O extrativismo agrário do Governo Bolsonaro a partir das relações Estado-Sociedade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5418/ra2020.v16i29.12553

Palavras-chave:

neoextrativismo, extrativismo total, agricultura, participação política, Bolsonaro.

Resumo

A relação entre políticas sociais e governos progressistas na América Latina caracteriza o neoextrativismo. Com o golpe de 2016, uma só agricultura passa a ter espaço no Estado brasileiro – o monocultivo de larga escala para exportação. O agricultor camponês e familiar deixa de fazer parte do processo de construção de políticas públicas e, igualmente, não é mais atendido por elas. O extrativismo dos governos de direita demanda uma nova agenda de pesquisa. Como construir sentido da violência, do ódio aos povos do campo e apoio irrestrito ao agronegócio no governo Bolsonaro? A análise das relações Estado-sociedade evidência quais atores e interesses são beneficiados e quais são ‘deixados de fora’ ao restringir a participação política. Bolsonaro consolida um extrativismo sem limite: um ‘extrativismo total’ que ataca movimentos sociais do campo, extingue espaços institucionais, paralisa a reforma agrária e impossibilita a soberania alimentar.

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Biografia do Autor

Gabriel Soyer, Universidade de Brasilia (UnB)

Instituto de Relações Internacionais, Universidade de Brasília

Ricardo Barbosa Jr, University of Calgary

Departamento de Geografia, University of Calgary

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Publicado

2020-12-02

Como Citar

Soyer, G., & Barbosa Jr, R. (2020). O extrativismo agrário do Governo Bolsonaro a partir das relações Estado-Sociedade. Revista Da ANPEGE, 16(29), 522–554. https://doi.org/10.5418/ra2020.v16i29.12553

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Seção

Seção Temática - Geografias do Campo Brasileiro: A questão agraria na conjuntura