Diagnóstico ambiental da bacia hidrográfica do córrego Laranja Doce, Mato Grosso do Sul

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5418/ra2022.v18i35.13822

Palavras-chave:

Recursos hídricos, Gestão territorial, Legislação ambiental,

Resumo

Realizar um diagnóstico ambiental envolve compreender realidades que, reiteradamente, são conflituosas. Isto posto, optou-se por mapear o uso das terras e analisar a qualidade das águas superficiais da Bacia Hidrográfica do Córrego Laranja Doce (BHCLD), localizada no Mato Grosso do Sul, que exibe uma dinâmica territorial complexa por englobar terras indígenas, áreas urbanas, monoculturas e pecuária. Para tanto, realizou-se a análise de parâmetros físico-químicos em sete pontos de amostragem, enquadrando-os segundo as legislações vigentes, além do processamento digital de imagens, usado para classificar o uso das terras. Os resultados apontaram que os trechos avaliados se enquadraram na Classe I, III e IV, com OD reduzido e CE elevada. A área urbana de Dourados, a ETE e a agricultura se apresentaram como vetores das degradações ambientais registradas. Com isso, há necessidade de se implantar um ordenamento físico-territorial a fim de contribuir no uso racional dos recursos hídricos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Charlei Aparecido da Silva, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Pós-doutoramento em Geografia (2014) pela UNESP. Doutorado em Geografia pelo Instituo de Geociências da Unicamp (2006). Mestrado em Geociências (2001) pelo Instituto de Geociências e Ciências Exatas da UNESP. Graduado em Geografia nas modalidades Bacharel em Geografia (1996) e Licenciado em Geografia (1997). Docente desde 1998, atuando em cursos de Geografia e Turismo. Atualmente compõe o quadro de docentes e pesquisadores do Curso de Graduação em Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal da Grande Dourados. 

Referências

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA). Implementação do enquadramento em bacias hidrográficas no Brasil; Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH) no Brasil: arquitetura computacional e sistêmica. Agencia Nacional de Águas. Brasília: ANA, 2009, 145 p.

ALVES, Lorrane Barbosa. Diagnóstico ambiental da Bacia Hidrográfica do Córrego Laranja Doce - MS. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal da Grande Dourados. 2019.

BATISTA, D. F.; CABRAL, J. B. P. Modelos Matemáticos para Avaliação do Índice de Qualidade de Água: Uma Revisão. Revista Acta Geográfica, Boa Vista, v.11, n.25, jan/abr. de 2017. pp. 111-136.

BEREZUK, A. G.; SILVA, C. A.; LAMOSO, L. P.; SCHNEIDER, H. Climate and Production: the case of the administrative region of Grande Dourados, Mato Grosso do Sul, Brazil. Climate, 2017, 5, 49.

BRANCO, S. M. Poluição: a Morte dos Nossos Rios. 2. ed. São Paulo (SP): ASCETESB, 1983.

BRASIL. CONAMA. Resolução 357/2005, Enquadramento dos Corpos Hídricos Superficiais no Brasil. Governo Federal, Brasília. Publicada no DOU n 92, de 13 de maio de 2011, Seção 1, 89 p. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf. Acesso: 05 mar. 2018.

BRASIL. Lei nº. 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nº. 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no. 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, 25 maio 2012.

BRUGNOLLI, R. M.; BEREZUK, A. G.; BOIN, M. N.; ALVES, L. B. O carste e a qualidade das águas superficiais da bacia hidrográfica do rio Sucuri, Bonito/MS. Caderno de Geografia, v. 30, n. 61, p. 499-514, 2020.

BRUGNOLLI, R. M.; BEREZUK, A. G.; PINTO, A. L. Qualidade e enquadramento das águas superficiais da bacia hidrográfica do rio Mimoso, Bonito/MS. Revista Ciência Geográfica, v. 28, p. 184-195, 2019.

BRUGNOLLI, R. M. Zoneamento Ambiental para o Sistema Cárstico da Bacia Hidrográfica do Rio Formoso, Mato Grosso do Sul. 2020. 403p. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, 2020.

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Guia de coleta e preservação de amostras de água. São Paulo, 1987. 150 p. (Séries Guias).

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Guia nacional de coleta e preservação de amostras: água, sedimento, comunidades aquáticas e efluentes líquidos/ Companhia Ambiental do Estado de São Paulo; Organizadores: Carlos Jesus Brandão...[et al.]. – São Paulo: CETESB; Brasília: ANA, 2011. 326 p.

CPRM, Serviço Geológico do Brasil. GeoSGB. 2006. Disponível em: http://geosgb.cprm.gov.br/geosgb/downloads.html. Acesso em: 23 jan. 2018.

EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília, 1999. 412 p.

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2. ed. – Rio de Janeiro: EMBRAPA-SPI, 2006. 306 p.

ESRI 2011. ArcGIS Desktop: Release 10. Redlands, CA: Environmental Systems Research Institute.

GROEN ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE LTDA. Plano Municipal de Saneamento Básico Dourados - MS Diagnóstico Técnico-Participativo. Dourados/MS, 2016, 480 p. Disponível em: <http://www.dourados.ms.gov.br/wpcontent/uploads/2017/04/DiagnosticoTecnicoParticipativo.pdf> Acesso em: jan. 2019.

IBGE, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico. 2010. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/. Acesso: 15 abril. 2019.

IBGE, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Manual de uso e ocupação da terra. Manuais Técnicos em Geociências. Brasil número 7. 3° ed., Rio de Janeiro, 2013. 171 p.

IBGE, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Cidades. s/d. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/. Acesso: 15 abril. 2019.

IBGE, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Por cidades e Estados. 2010. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/por-cidade-estado-estatisticas.html. Acesso: 15 mar. 2018.

IMASUL, INSTITUTO DE MEIO AMBIENTE DE MATO GROSSO DO SUL. Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH-MS. s/d. Disponível em: http://www.imasul.ms.gov.br/recursos-hidricos/conselho-estadual-de-recursos-hidricos-cerhms/. Acesso: 15 mar. 2018

INMET, INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA. Rede de Estações, 2018. Disponível em: http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/mapaEstacoes Acesso em: 22 de. 2018.

LELIS, L. R. M.; PINTO, A.L. Qualidade das águas superficiais da Lagoa Maior de Três Lagoas. Avaliações ambientais em bacias hidrográficas / Sandra Medina Benini, Leonice Seolin Dias e Elisângela Medina Benini (Organizadores). – Tupã: ANAP, 2014.

LELIS, L. R. M.; PINTO, A. L.; SILVA, P. V. da; PIROLI, E. L.; BRUGNOLLI, R. M.; GOMES, W. M. Qualidade das águas superficiais da bacia hidrográfica do rio Formoso, Bonito - MS. Revista Formação, v. 2, p. 279-302, 2015.

PEREIRA, M. A. B.; ALVES, W. dos S.; OLIVEIRA, L. D. de; MORAIS, W. A.; LIMA, L. O.; NUNES, N. da C. Qualidade Hídrica da Cachoeira do Rio São Tomás, no Município de Rio Verde, Goiás, Brasil. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 13, n. 1, p. 377-390, 2020.

LIBÂNIO, M. Fundamentos de qualidade e tratamento de água. Campinas, SP: Átomo, 2005.

MATO GROSSO DO SUL. Deliberação CECA/MS n. 36, de 27 de junho de 2012. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água superficiais e estabelece diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como, estabelece as diretrizes, condições e padrões de lançamento de efluentes no âmbito do Estado do Mato Grosso do Sul, e dá outras providências.

NASA. Imagens de Radar SRTM. In: USSG: Science for a Changing World. Disponível em: http://dds.cr.usgs.gov/srtm/version2_1/SRTM3/South_America/. Acesso em 10 de jun. de 2018.

PINTO, A. L.; MEDEIROS, R. B.; OLIVEIRA, G. H.; MIGUEL, A. E. S.; SOUZA, L. O. Eficiência da utilização do oxigênio dissolvido como principal indicador da qualidade das águas superficiais da bacia do Córrego Moeda, Três Lagoas/MS. Geografia (Rio Claro. Impresso), v. 39, p. 541-551, 2014.

PINTO, A. L.; OLIVEIRA, G. H.; PEREIRA, G. Avaliação da Eficiência da Utilização do Oxigênio Dissolvido como Principal Indicador da Qualidade das Águas Superficiais da Bacia do Córrego Bom Jardim, Brasilândia/MS. In: Anais... II Seminário de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul: Recuperação de Áreas Degradadas, Serviços Ambientais e Sustentabilidade. IPABHi. Taubaté, Brasil, 2009, pp. 553-560

PROJETO DAS ÁGUAS. A Importância das Águas. 2003/2004. Disponível em: http://brasildasaguas.com.br/educacional/a-importancia-da-agua/. Acesso em: 29 jun. 2018.

SANTOS, R. F. Planejamento Ambiental: teoria e prática. São Paulo: Oficina de Texto, 2004, 184 p.

SCHNEIDER, H.; SILVA, C.A. As características do clima de Dourados/MS e a adjacências a partir da série histórica de 1980 a 2009. Revista Geografares. n° 16, 2014, p.01-21.

SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (CPRM). Glossário Geológico. Basalto. 2018. Disponível em: <https://www.cprm.gov.br/publique/media/gestao_territorial/geoparques/Aparados/glossario_geologico.htm#Basalto> Acesso em: 03 nov. 2018.

SILVA, H. A. S. Dinâmicas da Paisagem na Microbacia Hidrográfica do Rio Mojuí, Oeste do Estado do Pará. 2013, 85 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Ciências Agronômicas/UNESP – Botucatu. Botucatu/SP, 2013.

SOARES FILHO, A.; COMUNELLO, É.; RIBEIRO, Â. F. do N. Geotecnologias na caracterização espaço-temporal do uso do solo em Bacias Hidrográficas. In: Chalei Aparecido da Silva (Org.). Geografia e natureza: experiências e abordagens de pesquisa. Dourados: Ed. UFGD, 2012, 256 p.

SPRING. Integrating Remote Sensing and GIS by Object-Oriented Data Modelling. Camara G, Souza RCM, Freitas UM, Garrido J Computers & Graphics, 20: (3) 395-403, May-Jun 1996.

UNITED STATES GEOLOGICAL SURVEY - USGS. Earth Explorer. Disponível em: http://earthexplorer.usgs.gov. Acesso em: 11 de abr. 2018.

YSI A XYLEM BRAND. Professional Plus (Pro Plus) Multiparameter.

ZANATTA, F. A. S. Diagnóstico Visando Planejamento Ambiental da Alta Bacia do Ribeirão Areia Dourada, Marabá Paulista (SP). 142 f. Rio Claro/SP, 2014. Dissertação (Mestrado em Geografia), Instituto de Geociências e Ciências Exatas/Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro/SP, 2014.

ZAVATTINI, J. A. Dinâmica Climática no Mato Grosso do Sul. Geografia, Rio Claro, 17(2): 65-91, outubro/1992.

Downloads

Publicado

2022-07-19

Como Citar

Alves, L. B., Silva, C. A. da, & Medeiros, R. B. (2022). Diagnóstico ambiental da bacia hidrográfica do córrego Laranja Doce, Mato Grosso do Sul. Revista Da ANPEGE, 18(35). https://doi.org/10.5418/ra2022.v18i35.13822

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)