos de autores da geografia, como Lia Osório Machado e Aiala Colares Couto, e relatórios de investigação pública/notícias da Polícia Rodoviária Federal brasileira disponíveis na plataforma gov.br. O trabalho sugere as diferenças entre as rotas que passam pela fronteira brasileira na Amazônia e Centro-sul do país para, a partir disso, focando nas rotas que ingressam pelo centro-sul, verificar se há diferenças entre as conclusões dos autores previamente citados e os dados coletados. Por fim, os cenários construídos a partir das informações da Polícia Rodoviária Federal e os períodos temporais estudados pelos autores, apresentam pouca diferença, sendo, na prática, uma confirmação de que os trabalhos de mapeamento das rotas observados pelos autores seguem sendo descrições da dinâmica de narcotráfico recente.
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