De volta à infância pela poesia de Manoel de Barros: Geoautobiografia poética de uma geógrafa sertaneja

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5418/ra2020.v16i31.12978

Palavras-chave:

Memória, Ser criança, Imaginário da Terra, Fenomenologia da imaginação

Resumo

A poesia de Manoel de Barros é o caminho de volta à infância neste exercício geoautobiográfico poético. A infância, como terra onírica, é projetada pela fenomenologia da imaginação bachelardiana ao encontro do livro “Menino do mato” do poeta brasileiro, os quais se dobram nas lembranças e memórias da geógrafa sertaneja. O “canto do mundo”, como geograficidade, reverbera o imaginário da Terra, do ser criança, no encontro da Geografia com a Literatura.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BACHELARD, Gaston. A poética do devaneio. Trad. Antônio de P. Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1988a.

BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. Trad. Antônio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1988b.

BACHELARD, Gaston. A água e os sonhos – ensaio sobre a imaginação da matéria. Trad. Antônio de P. Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

BACHELARD, Gaston. A terra e os devaneios do repouso: ensaio sobre as imagens da intimidade. Trad. Paulo Neves da Silva. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

BACHELARD, Gaston. A terra e os devaneios da vontade – ensaio sobre a imaginação das forças. Trad. Maria Hermínia Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

BACHELARD, Gaston. O direito de sonhar. Trad. José Américo Motta Pessanha. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.

BARROS, Manoel de. Menino do mato. Rio de janeiro: Objetiva, 2015a.

BARROS, Manoel de. Meu quintal é maior que o mundo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015b.

BARROS, Manoel de. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2016.

BARROS, Manoel de. Memórias inventadas. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2018.

BLANCO, M. ¿Autobiografía o autoetnografía?, Desacatos. Revista de Antropología Social, n. 38, enero-abril, 2012.

BLANCO, M. Autoetnografía: una forma narrativa de generación de conocimientos. Andamios. Revista de Investigación Social, v. 9, n. 19, mayo-agosto, p. 49-74, 2012.

DARDEL, Eric. O homem e a terra – a realidade geográfica. Trad. Werther Holzer. São Paulo: Perspectiva, 2011.

ELLIS, C. Autoethnography, Personal Narrative, Reflexivity. Researcher as Subject. In: DENZIN, N.; LINCOLN, Y. (Ed.). Collecting and Interpreting Qualitative Materials, Thousand Oaks, California: Sage, 2003.

GRATÃO, Lúcia Helena B. Por entre becos & versos: a poética da cidade vi(vi)da de Cora Coralina. In: MARANDOLA JR., Eduardo; GRATÃO, Lucia Helena B. (Orgs.). Geografia & literatura: ensaios sobre geograficidade, poética e imaginação, Londrina: Eduel, 2010. p. 297-328.

GRATÃO, Lúcia Helena. O direito de sonhar em geografia: projeção bachelardiana. Rev. abordagem gestalt, v. 22, n. 2, p. 148-155, 2016.

GRATÃO, Lúcia Helena. A Poética d’ “O RIO” – ARAGUAIA! De Cheias... & Vazantes... (À) Luz da Imaginação! 2002. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.

ROSA, Glenda M. de O. No descomeço era o verbo: Manoel de Barros e a roda de conversa na educação infantil. Curitiba: Appris, 2018.

PESSANHA, José A. M. Bachelard: asas da imaginação. In: BACHELARD, Gaston. O direito de sonhar. José A. M. Pessanha (trad.). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994, p. xxx-xxxi.

RODRIGUES, Aline. A poética de desver de Manoel de Barros. Curitiba: Appris, 2016.

ZILBERMAN, Regina. Desenho verbal da inocência. In: BARROS, Manoel de. Menino do mato. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015ª. p. 7-8.

Downloads

Publicado

2021-03-08

Como Citar

Gratão, L. H. B. (2021). De volta à infância pela poesia de Manoel de Barros: Geoautobiografia poética de uma geógrafa sertaneja. Revista Da ANPEGE, 16(31), 301–319. https://doi.org/10.5418/ra2020.v16i31.12978

Edição

Seção

Seção Temática - Geografia e Literatura