Considerações sobre as geografias das relações étnico-raciais e as geografias negras no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5418/ra2023.v19i38.15739Palavras-chave:
Geografias Negras, Raça, Relações Étnico-raciaisResumo
A Geografia brasileira tem sido provocada, principalmente a partir dos anos 2000, a reconhecer o elemento étnico-racial como constituinte do espaço e, portanto, objeto de estudo da disciplina. Os agentes dessa provocação são, principalmente, um grupo de geógrafos, em sua maioria negros, que, preservando suas individualidades, buscam agir de forma coletiva no sentido de construir uma perspectiva racializada para a Geografia. Tal grupo tem suas raízes na histórica luta dos movimentos negros brasileiros por acesso à educação e, mais recentemente, aos espaços institucionais de produção de conhecimento. Nesse contexto, este artigo apresenta um panorama do que vem sendo denominado de “Geografias das relações étnico-raciais” e “Geografias Negras” no Brasil. Realizamos uma síntese das leituras desenvolvidas nesse campo, apontando as principais perspectivas, abordagens e temas. De forma propositiva, apresentamos uma proposta de agenda para complexificar e ampliar as interpretações das Geografias Negras.
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