A metrópole e os circuitos da economia urbana: o mercado fonográfico na região do Recife

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5418/ra2020.v16i29.9770

Palavras-chave:

metrópole, economia urbana, produção cultural, música, Recife.

Resumo

Quais as relações entre os circuitos econômicos, a produção cultural e a dinâmica da metrópole? Movidos por tal questão investigamos aqui as dinâmicas socioterritoriais associadas à produção sonora abrigada na Região do Recife-PE. Problematizando a teoria dos circuitos da economia urbana adotamos como recorte analítico a espessura dos estúdios fonográficos e selos (pequenas gravadoras). A pesquisa resulta de um levantamento bibliográfico e documental e, sobretudo de informações primárias reunidas por meio de entrevistas e visitas técnicas. O inventário demonstra hoje a existência de 141 estúdios e 14 selos em operação na metrópole do Recife. A espessura em torno da variável sonora na metrópole recifense nos dá ideia do papel da dimensão cultural para a dinâmica da urbe, plena de uma circulação informacional, ora atrelada aos lugares, ora imposta a estes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cristiano Nunes Alves, Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)

Professor adjunto do DHG-CECEN e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UEMA (PPGEO-UEMA)

Adriana Maria Bernardes da Silva, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Professora do Departamento de Geografia e da pós-graduação em geografia do Instituto de Geociêncas da Unicamp

Referências

ALVES, Cristiano Nunes. O circuito sonoro: radiodifusão FM e produção fonográfica em Campinas-SP. Dissertação de mestrado, Departamento de Geografia do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2008.

ALVES, Cristiano Nunes Os circuitos e as cenas da música na cidade do Recife: o lugar e a errância sonora. Tese (Doutorado em Geografia), IG-Unicamp. Campinas, 2014.

ALVES, Cristiano Nunes Alves. O circuito rap “indé” em Paris: dinâmicas socioterritoriais e mensagem ultramar. Geousp (USP, São Paulo), v. 20, p. 34-51, 2016.

AUGOYARD, Jean-François. Une sociabilité à entendre. Espaces et sociétés: ambiance et espaces sonores, n° 115, 2003. (pp. 25-40).

BÉTHUNE, Christian. Le hip hop :une expression mineure. Volume ![Enligne], 8 : 2, 2011. Pp.161-185.

BETTINELLI, Stefania. Paesaggidi note: Bologna cittàdellaMusica. DottoratodiRicerca in QualitàAmbientale e SviluppoEconomicoRegionale. UniversitàDegli Studi di Bologna. 2007.

BEUSCART, Jean Samuel. L’Industriedu disque: bilan et perspectives. In FRANÇOIS, Pierre. La musique, une insdustrie, des pratiques. Paris, DocumentationFrançaise, 2008. Pp. 65-79.

BRENNETOT, Arnaud. Des Festival pour animer les territoires. Annales de Géographie, n° 635, 2004. Pp. 29-50.

CALENGE, Pierric, Lesterritories de l’innovation: lesréseaux de l’industrie de la musique enrecomposition. Géographie, Économie, Société, 4, 2002. Pp. 37-56.

CARNEY, George O. Bluegrass Grows all around: the spatial dimensions of a country music style. Journal of geography, 73: 4, 1974. Pp. 34-55.

CARNEY. George O. Geography of music: inventory and prospect. Journal of Cultural Geography, n° 10, 1990. (pp. 35-48).

CLAIRE, Guiu. Géographie et musique: état des lieux. Une proposition de synthèse. Geógraphie et Cultures, nº 59, 2006. Pp. 7-26.

DIAS, Márcia Tosta. Os donos da voz: indústria fonográfica brasileira e mundialização da cultura. São Paulo-SP: Boitempo, 2000.

ELFORDY, Wilfried. Le dub jamaïcain: du fond sonore au genre musical. Volume ![Enligne], 1 : 1, 2002. Pp. 39-59

FORD, Larry. Geographic factors in the origin, evolution and diffusion of rock and roll music. The Journal of Geography. Vol LXX, n° 8. 1971. Pp. 455-464.

GIRONCOURT, Georges de. Recherches de géographie musicale dans le sudtunisien. La Géographie. LXXL, n° 2, Paris: Société de Géographie, 1939. Pp. 65-74.

GIRONCOURT, Georges de. Un nouveau départament à lagéographie: lagéographiemusicale. La Géographie. ns° 5-6, Paris: Société de Géographie, 1927. Pp. 292-302.

ISNARD, Hildebert. O espaço geográfico. Coimbra, Almedina, 1982.

JAPIASSU, Ricardo. Recife: centro fonográfico? Suplemento Cultural, Diário Oficial-PE, p. 14-15, outubro de 1991.

KONG, Lily. Popular music in a transnational world: the construction of local identities in Singapore. Asia Pacific Viewpoint, 38, n°1, 1997. Pp. 19-36.

PANITZ, Lucas Manassi. Por uma geografia da música: as representações do espaço geográfico na música popular platina. Dissertação de Mestrado (geografia). Universidade Federal do Rio G r a n d e d o S u l: Porto Alegre, 2 0 1 0.

RODÓ, Manuel Tironi. Que es un cluster? Geografias y practicas de laescena de música experimental en Santiago, Chile. Eure, vol. 36, n° 109, 2010. Pp. 161-187.

ROSEMBERG, André & LAILSON. Um empresário cultural. Entrevista com João Florentino Silva. Suplemento Cultural, Diário Oficial-PE, p. 7-9, julho de 1988.

SALAZAR, Leonardo. Música LTDA: o negócio da música para empreendedores. SEBRAE, Recife, 2010.

SANTOS, Milton e SILVEIRA, María Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.

SANTOS, Milton. O espaço dividido: os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos. Rio de Janeiro: F. Alves, 1979 [1978].

SANTOS, Milton. A revolução tecnológica e o território: realidades e perspectivas. Caderno Prudentino de Geografia. n° 13, 1991. Pp. 141-152.

SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1997.

SILVA, Adriana Bernardes. “A superposição da dinâmica globalizadora no território brasileiro: os círculos de informações”. In: ARROYO, Mónica & CRUZ, Rita (Org.). Território e Circulação. A dinâmica contraditória da globalização. São Paulo: Annablume, 2015, p. 132-141.

SILVEIRA, María Laura. Uma situação geográfica: do método à metodologia. Revista Território, ano IV, nº. 6, 1999. Pp. 21-27.

SILVEIRA, María Laura. Economia Política e ordem espacial: circuitos da economia urbana. In Território e ação social: sentidos da apropriação urbana. SILVA, CatiaAntonia da. Rio de Janeiro: Faperj/Lamparina, 2011. Pp. 35-51.

TRAGTENBERG, Lívio. Artigos musicais. São Paulo: Perspectiva, 1991.

VICENTE, Eduardo. A música popular e as novas tecnologias de produção musicais: uma análise do impacto das tecnologias digitais no campo da produção da canção popular de massas. Dissertação de mestrado, Departamento Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 1996.

VICENTE, Eduardo. Música e disco no Brasil: a trajetória da indústria nas décadas de 80 e 90. Tese de doutorado, Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2001.

Downloads

Publicado

2020-12-02

Como Citar

Alves, C. N., & Silva, A. M. B. da. (2020). A metrópole e os circuitos da economia urbana: o mercado fonográfico na região do Recife. Revista Da ANPEGE, 16(29), 76–108. https://doi.org/10.5418/ra2020.v16i29.9770

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)