A participação do exército brasileiro na crise migratória venezuelana em Roraima: uma visão da logística humanitária

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/rmufgd.v10i20.14542

Palavras-chave:

Exército Brasileiro, Crise Migratória, Logística Humanitária

Resumo

A logística humanitária é uma subárea da logística, uma vez que tem como objetivo prestar auxílio às vítimas de desastres, sejam eles causados por ações humanas ou por fenômenos naturais. Um desses agentes que frequentemente são empregados devido a sua competência e experiência são os militares. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo analisar a participação do Exército Brasileiro frente à crise migratória venezuelana, no que tange a logística humanitária. Foram analisados quatro pontos da missão, que incluem a estrutura do Exército Brasileiro em Roraima, a coordenação civil-militar, as atividades realizadas e as dificuldades encontradas. A pesquisa é de caráter descritiva e qualitativa, junto com um roteiro de entrevista semiestruturado e análise de conteúdo para os dados coletados. Foi possível observar nos resultados que os treinamentos e capacitações influenciaram na montagem de uma estrutura humanitária adequada; a boa articulação entre os agentes envolvidos na ação humanitária e o Exército brasileiro foi e continua sendo fundamental para o sucesso da missão; as variadas atividades realizadas pelo o Exército; e as dificuldades em relação à distância, falta de infraestrutura e ao contexto sociocultural.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandre Fantini Martins, Universidade de Brasília

Graduado em Administração - UnB

Vanessa Cabral Gomes, Universidade de Brasília

Doutora em Administração - UnB

Professora Adjunta do Departamento de Administração da Universidade de Brasília

Referências

AGÊNCIA DA ONU PARA REFUGIADOS – ACNUR. ACNUR intensifica sua resposta diante do aumento das solicitações de refúgio de venezuelanos: este é um resumo do que foi dito pelo porta-vos do ACNUR Willian Spindler – a quem o texto pode ser atribuído – em uma coletiva de imprensa realizada no Palácio das Nações em Genebra. Genebra, 17 jul. 2017. Disponível em: <http://www.acnur.org/portugues/2017/07/17/acnur-intensifica-sua-resposta-diante-do-aumento-das-solicitacoes-de-refugio-de-venezuelanos/>. Acesso em: 22 abr. 2018.

AGÊNCIA DA ONU PARA REFUGIADOS – ACNUR. Estatísticas. 201. Disponível em: <http://www.acnur.org/www-portugues/recursos/estatisticas/>. Acesso em: 09 maio 2018.

APTE, A. Humanitarian logistics: a new field of research and action. Foundations and Trends in Technology, Information and Operations Management, v. 3, n. 1, p. 1-100, 2010.

APPOLINÁRIO, F. Metodologia da ciência: filosofia e prática da pesquisa. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

ARANCIBIA, R. An international military perspective on information sharing during disasters. Procedia Engineering, v, 159, p. 348-352, 2016.

BALCIK, B.; BEAMON, B. M.; KREJCI, C. C.; MURAMATSU K. M.; RAMIREZ M. Coordination in humanitarian relief chains: practices, challenges and opportunities. International Journal of Production Economics, v. 126, n. 1, p. 22-34, jul. 2010.

BARDIN. L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2006.

BRASIL. Ministério da Justiça. De 10,1 mil refugiados, apenas 5,1 mil continuam no Brasil com o registro ativo: mais da metade dos refugiados mora em São Paulo e a maioria é de sírios, representando 35% da população. Brasília, 11 abr. 2018b. Disponível em: <http://www.justica.gov.br/news/de-10-1-mil-refugiados-apenas-5-1-mil-continuam-no-brasil>. Acesso em: 22 abr. 2018.

CEZAR, P. A. S. Logística Humanitária. A atuação do Exército Brasileiro no Haiti pós sismo de 2010. Tese (Graduação em Administração) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de Brasília. Brasília. 2014.

CHANDES, J.; PACHÉ, G. Investigating humanitarian logistics issues: from operations management to strategic action. Journal of Manufacturing Technology Management, v. 21, n. 3, p.320-340, mar. 2010.

COSTA, S. R. A.; BANDEIRA, R. A. M.; CAMPOS, V. B. G.; MELLO, L. C. B. B. Cadeia de suprimentos humanitária: uma análise dos processos de atuação em desastres naturais. Production, São Paulo, v. 25, n. 4, p. 876-893, out./dez. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/prod/v25n4/0103-6513-prod-0103-6513147513.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2018.

COSTA, S. R. A; CAMPOS, V. B. G. BANDEIRA, R. A. M. Supply chains in humanitarian operations: cases and analysis. Procedia – Social and Behavioral Sciences, v. 54, p. 598-607, out. 2012.

ERTEM, M. A.; BUYURGAN, N.; ROSSETTI, M. D. Multiple‐buyer procurement auctions framework for humanitarian supply chain management. International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, v. 40, n. 3, p. 202-227, abr. 2010. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/228415061_Multiple-buyer_procurement_auctions_framework_for_humanitarian_supply_chain_management>. Acesso em: 1º abr. 2018.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. são paulo: atlas, 2008.

HADDOW, G. D.; BULLOCK J. A.; COPPOLA, D. P. Introduction to emergency management. 5. ed. Oxford: ‎Butterworth-Heinemann, 2004.

HEASLIP, G.; BARBER, E. Using the military in disaster relief: systemising challenges and opportunities. Journal of Humanitarian Logistics and Supply Chain Management, v. 4, n. 1, p. 60-81, maio 2014.

HEASLIP, G.; MANGAN, J.; LALWANI, C. Integrating military and Non Governmental Organisation – Objectives in the humanitarian supply chain: a proposed framework. Logistics Research Network, Hull, United Kingdom, set. 2007.

HEASLIP, G.; SHARIF, A. M.; ALTHONAYAN, A. Employing a systems-based perspective to the identification of inter-relationships within humanitarian logistics. International Journal of Production Economics, v. 139, n. 9, p. 377-392, out. 2012.

INTERNATIONAL FEDERATION OF RED CROSS AND RED CRESCENT SOCIETIES – IFRC. What is a disaster? S. d. Disponível em: <http://www.ifrc.org/en/what-we-do/disaster-management/about-disasters/what-is-a disaster>. Acesso em: 15 maio 2018.

KOVACS, G.; SPENS K. Identifying challenges in humanitarian logistics. International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, v. 39, n. 6, p. 506-528, jul. 2009.

KOVACS, G.; SPENS K.; TATHAM, P. The application of “swift trust” to humanatirian logistics. International Journal of Production Economics, v. 126, n. 1, p. 35-45, jul. 2010.

NOGUEIRA, C. W.; GONÇALVES, M. B. NOVAES, A. G. Logística humanitária e Logística empresarial: Relações, conceitos e desafios. In: XXI Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes, Rio de Janeiro, nov. 2007. Anais... 2007. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/264879930_LOGISTICA_HUMANITARIA_E_LOGISTICA_EMPRESARIAL_RELACOES_CONCEITOS_E_DESAFIOS>. Acesso em: 1º abr. 2018.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU. Mais de 2 milhões de pessoas deixaram seus países só em 2017, alerta agência da ONU para refugiados. S. l., 03 out. 2017. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/mais-de-2-milhoes-de-pessoas-deixaram-seus-paises-so-em-2017-onu-refugiados/>. Acesso em: 22 abr. 2018.

THOMAS, A. Humanitarian logistics: enabling disaster response. San Francisco: The Fritz Institute. 2003.

Downloads

Publicado

2021-12-15

Como Citar

Martins, A. F., & Gomes, V. C. (2021). A participação do exército brasileiro na crise migratória venezuelana em Roraima: uma visão da logística humanitária. Monções: Revista De Relações Internacionais Da UFGD, 10(20), 141–163. https://doi.org/10.30612/rmufgd.v10i20.14542

Edição

Seção

Artigos Dossiê - Fronteira e Defesa Nacional: Segurança Integrada e Ajuda Humanitária